O longa nos conta que uma mulher hospitalizada descobre que está grávida. Após uma emergência médica, ela enfrenta acusações criminais. Com o apoio de sua advogada e de defensores dos direitos das mulheres, ela luta por justiça em um caso histórico.
Em seu segundo longa como diretora e roteirista, a atriz Dolores Fonzi mostrou que tem estilo e sabe se conectar bem com o espaço, pois muitas vezes fazer o trabalho triplo de estar na frente e atrás das câmeras dá muito errado, e aqui vemos uma história difícil, cheia de dinâmicas fortes e cenas amplas que ela soube conduzir bem para que ficasse realista pela dificuldade do jurídico em qualquer país, de se conseguir os processos quando tudo parece armado, o pessoal que é contra a defesa de alguém intimidando advogados e tudo mais, ao ponto que também foi bem montada as cenas de marchas e protestos, um programa da tarde meio que absurdo e com nuances bem técnicas vemos que o trabalho da direção foi imponente e forte da mesma maneira que a atuação da protagonista, ou seja, ela foi se completando e o resultado funcionou.
E já que comecei a falar das atuações, Dolores Fonzi sempre foi uma atriz de muita personalidade, com olhares e traquejos fortes em suas dinâmicas, e aqui sua Soledad Deza foi daquelas advogadas que não aceitam o não de forma alguma, se botando na frente de tudo e sofrendo algumas consequências por ir tão a fundo, de modo que o resultado acaba sendo imponente e mostrando que a atriz ainda tem muito para entregar na tela. Camila Plaate trabalhou sua Julieta/Belén com um ar triste e difícil demais, afinal está presa por algo absurdo demais, porém deram uma baqueada demais na artista, ao ponto que chega a dar pena só de olhar para ela, o que não sei se era para estar dessa forma, mas foi bem no que fez. Ainda tivemos outros bons personagens, mas a maioria dando apenas conexões, mostrando a grande junção de mulheres para tudo, a família da protagonista nos auxílios, e tudo mais, de forma que não se expressaram para interpretar muito, mas funcionaram para o que precisavam aparecer.
Visualmente tivemos atos bem marcantes na casa da protagonista sofrendo ataques por estar defendendo a moça, tivemos atos em algumas lanchonetes, muitas cenas no fórum para tentar pegar o processo da detenta, os atos também na casa dela preparando faixas e material para os protestos, várias cenas nas ruas, e claro dentro do tribunal com os julgamentos, além de atos na prisão com a acusada, ou seja, tudo bem montado sem grandes chamarizes, mas bem feito para ser representativo na medida.
Enfim, é um longa imponente que acabou chamando muita atenção da crítica especializada, tanto que concorre junto do brasileiro "O Agente Secreto" no Critics Choice, e que vale a conferida para a reflexão sobre o caso no passado e como isso ocorre atualmente no mundo todo, então vale a dica. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.







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