E aí... Comeu?

6/23/2012 07:45:00 PM |

Quando vi o trailer de "E aí... Comeu?", já percebi que não iria ser algo bom, isso eu comprovei, mas ser totalmente ruim, seria falar mal à toa, pois até que ri em algumas cenas nesse filme que assim como todos os outros do Bruno Mazzeo caberiam muito mais como esquetes cômicas na TV do que como um longa propriamente dito, ainda mais o formato desse novo que se passa praticamente sempre numa mesa de bar e saindo para determinadas cenas fora.

O filme nos mostra que Fernando, Honório e Fonsinho são três amigos de infância que, diante da "nova mulher", tentam entender o papel do homem no mundo atual. Fernando é um arquiteto talentoso que acaba de ser deixado por Vitória. Ainda tentando entender os motivos da separação, conhece a linda adolescente Gabi, inteligente, bem resolvida e madura. Honório, jornalista, é o machão à moda antiga. Casado com a bela e independente Leila, ele suspeita que está sendo traído. Fonsinho é um escritor conquistador de mulheres. Solteiro convicto, nunca se casou e nunca conseguiu terminar um livro. Sua maior crítica é a garota de programa Alana, por quem ele acaba se apaixonando. Reunidos no Bar Harmonia, eles tentam resolver seus dilemas.

Como falei acima, o roteiro do longa, que é baseado em uma peça de teatro, caberia mais como uma esquete cômica na TV, algo do tipo semanal ou até mesmo uma micro-série, pois para o cinema acaba parecendo uma novela curta, faltando um começo, jogada num cinema qualquer. Não digo que não tenha me divertido com as piadas, mas muito longe de ser um filme com conteúdo para passar algo. A direção de Felipe Joffily evoluiu muito pouco do seu anterior "Muita Calma Nessa Hora" e continuamos vendo paisagens(cenas da cidade) mais do que diálogos para ficar passando de uma cena para outra no melhor estilo das novelas da Globo.

As atuações também são estilo novela, com os protagonistas sempre conversando em primeiro plano e alguns figurantes fazendo algo atrás fingindo estar conversando como nada tivesse acontecendo. Os protagonistas usam muito o palavreado de boteco, o que deve aproximar mais os espectadores que forem assistir. Em quesito de atores, Bruno Mazzeo e Marcos Palmeira até fazem bem seu papel, mas as cenas mais divertidas estão nas cenas em que Emílio Orciollo Neto atua e nas mulheres da trama, que mesmo tendo poucas falas, fazem bem a atuação.

Com uma cenografia, tirando o bar que está sempre presente em todos os momentos, até na improvável cena final, os demais lugares são reais do Rio de Janeiro quase que inteiro, mostrando várias cenários que já vimos em diversos filmes e novelas brasileiras, sempre tendo diversas transições para passadas de uma cena  para a outra. A fotografia também ficou no tradicional sem mostrar nenhuma coisa que quisessem destacar.

Com uma trilha tradicional de barzinho, o filme fica na toada não muito veloz sempre parando para uma passagem e outra, ficando com falas, cena, entra trilha, sem mudanças. E uma música tema que fica sempre começando ao fundo e voltando diversas vezes.

Enfim, não vou afirmar que vale a pena ser visto na TV daqui a algum tempo, pois tendo a Globo como apoio, com certeza irá impregnar. No cinema não recomendo ver, mesmo com a imposição de ocupar praticamente todas as salas dos cinemas da regiãomas deve dar uma boa renda pela propaganda feita. Como disse não é ruim, mas está muito longe de ser bom. Fico por aqui nessa semana de poucas estréias, voltando na próxima semana, então abraços e até sexta que vem.



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