O conto "A Rainha de Gelo" de 1845 de Hans Christian Andersen deu origem às ideias de "Frozen", que está em sua segunda produção, mas antes do sucesso hollywoodiano aparecer em 2013, no ano anterior surgiu o russo "O Reino Gelado", que já teve uma continuação em 2014, que fugiu bem do elo principal, e agora volta com a base original para a segunda continuação (ou terceiro filme como prefiram!) denominado no Brasil como "O Reino Gelado - Fogo e Gelo". E como disse no texto do segundo filme, a criatividade não foi muito bem trabalhada, até criando algo simples demais, e aqui, além de inventarem algo bem mal executado como um personagem que deseja virar lenda, o resultado acabou ficando confuso demais para distinguir o público que desejavam atingir, afinal a história é bem infantil, mas o excesso de doses sombrias acabou deixando o longa meio fora do eixo que o público alvo apreciaria. Não digo que o longa vá cativar os pequenos, mas talvez um pouco menos de cenas escuras e densas acabaria resultando em algo melhor.
O longa nos mostra que depois de derrotar heroicamente tanto a rainha da neve e o rei da neve, Gerda ainda não consegue encontrar a paz. Seu sonho é encontrar seus pais e, finalmente, reunir a família. Assim, Gerda e seus amigos embarcam em uma jornada para encontrar os pais dela e enfrenta novos desafios ao longo do caminho.
Não podemos dizer que é um filme com muitas qualidades, que empolgue a criançada com músicas e boas cenas de ação, mas também não é daqueles chatinhos e inúteis de se ver, que ficamos bocejando e desejando que o longa acabe o mais rápido possível. O que melhor demonstra o bom feitio é a direção russa de Aleksei Tsitsilin que fez um design bem colocado com bons elementos visuais, algumas texturas interessantes que demonstraram uma melhoria em relação ao longa anterior e acabou fazendo um resultado bem feito, mas como disse, faltou pra ele saber o público que desejava atingir, já que colocou algo sombrio demais com o lado do vilão e com isso o resultado acaba até soando estranho. Não vou falar que é a melhor animação, e ainda está anos-luz longe do primeiro filme de 2012 (que não teve a mesma equipe envolvida) que contou uma história bem desenvolvida e interessante de acompanhar, porém o resultado visual e da forma que foi bem contada até agrada em certos aspectos.
Sobre os personagens e dublagens, volto a frisar que poderia ter mais tempo de tela do Orm, que é um alívio cômico bem bacana e divertido, que na voz de João Côrtes novamente acaba agradando nas poucas cenas. Gerda voltou a protagonizar a história e embora não seja tão empolgante sua saga aqui, Larissa Manoela até dublou bem e conseguiu dosar o timbre para que a personagem não ficasse com sua cara/voz, soando levemente triste e não tão impactante. João Guilherme Ávila emprestou sua voz para o jovem Roni que começou interessante com sotaques e tudo mais, mas depois deixou levar, fazendo um personagem que agrada, vai chamar a atenção pela dupla característica (bonzinho vs vilão), mas que não chama tanto a responsabilidade para que o filme flua.
Sobre o 3D, melhor nem falar muito, pois até temos meia dúzia de cenas com a tecnologia, mas do restante o filme quase todo pode ser visto sem óculos! E olha que daria para jogar muita coisa no público!
Ou seja, até melhoraram bem a modelagem, para que o visual ficasse colorido suficiente, chamasse a atenção dentro de uma boa proposta, mas faltou muito para virar um desenho que todas as crianças quisessem ver, ficando bem mediano em tudo, faltando canções e tudo mais, tanto que muitas crianças até ficavam perguntando se o filme já estava acabando, ou seja, nem elas agradou. Portanto até vai servir para a garotada aproveitar o fim das férias e ver um desenho, mas não será algo que vão lembrar muito. Bem é isso pessoal, fico por aqui mais uma vez agradecendo o pessoal da Difusora FM 91,3MHz que fez a pré-estreia aqui em Ribeirão, e volto amanhã com a crítica da estreia da semana. Então abraços e até logo mais.
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