Thunderbolts*

4/30/2025 09:52:00 PM |

Confesso que vim conferir hoje "Thunderbolts" com muito receio do que iria encontrar, e preparado para tacar diversas pedras no que iriam me entregar, porém meus amigos venho aqui lhes dizer que tirando "Ultimato" esse foi o filme da Marvel que mais curti, pois além de ter muita história, acaba sendo muito bem desenvolvido na tela, não apenas jogando coisas aleatórias, personagens que precisávamos conhecer e tudo mais. Ou seja, é a Marvel voltando a fazer filme realmente para os cinemas, aonde eu sem ser um fã maníaco pelos quadrinhos conseguisse entender tudo, me divertir, e sair muito feliz com o que me foi entregue. Claro, não é ainda totalmente perfeito, pois ainda temos situações abertas e alguns diálogos meio que bobos demais, porém o resultado completo mostrado nos 126 minutos de tela é tão prazeroso de ver que com toda certeza me faz esperar a nova fase do UCM seja um sucesso novamente.

O longa nos mostra que uma equipe de anti-heróis é recrutada para uma missão perigosa. Yelena Belova, Bucky Barnes, Guardião Vermelho, Fantasma, Treinadora e John Walker formam o grupo de desajustados e rejeitados que, pegos numa armadilha pela diretora da CIA Valentina Allegra de Fontaine, são obrigados a embarcar num plano ofensivo que os fará confrontar seus maiores traumas e cicatrizes do passado. Prontos para agir a favor de causas duvidosas, os seis parecem ser a escolha errada para lidar com os desafios de alto risco ao lado do governo. Yelena é uma ex-espiã e assassina altamente treinada pela organização criminosa russa Sala Vermelha. Guardião Vermelho era um super soldado russo que esteve ao lado de Yelena em uma de suas missões secretas nos Estados Unidos. Já Ava Starr, conhecida como Fantasma, era uma espiã da SHIELD explorada por suas habilidades quânticas. John Walker, o Agente Americano, foi um herói descartado de sua posição como substituto de Steve Rogers/Capitão América por seu jeito impulsivo e violento. Treinadora é filha do líder da Sala Vermelha, submetida a um tratamento experimental que a transformou numa assassina ciberneticamente aprimorada. E por último, Bucky Barnes, o Soldado Invernal, foi um assassino mentalmente controlado pela organização secreta HYDRA. Será que esse grupo de nomes superpoderosos que atuaram fora dos limites convencionais encontrará redenção ou se aniquilará?

Diria que o diretor Jake Schreier que é muito experiente e premiado em séries, mas praticamente estreando agora em longas para o cinema conseguiu uma faceta tão bem elaborada, que não sentimos nem sua mão ficar pesada na tela, muito menos ficar um longa de ator, aonde a conexão inteira funciona, aonde vemos efeitos técnicos bem encaixados, mas principalmente vemos um trabalho de desenvolvimento acontecendo na tela, aonde cada personagem tem sua devida importância, e mais do que isso, nos é mostrado a formação de um grupo maluco que tem potencial, um vilão mais imponente e real para muitas pessoas, fora que a conexão entre diálogos e ações passam a ser estruturadas ao ponto de na ser mais algo jogado como vinha acontecendo. Ou seja, vemos aqui um diretor que realmente merece os créditos de talvez reviver a Marvel que um dia foi respeitada por inovar em cinema, sem ser algo apenas cômico e para fãs.

Quanto das atuações, praticamente todos os personagens já nos foram ao menos jogados ou apresentados em outros filmes e séries da companhia, mas não foram apenas colocados aqui para rolar, de modo que mesmo com alguns poucos momentos somos relembrados deles, e isso foi uma grande sacada da trama, para funcionarem ainda mais em grupo. Falando um pouco individualmente, não diria que Florence Pugh fez seu melhor papel aqui com sua Yelena Belova, porém a jovem foi um bom condutor para os acontecimentos do longa, e a atriz teve emocional para fazer trejeitos que nos convencesse do que estava fazendo e dizendo na tela, e assim agradou bastante. Num primeiro momento, Sebastian Stan pareceu desconfortável com sua volta como Bucky Barnes, porém conforme se soltou e voltou para a luta, acabou chamando o filme para si, e agradou com o que fez. Como não conferi as mil séries da Marvel, ainda não tinha me afeiçoado com a personagem de Julia Louis-Dreyfus, de modo que sua Valentina Allegra de Fontaine parecia um pouco artificial demais, porém a sacada do poder do personagem-chave de ver o passado tenebroso de cada um, nos mostra sua grande motivação, e aí sim a atriz botou banca, e principalmente soube fechar o filme com chave de ouro, ou de filha-da-pu***** completa. Outro que parecia meio bobo nos trailers, e era o único que não conhecíamos nada foi Lewis Pullman com seu Robert Reynolds, ou Bob para os íntimos, porém a sensibilidade que o ator trabalhou seus medos e desenvolturas, além dos atos mais intensos, acabou fluindo tao bem que acaba agradando bem mais do que o esperado. Claro que já era esperado que o tino cômico do longa ficaria com David Harbour fazendo seu Alexei Shostakov, porém ele se entregou bem nas dinâmicas e funcionou para essas quebras serem bem alocadas na tela. Outro que sabia bem pouco, era sobre o papel de Wyatt Russell com seu John Walker que foi mais bem trabalhado nas séries, mas dá mesma maneira que aconteceu com a Valentina, aqui seu posicionamento acabou encaixando bem, e o ator não desapontou. Quem mais usou de efeitos especiais foi Hannah John-Kamen com sua Ava Starr, porém a atriz soube ser direta na entrega e acabou se desenvolvendo bem, de forma que não erra e agrada com boas lutas. Ainda vale um leve destaque para Geraldine Viswanathan com sua Mel meio que funcionando por vezes como agente dupla, e que tendo bons trejeitos acabou funcionando também com o que fez.

Visualmente a trama tem bons atos de destruição, bons elementos usados nos planos 3D, e funciona bem nos devidos ambientes, seja no cofre no meio de uma montanha, numa comissão de impeachment, ou mesmo em Nova York, aonde temos atos fortes dentro da Torre dos Vingadores, ou mesmo no plano paralelo dentro da escuridão que o vilão lança pela cidade, tendo claro alguns exageros explosivos, mas em filmes desse estilo dá para aceitar tranquilamente. Falando mais a fundo do 3D, diria que o diretor soube utilizar bem tanto o plano de fundo para cenas em perspectiva, quanto para cenas aonde os elementos saem da tela, ou seja, tudo foi muito bem usado sem precisar ser apenas um filme recheado de efeitos. Outro ponto muito interessante de ver foram os traços e o tom negro do vilão, aonde não vemos praticamente nada dele sem ser alguns pingos dos olhos e sua forma sombria, com tudo sendo desintegrado de uma maneira bem bacana de ver.

Enfim, jurava que eu não falaria isso hoje, mas acabei vendo um filmaço literalmente, aonde temos bons personagens, boa história, boa formação de equipe e uma desenvoltura completa para funcionar nos demais filmes da companhia, e sendo assim se hoje tivesse meias notas daria um 9,5 para ele, mas como não tenho, e dava para ir um pouco mais além, vou ficar com um 9 que não desmerece de forma alguma o resultado na tela. Então fica a dica para irem conferir sem medo algum, e que venha a fase 6 da Marvel. Fico por aqui agora, mas como amanhã é feriado, vou encarar mais uma pré-estreia hoje, então abraços e até daqui a pouco.


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