Costumo dizer que filmes de meio de trilogia são os que menos história tem para contar, pois é só enrolação para juntar o que foi mostrado no começo, e preparar tudo para um grande fechamento, e facilmente caberia em dois bons filmes o que o diretor David Gordon Green nos entregou aqui e provavelmente vai aprontar no outro que dizem ser lançado em 2022 ou 2023, pois já está filmado, ou seja, não posso dizer que o que vi hoje seja algo ruim, muito pelo contrário é daqueles filmes violentos que tanto gostamos de ver na tela, que chega a ser até assustador pelo impacto causado, mostrando pedaços cortados, arrancados, cabeças sendo trucidadas, corpos estatelando pelo chão, e claro muitas facadas, afinal essa é a marca registrada do assassino, e sendo assim acaba servindo de agrado para os fãs, mas a história mesmo só fica pelo surto coletivo das pessoas que sobreviveram ao assassino e acabam criando o caos no hospital, mas nada além disso, e mesmo que tentem matar o personagem não conseguem, afinal o terror continua nesse e no próximo filme.
Sobre as atuações, temos tantos bons atores em cena, mas praticamente nenhum entregando interpretações realmente, afinal já disse que a ideologia da trama é ver as pessoas sendo esfaqueadas ou picotadas da melhor forma possível que o protagonista as encontre, e se no anterior Jamie Lee Curtis foi muito usada com sua Laurie Strode, aqui ela praticamente ficou só no hospital fazendo reflexões no quarto, afinal foi inteira costurada após os atos do filme anterior, e não foi muito além na trama, deixando aqui o cargo para sua filha vivida por Judy Greer e sua neta vivida por Andi Matichak, que até fizeram bons trejeitos, tentaram brigar bem com o vilão e claro sofreram algumas consequências, ao ponto que o resultado funciona pelo menos. Dentre os demais, tivemos ainda bons destaques para um Anthony Michael Hall completamente ensandecido querendo a morte do vilão a qualquer custo com seu Tommy, fazendo alguns atos intensos no hospital, tivemos uma boa expressividade de Thomas Mann fazendo o policial Hawkins nos anos 70 num determinado momento que mostra o começo de tudo na trama (aliás nem lembro bem das cenas do primeiro filme para ver se teve algo que usaram aqui de forma bem feita), e ainda tivemos muitos outros que foram bem mortos.
Visualmente o longa é muito bom, pois não perdeu tempo em criar muitos ambientes, tendo um bar aonde está rolando algumas apresentações de Halloween, com algumas pessoas que sobreviveram ao assassino (e claro para isso usaram de flashbacks de outros filmes mostrando os personagens sendo crianças), tivemos uma cena inteira criada numa perseguição na casa de Myers para tentar mostrar aonde o personagem errou em não dar fim no mal logo no começo, e claro a casa de Myers que agora é morada de um casal homossexual (meio que desnecessário tentar causar com o tema, mas ao menos os personagens entraram bem no clima de Halloween com as travessuras das crianças), além claro de muitas cenas nas ruas, em parques e num hospital que virou quase um shopping com tanta gente maluca correndo e gritando, e também a continuidade da cena que encerrou o filme anterior com os bombeiros tentando apagar o fogo da casa de Laurie, mas não dando muito certo. Ou seja, os ambientes até foram bem elaborados pela equipe de arte, mas tudo ao redor é usado como arma para o protagonista desde facas que ele mais gosta, até lâmpadas, pedaços de vidro, e porque não um corrimão de uma escada, tudo com muito sangue, muitos manequins para ter as devidas esfaqueadas, e claro dando um trabalhão imenso para a equipe de maquiagem, pois as mortes foram bem mostradas e bem fortes.
Enfim, é um filme bem interessante pelo conteúdo visual bem violento que certamente agradará quem gosta do estilo, mas que faltou um pouco mais de história realmente para ficar perfeito, ou seja, volto a cair naquela proposta de ser um filme de meio de trilogia, aonde nada praticamente ocorre para a história em si, mas que de forma explosiva causa bastante pela intensidade de tudo, então agora é esperar finalizarem bem a pós-produção do último filme e ver como (se é que vão conseguir) matam o protagonista. E sendo assim recomendo o longa novamente mais para os fãs do estilo, e principalmente para quem viu o primeiro, pois os demais irão apenas ver um filme de matança completamente sem sentido. Bem é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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