Geralmente quando vou conferir romances costumo ir preparado para algo extremamente adoçado que dificilmente aconteceria algo parecido no mundo real fora do ficcional, e sem ir dessa forma a chance de odiar o que verei é bem alta, e confesso que o trailer de "June e John" não me passava uma ideia do que iria ver realmente na tela, primeiro por ter passado pouquíssimas vezes nas sessões que conferi, meio que quase surgindo do nada, e depois pela cara do pôster e da chamada em si já dava para imaginar um longa fofinho e bonitinho dentro de um contexto totalmente normal, ou seja, básico demais, porém não tinha botado o reparo que era um filme de Luc Besson, e mesmo sendo um diretor com um estilo bem normal, por vezes ele sai da casinha e entrega algo que surpreenda bastante, como foi o caso aqui. Ou seja, meus amigos, fui arrebatado por mais uma história do formato "viva o momento presente" o famoso "Carpe Diem", que trabalhou o simples dentro de uma loucura completa, aonde um jovem todo certinho e metódico, que não tem um momento fora da sua mente, encontra uma mulher completamente maluca e se apaixona ao ponto de virar tudo de ponta cabeça junto com ela. E sendo assim o filme flui fácil e entrega muitos atos bem feitos, aonde o diretor não quis ousar, mas deixou rolar e deu muito certo.
Na trama vemos que John é um homem comum que vive uma rotina monótona e uma vida sem muito brilho. Sua existência se resume a dias que passam tediosamente, sem qualquer esforço da parte dele para transformá-la. Pelo contrário, John parece fazer o máximo para permanecer dentro de sua zona de conforto ordinária. Tudo muda, porém, quando ele esbarra com uma linda e misteriosa mulher no metrô. June é o oposto de John: cheia de vida, intensa e entusiasmada. Completamente fascinado por ela, John embarca numa jornada repleta de paixão, riscos e autodescoberta quando inicia um romance improvável com June. Reviravoltas e surpresas tomam conta do dia-a-dia de John pela primeira vez em sua vida, o que o faz descobrir um lado desconhecido de si mesmo. Finalmente ele parece ter um propósito em sua vida: amar June até o fim dos tempos.
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Na trama vemos que John é um homem comum que vive uma rotina monótona e uma vida sem muito brilho. Sua existência se resume a dias que passam tediosamente, sem qualquer esforço da parte dele para transformá-la. Pelo contrário, John parece fazer o máximo para permanecer dentro de sua zona de conforto ordinária. Tudo muda, porém, quando ele esbarra com uma linda e misteriosa mulher no metrô. June é o oposto de John: cheia de vida, intensa e entusiasmada. Completamente fascinado por ela, John embarca numa jornada repleta de paixão, riscos e autodescoberta quando inicia um romance improvável com June. Reviravoltas e surpresas tomam conta do dia-a-dia de John pela primeira vez em sua vida, o que o faz descobrir um lado desconhecido de si mesmo. Finalmente ele parece ter um propósito em sua vida: amar June até o fim dos tempos.
O mais engraçado é que o longa não parece um filme dirigido e roteirizado por Luc Besson, pois ele costuma trabalhar tudo de uma forma mais explosiva e cheia de traquejos, e aqui o longa tem camadas, tem toda a vida sendo trabalhada na tela, e que claro diretamente por já termos visto tantos filmes sabemos bem aonde vai dar o romance, mas ele acontece, flui e vemos a mão do diretor somente nos atos mais abstratos e de entrega realmente, pois ali a função dramática acaba saindo do eixo e chamando o filme para si. E é bacana notar também que justamente por conhecermos bem o diretor, num primeiro momento cheguei até pensar que a garota fosse um projeto de sua mente, e que ele que estava fazendo tudo como em um momento de surto, mas essa ideologia sumiu bem rápido, e aí o outro ponto passa a fazer sentido, e se jogar acaba sendo até interessante demais de acompanhar.
Outro ponto incrível do filme é que mesmo aparecendo alguns outros personagens na tela, a atuação se fecha completamente nos dois protagonistas, e eles se jogaram literalmente aos papeis, trabalhando nuances expressivas e sendo tão carismáticos que acabamos nos apegando demais a eles. E olha que esse foi apenas o primeiro trabalho de Matilda Price, que após sua June certamente irá chover papeis para fazer, pois além de trabalhar bem os trejeitos e emoções na tela, conseguiu envolver e se jogar com tudo o que tinha para mostrar, e além de ser linda teve charme e carisma suficiente para não ser esquecida num canto da tela. Da mesma forma Luke Stanton Eddy fez vários papeis menores em curtas e apareceu um pouco mais esse ano como um jovem personagem num longa de sucesso, ao ponto que somente agora pode se colocar de forma imponente com seu John, mostrando inicialmente uma pessoa completamente metódica e singela, mas que ao se apaixonar mudou completamente, e agradou bastante com tudo o que fez.
Visualmente o longa foi muito bem trabalhado, tendo um início mais focado em mostrar o banco que o jovem trabalha na contabilidade, seu apartamento simples, e seus elementos cênicos do dia a dia como o celular, a corrida na esteira, o barbear, passar sempre pelas mesmas ruas, e claro sua mesa sempre certinha, além claro do conflito no estacionamento, depois disso tudo muda com o metrô, e aí vamos para as casas ricas invadidas, a fuga da polícia, e o casamento no meio do nada, com tudo sendo bem simbólico e representativo na tela. Ou seja, a equipe de arte brincou com as nuances, com as cores da fotografia, e principalmente deixando que a história se virasse sozinha na tela.
Enfim, é um belíssimo filme, que ainda sendo colocado na semana dos namorados vale com certeza dar uma passadinha em uma sessão do cinema para conferir, pois tem pegada, tem emoção e tendo um bom carisma cênico funciona demais dentro da proposta toda sem ficar açucarado e bobinho demais. Então fica a dica, e eu fico por aqui hoje, voltando amanhã com mais longas, então abraços e até breve.