O longa nos conta que Marvin Gable é um corretor de imóveis que vive uma vida pacata nos subúrbios de Milwaukee. Ele tenta a todo custo deixar os erros cruéis que cometeu no passado. Ele será obrigado a confrontá-los quando recebe um misterioso bilhete de Rose, sua ex-parceira de crime que ele deixou para morrer anos atrás. Agora, Marvin precisará embarcar novamente em uma missão que envolve os assassinos mais perigosos e os fantasmas de seu passado.
Não é porque um dublê saiu das acrobacias e virou um diretor de sucesso, que agora todos vão se dar muito bem comandando as câmeras, e Jonathan Eusebio vai sentir um peso monstro em suas costas depois de gastar muito dinheiro da Universal em uma produção que sequer fez sucesso nos EUA. Ou seja, estrear com filme envolvendo muitas lutas até poderia ser uma boa chance para um ex-dublê, afinal sabe tudo desse mundo, trabalhou com muitas coreografias e desenvolturas, porém sem uma história boa para contar não tem como se salvar, e aqui faltou tudo, carisma nos personagens, piadas que se encaixassem bem com o tema, e claro uma desenvoltura motivacional para que não ficassem só brigando a toa, que é o que ele nos entregou. E sendo assim, confesso que gostei mais do trailer que conferi agora antes de escrever que do filme inteiro, então talvez quem não ler as críticas mundo afora talvez caia no golpe.
Quanto das atuações, não sei se começaram a encher a cabeça de Ke Huy Quan falando que ele substituirá Jackie Chan nas novas produções de luta, pois sabemos que o ator tem muito talento expressivo e não deveria depender de personagens sem desenvolvimento como é o caso de Marvin Gable aqui, pois meio que foi jogado na trama, sem ter muito o que fazer a não ser lutar e correr, das formas mais malucas possíveis. Outra ganhadora de Oscar, Ariana DeBose fez de sua Rose quase um personagem falado o tempo inteiro, para ser quase um enfeite, dando alguns choques e tiros, mas sem rumo algum, ou seja, de dar dó usar dois talentos com personagens tão jogados. Embora secundários, o "casal" formado pela assistente do protagonista e o primeiro cara que foi assassinar ele, teve uma química bacana e interessante de ver, de modo que Lio Tipton e Mustafa Shakir agradaram com seus atos. Nem vou ficar falando muito dos demais, pois a dupla de assassinos são bobos demais, o mandante é um enfeite, e o irmão do protagonista que seria o vilão master só fica tomando chá de bolhas.
Visualmente a trama teve basicamente três locações, o escritório da imobiliária, sendo decorado para o dia dos namorados, aonde ocorrem algumas lutas dentro da sala do protagonista, com tudo voando e quebrando como se fosse super normal de uma aula agitada de yoga, a casa que ele está vendendo que vira picadinho de balas e ele ainda fala que dá para recuperar, sendo bem destruída, e um estilo de locadora ou algo do tipo aonde fica o quartel da máfia do irmão, aonde rola mais várias lutas, ou seja, quebraram toda a cenografia, e ficaram felizes.
Enfim, é um filme que não entrega nada que seja chamativo, e que falha ao tentar ser algo apenas de lutas sem uma história que funcionasse para isso, ou seja, dá para pular fácil a conferida. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.