O diretor Cedric Nicolas-Troyan soube trabalhar bem a dinâmica da ação para que seu filme ficasse intenso de tiros, de correrias no meio de uma Tóquio noturna, e deu um bom envolvimento para seus personagens, fazendo com que o filme até tivesse uma boa vivência cênica, porém um filme não vive só de ações, e as montagens da história acabam não tendo o envolvimento necessário para que o filme criasse algo a mais, ao ponto que até torcemos para a protagonista ir além, já no miolo imaginamos o possível final, e até foi bacana a interação dela com a garotinha, mas não vemos aquele ato que espante, que faça querer indicar o filme para todos, e isso é algo que é uma pena, pois o estilo de ação/tiros sempre traz novidades, e sem elas o resultado acaba sendo monótono demais.
Sobre as atuações, confesso que em alguns momentos achei Mary Elizabeth Winstead tão semelhante com Milla Jovovich que sua Kate acaba sendo até icônica na desenvoltura toda, cheia de saltos, tiros, lutas na mão, lutas com facas e muita imponência visual que acabamos curtindo tudo o que faz em cena, sendo daquelas que sobrevivem até o último segundo depois de estar envenenada, levar vários socos e tiros, e tudo mais, ou seja, é quase uma imortal em cena, e se sai bem. A jovem Miku Patricia Martineau acabou entregando bons atos divertidos (e alguns irritantes também) com sua Ani, ao ponto que gostaríamos até de ver mais dela em cena. Woody Harrelson sempre entrega personagens canastrões, e aqui seu Varrick tem essa pegada meio de instrutor, envolvido em mistérios e trabalhou bem nas cenas do passado da protagonista, mostrando que a conexão entre eles é até algo maior, ou seja, o personagem tem uma boa pegada que acabou sendo cortada na interação final, mas como o ator é bom, seus trejeitos acabaram ficando bem conectados. Agora quanto dos vilões, tanto Tadanobu Asano com seu Renji quanto Jun Kunimura com seu Kijima fizeram atos interessantes mais puxados para os olhares e conversas, ao ponto que a luta entre eles inclusive é o melhor do final do filme, mas sem dúvida a grande luta ficou a cargo da protagonista com o cantor Miyavi, que no longa faz inicialmente um michê, mas que com o tanto que lutou para sobreviver com seu Jojima vemos uma interação bem bacana que mereceria mais tempo de tela.
Visualmente o longa tem bons atos numa Tóquio meio futurista, cheia de nuances digitais, tiros para todos os lados, muitas armas, e claro muito sangue com toda a desenvoltura de ação, ao ponto que todo o trabalho cênico acaba sendo bem convincente e marcante, claro que com exageros demais, mas vemos nuances diferenciadas e estilo, principalmente nos atos junto da garotinha, que acabou fazendo da assassina uma pessoa mais teen. Ou seja, a equipe foi bem na representação, mas certamente poderia ter ido além para mostrar algo diferente.
Enfim, é um bom longa de ação, mas que não se diferencia em nada de outros vários que já vimos nos cinemas e até mesmo no streaming, sendo um bom passatempo para a tarde de domingo, mas que muitos vão mais reclamar do que curtir tudo o que acaba acontecendo, passando bem longe de um filmão envolvendo Yakuza e outros grupos de assassinatos. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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