Screamboat - Terror a Bordo (Screamboat)

5/03/2025 02:39:00 AM |

É até engraçado o que vou falar aqui, mas para um slasher me agradar ele precisa ser muito bom, pois me irrita ver um personagem matar por matar sem ser alguém com uma psicopatia, ou quem sabe algum tipo de espirito do mal, e por aí vai, mas a história precisa me convencer, e desde que a Disney perdeu os direitos de vários personagens que já utilizou aos montes, o pessoal do terror explodiu com filmes desse estilo, até que agora chegou a vez do famoso rato do barquinho que tanto vimos nas aberturas das produções da grande companhia. E novamente cá foi o Coelho aqui com mil pedrinhas prontas para atirar em "Screamboat - Terror a Bordo", e com uma cena inicial meio que bizarra, ou melhor até meio sem nexo, já estava certo que iria odiar cada minuto de tela, e eis que começam a brotar os personagens que iriam ser mortos pelo rato, e de cara as princesas da festa de aniversário já fica claro que o diretor iria não só sacanear apenas um filme da Disney, mas já colocando um pouco de tudo na tela, e pronto, começou a ficar bom (relevem claro os diálogos bobos e as interpretações, senão aí seria querer demais!), e pasmem, a história tem uma função dramática interessante, o vilão embora feio que dói não ficou sendo um homem gigante fantasiado (e sim um rato em tamanho maior, mas ainda pequeno frente aos humanos), e o nível de matança é daqueles merecidos, aonde você torce pela violência em si. Ou seja, passou bem longe de ser a bomba que eu esperava, e me diverti demais com os assobios e trilhas bem conhecidas durante as cenas mais tensas, aonde o bicho taca literalmente o terror para todos do barco - e se querem um leve spoiler, sobram apenas 3 de uns 30 ou mais passageiros da balsa (ou ferry boat como eles chamam)!

O longa nos conta que durante a última travessia de uma balsa noturna em Nova York, passageiros e tripulantes se vêem presos em uma luta desesperada pela sobrevivência quando um rato impiedoso conhecido como Willie assume o controle da travessia. Com as águas escuras ao redor impedindo qualquer fuga, o grupo inusitado a bordo precisa enfrentar a criatura sanguinária que transforma o passeio turístico em um pesadelo - e ninguém quer ser o próximo prato desse animal faminto que tem um apetite especial e macabro por turistas desavisados.

O diretor e roteirista Steven LaMorte manteve o estilo de seus outros filmes, porém soube brincar com a essência do personagem, de modo que facilmente o filme poderia ser algo tão jogado que ninguém nem lembraria dele, como aconteceu com vários outros slashers dos últimos anos, sem os famosos monstrões clássicos, mas que ao saber utilizar o personagem tão famoso que muitos conhecemos de uma forma diferenciada, sem transformar ele em algo anormal foi tão bem feito que o diretor praticamente brincou na tela, dando as devidas nuances, sendo bem violento nos atos necessários, e deixando os personagens correndo de um lado para o outro tentando sobreviver, ou seja, o pacote completo, que não ficou tão escuro (mesmo vendo em uma das salas mais escuras dos cinemas da região!), e o resultado fluiu bem,  e que tirando alguns exageros finais, agradou mais do que desagradou.

Quanto das atuações, não duvidaria se algum dia eu abrir o jornal online e ver que David Howard Thornton matou alguém de verdade, afinal ele é todos esses novos assassinos que temos desde Terrifier nos seus três filmes (com um quarto vindo aí), um estilo de Grinch do mal no último filme do diretor LaMorte, e agora vem como o ratinho Willie bem violento do jeito que gosta, espetando as pessoas de maneiras icônicas, cortando partes e comendo o que estiver na sua frente, ou seja, não cruzem com ele nas ruas! Um ponto bacana nas atuações, é que todos fizeram semblantes assustados com tudo o que acontece, e mesmo tendo um grito de guerra conjunto, a maioria não foi corajoso suficiente pra enfrentar o bichinho do mal, tendo raros destaques para Jesse Posey com seu Pete querendo fugir desde o princípio dos cargos de comando; com Allison Pittel trabalhando sua Selena com ideias bem foras do comum e agradando com isso; a paramédica vivida por Amy Schumacher bem alocada na tela; e Jarod Lindsey bem imponente com seu Moses.

Visualmente a trama é bem suja, com um navio praticamente abandonado, muitos bonecos para as mortes, afinal ninguém quer ser realmente cortado ao meio, e ter partes importantes suas arrancadas, sangue para todo lado, choques, e tudo mais, aonde volto a frisar, o estilo é bizarro, e de baixo orçamento, então não queiram ver grandiosos efeitos, e nem nada bonitinho na tela, afinal essa é a premissa da trama, e a equipe de arte soube trabalhar muito bem com o que tiveram a sua disposição.

Enfim, é um filme para quem gosta de matanças desenfreadas, sem muito sentido, mas com uma história até bem interessante se pararmos para analisar friamente, tendo alguns atos em animação, e claro os vários assovios do ratinho entoando desde a clássica abertura que sempre ouvíamos, um parabéns pra você, a famosa canção da morte e por aí vai, ou seja, está longe de ser algo perfeito, mas diverte bastante quem gosta de algo violento e bizarro. Então fica a dica, e eu fico por aqui hoje, então abraços e até logo mais.


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