Premonição 6: Laços de Sangue (Final Destination - Bloodlines)

5/10/2025 02:40:00 AM |

Pessoal, garanto para vocês que não sou um maníaco que ama filmes de terror, mas ao final de "Premonição 6: Laços de Sangue" estava lá igual criança quando ganha um pedação de bolo dançando a música "Shout", do The Isley Brothers, que é cantada em várias partes do longa. Ou seja, já vou soltar a palavra que todos já sabem: Filmaço com todas as letras possíveis! É divertido? Sim! Tem exageros cômicos? Sim, muitos! É violento? Demais! Porém, se encaixa completamente dentro do universo da série, tendo tudo muito bem amarrado, e diferente dos demais que eram pessoas praticamente desconhecidas, aqui como a Morte vai atrás dos herdeiros de alguém que sobreviveu, vemos toda a montagem desesperadora para desenrolar tudo, e claro a busca por soluções para conseguir enganar a Morte e viver tranquilamente. Ou seja, é daqueles filmes que quem curte uma violência sem base realista possível acaba entrando para curtir cada momento na tela, e não sai desapontado com o que vê, pois depois de mais de 14 anos do último filme que não agradou tanto quanto poderia, eis que agora souberam causar e divertir na mesma proporção insana!

A sinopse nos conta que uma jovem tem pesadelos recorrentes com o desabamento de uma torre na década de 1960. Ela descobre que esses pesadelos são uma premonição herdada da avó. Esta previu o desabamento do prédio e salvou um grupo de pessoas da morte. Décadas depois, a neta começa a ter visões de familiares morrendo. Ela percebe que há uma sequência e precisa lutar para impedir que a Morte recupere a linhagem de sua família.

O mais engraçado de tudo é a franquia cair nas mãos de dois diretores sem grandes experiências no cinema, que até possuem alguns longas, mas nada que fosse chamativo, e dessa forma Zach Lipovsky e Adam B. Stein conseguiram não apenas provar o seu valor na função principal pegando uma franquia consolidada, mas trazer de volta a alegria para quem curte esse estilo de terror violento, mas que faz rir, que entretém o público que vai ao cinema, pois fazia muito tempo que uma trama do estilo não brincava com essas facetas, de ousar desafiar a morte, de ter mortes bizarras e impactantes, e principalmente que "tentasse" fazer sentido na tela. Ou seja, os jovens diretores pegaram um tremendo roteiro escrito a muitas mãos e souberam fazer com que isso realmente chamasse atenção, levando novos espectadores para o gênero, e claro os muitos que sempre curtiram isso e há tempos não tinham essa chamada na tela, e assim, quem sabe voltam a surpreender em breve com mais coisas do estilo.

Outro ponto bem bacana de filmes desse estilo é que você pode pegar qualquer pessoa caminhando na rua e perguntar se ela quer participar de um filme, o que deve ser bem fácil em Hollywood, pois não é uma trama que você vai conferir esperando expressividades e chamarizes dentro dos diálogos e atuações, bastando que a pessoa se convença que vai morrer e como durar mais tempo, e claro por vezes ficando paranoico com tudo o que passa a pensar, o que acabou acontecendo com a protagonista vivida por Kaitlyn Santa Juana, que nunca tinha sequer visto seu rosto na tela, mas que pegou sua Stefanie e pirou a cabeça tanto com seus sonhos, quanto com o livro da avó, e soube ser expressiva com as mortes acontecendo bem na sua frente, ou seja, entregou o choque e a loucura em proporções bem alocadas. Da mesma forma, tivemos alguns atos rápidos com Gabrielle Rose fazendo a avó maluca, mas com uma entrega bem colocada e direta. E dentre os demais vale destacar Richard Harmon completamente jogado com seu Erik e suas loucuras, além do jovem Teo Briones que mesmo apático, deu um bom tom para seu Charlie. Isso claro sem falar na expressividade de Brec Bassinger como a jovem Iris e toda a vivência na torre.

Agora no conceito visual, se no passado já faziam grandiosas mortes com o pouco de computação que tinham, agora usando a tecnologia de ponta, os muitos usos das maquiagens digitais, e claro muitas próteses para dar um realismo mais impactante na tela, conseguiram criar ambientes bem marcantes para as diversas várias mortes, e claro também brincar com as possibilidades cênicas mais chamativas possíveis, de modo que desde um churrasco como vemos no trailer, até muitos caminhões, trens, uma torre imensa e muitas explosões, até atos mais fechados como uma máquina de ressonância e um simples poste, mas com níveis altíssimos de violência expressiva, ou seja, vale ver na maior sala possível, pois foi filmado em Imax, só uma pena não vir com a tecnologia para cá, pois aí seria sangue cenográfico para todo lado.

Enfim, estava com as expectativas lá no alto para conferir o longa, e como já disse outras vezes, isso é um risco imenso de sair desapontado com o que acabamos vendo no final, mas posso dizer que conseguiram suprir o que estava esperando e muito mais, ao ponto que tirando alguns personagens jogados no meio sem carisma (como o pai da garota e a tia que acabam até sendo deixados de lado logo no miolo), o restante se joga, e o filme acaba funcionando demais. Então fica a recomendação para quem curte o estilo, e irei torcer muito para continuarem com a série, pois mesmo aqui tendo muitas referências a todos os demais (ligando os pontinhos durante os créditos) vale ainda ir mais além. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto logo mais com outras dicas, então abraços e até breve.


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