A trama segue uma assassina habilidosa, que foi treinada nas tradições da organização Ruska Roma. Ela busca vingança contra aqueles que assassinaram sua família.
Acho que nunca coloquei uma sinopse tão curta aqui, mas é isso, o diretor Len Wiseman não quis enfeitar seu filme, colocando logo de cara a história da garotinha que vê seu pai sendo morto após muita luta para que ela fosse livre, é colocada numa "academia" de balé aonde formam assassinos do método russo, em um de seus trabalhos atrás de saber mais do seu passado vê algo muito semelhante ao que ocorreu com ela, e chega na cidadezinha já sendo caçada por todos e botando as Armas para explodir quem tentar lhe impedir de pegar o chefão. Ou seja, básico do básico do estilo aonde o diretor, que já fez outro grandioso filme de mulheres empoderadas quando isso nem era uma palavra do nosso vocabulário em 2003 ("Anjos da Noite"), soube brilhar e entregar o que o público alvo do estilo desejava ver, com uma fotografia bem feita, armas imponentes e muita luta corporal para dar aquele extra que gostamos de ver em tramas desse gênero.
Sei que muitos irão pegar minha sacada de colocar Armas em maiúsculo no parágrafo acima, afinal a escolha do elenco com certeza também brincou com isso da protagonista Ana de Armas vir com tudo com sua Eve, aonde certamente a atriz usou muito de sua dublê Cara Marie Chooljian, mas também brincou e se jogou bastante nas lutas, afinal tem vários vídeos de bastidores com ela treinando para o papel, ou seja, já disse em outros filmes que a atriz tem uma boa pegada e aqui ela não desaponta com o que faz em cena. Gabriel Byrne chega a ser daqueles vilões meio que irritantes com seu Chanceler, mas talvez um desenvolvimento um pouco maior de sua corporação (ou seita como o longa diz) seria interessante para ir mais além, afinal ele só manda, e quem bate são seus seguidores e protetores da cidadezinha. Keanu Reeves dispensa apresentação, e teve até que uma quantidade significativa de cenas com seu John Wick. E vale claro colocar em pauta vários outros atores que já vimos nos outros filmes de Wick, como Anjelica Houston como a diretora da Ruska Roma, Ian McShane com seu Winston, e claro o último trabalho de Lance Reddick com seu Charon.
Visualmente o longa é bem bonito, contando com uma fotografia densa e cores chamativas para realçar alguns detalhes, muitas armas de todos os estilos, facas, machados, martelos, patins, mangueira e o que mais aparecer na frente da protagonista é usado com letalidade, e claro muitas bombas que praticamente fazem os vilões saírem com milhares de pedacinhos pelos ares, tivemos atos em boates, na academia de treinamento tanto de balé, como de luta e tiro, e claro a cidadezinha no meio do nada, repleta de neve e muita interação visual, aonde a caçada ficou bem intensa. Ou seja, a equipe de arte brincou bastante com o que tinha no orçamento.
Enfim, é o famoso filme que promete algo e entrega o que foi prometido, não sendo algo para lacrar, não sendo algo que trabalhe algum tipo de empoderamento como poderiam ter feito, mas que agrada por ser simples e objetivo, aonde quem gosta vai torcer e querer ver mais, e quem não gosta nem vai passar na porta. Claro que dava para ter desenvolvido muito mais coisas, principalmente o lado da seita dos antagonistas, mas não duvido que isso talvez já tenha sido jogado na série derivada do filme, ou em algum dos outros quatro longas (que aí não vou lembrar tanto), e também mesmo sendo uma trama dinâmica aonde não vemos os 125 minutos de duração, talvez alguns cortes de atos desnecessários agradaria um pouco mais. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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