A sinopse da Netflix é bem singela e nos conta que quando a inteligência artificial permite que os enlutados conversem com os que já se foram, uma comissária de bordo e uma mãe lutam com o significado da realidade e da humanidade.
Diria que o diretor e roteirista Kim Tae-yong trouxe uma ideia bem colocada para discussão na tela, afinal a cada dia que passa as inteligências artificiais tem crescido muito, e futuramente muitas coisas polêmicas poderão utilizar de seus recursos, claro que tudo no filme é meio que completamente fora de se imaginar, mas quem sabe, e a brincadeira de trabalhar os três vértices foi muito precisa, pois vemos desde a senhorinha que não quer ficar tão presa a tecnologia, vemos a jovem que se apaixona mais pelo marido tecnológico do que o que volta do coma, e claro também a vida dos programadores, afinal tudo está bem interligado, e cada um trouxe uma nuance bem diferente para toda a desenvoltura da trama, de forma que alguns podem até achar ele meio como algo seriado ou novelesco, mas que no resultado final como tudo se completa, acaba sendo funcional e bem elaborado ao ponto de convencer o público.
Quanto das atuações, a maioria é conhecida do público dos doramas, e com isso o longa deve movimentar bem a plataforma do streaming, e cada um soube roubar suas cenas para si de maneira interessante e bem colocada, tendo Tang Wei como ponto principal para sua Bai Li, com um estilo aventureiro e charmoso, sabendo passar bons trejeitos para a mãe e para a filha, mas também criando elos com toda a inteligência, agradando bastante do começo ao fim. Park Bo-gum teve um estilo mais fechado para seu Tae-ju voltando do coma e um mais divertido e cheio de vida para o rapaz no espaço, de modo que não ficou apenas em um elo, e assim mostrou muita desenvoltura para praticamente dois papeis. Bae Suzy trabalhou sua Jeong In de maneira bem dinâmica e expressiva, interagindo de forma diferente com seu marido nas duas versões e sendo comovente com os olhares mais amplos que o papel pedia. E por fim a dupla vivida por Choi Woo-sik e Jung Yu-mi conseguiu ter uma boa química na tela como dois programadores vivenciando tudo o que tem na inteligência, se perdendo por vezes em como agir, e caindo até mesmo nos golpes que montaram com seus familiares e relacionamentos, sendo agradável toda a ideia
Visualmente a trama brincou com ambientes bem marcantes na tela, contando com uma estação espacial bem detalhada, uma expedição arqueológica no meio de um grandioso deserto, um aeroporto cheio de movimentação, um hospital bem elaborado, além das casas e apartamentos dos protagonistas também bem cheios de elementos cênicos que foram utilizados para dar conteúdo à trama, além claro da central aonde os dois jovens vão mexendo com seus computadores e telas para dar vida aos elementos da inteligência, ou seja, um projeto ousado cenograficamente, que talvez até tenham feito muito com inteligências artificiais, mas isso só vendo algum making of para saber bem tudo. Só diria que as cenas com efeitos exagerados de computação gráfica acabaram ficando um pouco estranhas, embora dentro do conceito era para ser algo dando defeito realmente, então talvez dê para relevar.
Enfim, é um filme que quando vi o trailer já tinha chamado muito minha atenção, então fui conferir ele já esperando um pouco a mais, o que costumo dizer que atrapalha no resultado final, porém acabei gostando do que vi, sendo interessante para uma discussão mais elaborada das ideias, e também agradável de ver como entretenimento também, então fica a dica de conferida. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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