Diria que diretor Baltasar Kormákur deu o seu máximo para que seu filme ficasse intenso e bem trabalhado no conceito de defesa e contra-ataque, usando artifícios bem detalhados e marcantes, com ares bem dosados e toda uma interação bem bacana dos protagonistas com o leão, em um ambiente até que bem interessante e fechado se formos olhar a fundo, porém diria que os roteiristas Ryan Engle e Jaime Primak Sullivan exageraram demais ao colocar toda a forma de ataque do felino, pois sabemos que leões são territorialistas para defender o seu espaço, mas no filme o bicho sai literalmente a caça sem rumo algum, meio como se fosse realmente uma vingança e não uma defesa de território, então soou um pouco estranho tudo o que faz. Claro que fizeram isso para que tivesse um ar mais ficcional interessante e forte, e até funciona por pegar o público com muitas cenas de susto, mas poderiam ter desenvolvido melhor todo o resultado, isso sem falar na luta final que forçaram a barra num nível que não tem defesa. Ou seja, é um filme que quem curte levar uns sustos sendo pego de surpresa vale muito a indicação, mas o diretor já fez longas bem mais trabalhados e poderia ter reduzido os exageros para que o filme ficasse mais convincente.
Sobre as atuações, gosto muito do Idris Elba, mas mesmo sendo um bom conhecedor de atuações com elementos gráficos, ele acabou dando para seu Nate um ar meio que desesperado em algumas situações e jogado em outros, parecendo não estar muito bem ambientado com tudo o que estava acontecendo na tela, mas ao menos trabalhou semblantes fortes, e malucos em alguns atos, o que acabou dando um tom forte para o filme. Sharlto Copley até mostrou uma certa habilidade inicial com seu Martin, se mostrando um bom comandante da reserva, brincou bem com os leões que convivia, mas no primeiro ato com o leão fodão já ficou destroçado, mas fez bons atos depois com caras e bocas de dor, e ainda uma cena bem impactante na sequência fazendo um estilo bem trabalhado ao menos. As garotas Iyana Halley com sua Meredith e Leah Jeffries com sua Norah até fizeram alguns trejeitos bem colocados, mas não chamaram tanta atenção na trama, parecendo que as garotas estavam no filme por estar, o que é bem estranho de ver, sendo que alguns momentos só fazem gritos desesperados e chorosos (tenho até medo de ver como ficou isso na dublagem nacional!), ou seja, poderiam ter se imposto mais nas cenas e criado algumas desenvolturas maiores. Sendo assim, o verdadeiro ator mesmo que impactou foi quem viveu o leão vestido de roupa verde para que todas as cenas depois fossem bem tratadas com muita ação.
Visualmente o ambiente todo é bem interessante, com uma floresta cheia de animais, mas que parecem desaparecer com o leão ao redor, mostrando bem os caçadores fazendo os diversos abates, e também sendo abatidos, com um leão bem imponente atacando de todas as formas, e ainda alguns atos interessantes com uma vila, uma escola abandonada, e todo o restante dentro do jipe e no meio do nada, mostrando que a equipe de arte economizou bem, para que a equipe de computação pudesse brincar bastante depois, tanto que o filme é recheado de cenas improváveis, as principais na beira do lago, pois mostra jacarés imensos entrando na água, e na sequência o cara entra todo ensanguentado e nada como se não tivesse nada ali, uma cobra ataca e pronto cato ela no ar, ou seja, difícil mesmo acreditar no que vemos.
Enfim, não é um filme ruim, mas tem muitos absurdos e mais sustos do que história realmente, parecendo ser daqueles de terror que ficamos inconformados de jogarem tanta coisa sem sentido acontecendo. Ou seja, se você gosta do estilo, pode ir conferir e rir dos demais na sala que vão pular com o leão vindo do nada, mas do contrário tem filmes melhores por aí. E é isso meus amigos, acho que esperei um pouco demais da trama, e me desapontei, então fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos.
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