Halloween

10/26/2018 01:27:00 AM |

Quarenta anos!!! Eis que uma das franquias de terror mais adoradas pelos fãs do estilo entra no famoso "enta" desde o primeiro longa lançado em 1978! Isso significa que você está velho Sr. Michael Myers e claro nossa querida Jamie Lee Curtis! E nesse meio do caminho tivemos mais de 10 filmes, alguns bem toscos, até chegarmos nesse que estão considerando como a continuação mais direta do primeiro filme, e digo após conferir esse, que realmente embora alguns outros tenham boas conexões, aqui a essência do original é mais lembrada, não temos tantas pausas dramáticas, não temos tantas firulas, mas temos o essencial, um vilão que não perdoa ninguém, independente de quem seja, apareceu na sua frente (já era!) tome facada, soco, botada ou o que tiver para poder fazer o sangue voar longe, e claro temos Laurie Strode, a fatídica que não morre no filme de 78 após os ataques de Myers, e agora tem todo um aparato mega preparado para esperar o vilão vir com tudo para seu embate mortal. Diria que por cada filme adotar uma conexão entre Myers e Strode, ainda fico meio confuso se são ou não irmãos, mas isso não tem tanta importância, afinal o que queremos ver em todos os filmes é o vilão com seu ódio mortal fazendo picadinho, e aqui isso é entregue da melhor forma possível, não sendo tão forte quanto poderia, mas criando alguns bons momentos de tensão, o que acaba agradando de uma boa maneira, principalmente por seguir uma boa linha. Talvez por esperar algo a mais dele, não tenha me empolgado tanto com o resultado final, mas ainda assim é um longa que quem gosta do gênero sairá satisfeito da sessão.

A sinopse nos conta que quatro décadas depois de ter escapado do ataque de Michael Myers em uma noite de Halloween, Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) terá que confrontar o assassino mascarado pela última vez. Ela foi perseguida pela memória de ter sua vida por um triz, mas dessa vez, quando Myers retorna para a cidade de Haddonfield, ela está preparada.

Não sei se a melhor escolha para a direção do longa foi David Gordon Green, pois seu estilo de filmes é daqueles mais puxados para superações do que traumas em si, mas como também foi um grande colaborador no roteiro dessa nova versão, não teve como não assumir a bronca. Digo isso, pois ele até entrega um filme com boas cenas de mortes, algumas boas tomadas de tensão, e tudo mais que muitos esperavam, mas talvez nas mãos de um diretor de terror mesmo, o filme acabaria sendo daqueles que voltaríamos a morrer de medo do tal bicho-papão como a ideia é passada, e não apenas um serial killer que faz o que mais sabe fazer. Claro que estou colocando uma opinião bem pessoal de quem gosta de filmes aonde você saia chocado com a interação personagens e vilões, e aqui esse embate pareceu algo quase manjado, tanto a protagonista querendo sua vingança, quanto o vilão querendo matar, só faltando marcarem um encontro pelo aplicativo para que o encontro fosse bem feito ao luar. Ou seja, volto a frisar que o longa passa bem longe de ser algo ruim, muito pelo contrário, é um dos melhores da franquia toda, só perdendo claro para o original que tinha um mote bem forte, mas sinceramente lembro de ver alguns e ficar com medo do que via, e aqui eu mais ri do que fiquei tenso.

Outro ponto bem engraçado é que temos muitos personagens na trama, mas praticamente todos são meros enfeites para alongamento apenas da história, tendo como prioridade somente os dois protagonistas, e um ou outro mais bem colocado para algumas cenas, ou seja, ao menos acertaram em pegar muitos que nunca vimos nas telonas para nem gastar muito com cachê. É claro que temos de começar falando de Jamie Lee Curtis que tinha apenas vinte aninhos lá no seu primeiro filme em 78, e que participando de outros derivados da franquia (alguns nem lhe sendo creditados por meras aparições), voltou com gás completo para termos uma Laurie Strode pronta para a batalha, cheia de grandes armas, treinada literalmente para matar, com sua casa completamente orquestrada para filmagens, com cercas (aliás, aqui temos um leve furo para a cena de miolo com sua neta, pois como ela entra na casa com toda aquela proteção ao redor??? Massss vamos deixar isso quieto!) e tudo mais, mostrando que a atriz ainda tem um bom tino para grandes cenas, e ainda dominando cada trejeito para que sua personagem ficasse bem interessante. James Jude Courtney não disse sequer uma palavra como Michael Myers, mas foi bem interessante em movimentações, entregou dinâmicas coerentes, e claro, matou como um louco realmente. Dentre os demais, temos leves bons momentos com Will Patton com seu policial Hawkins (que até achei que tivesse participado do longa em 1978, mas começou a atuar em 79 apenas, então foi apenas uma referência com o personagem), e também Haluk Bilginer como Dr. Sartain, mas mais pelo seu segundo ato do que pelas cenas iniciais, pois nas entrevistas até os entrevistadores foram meio jogados, assim como a filha e a neta de Strode, interpretadas por Judy Greer e Andi Matichak, que até fizeram boas caras e bocas, mas nada que valesse parar muito tempo para acompanhar, de modo que até torcemos para que Myers fizesse picadinho delas.

Agora um ponto bem positivo do longa ficou a cargo da direção de arte que trabalhou bem a essência do longa original, atualizando o tema para a época atual, com casas bem decoradas para o Halloween, mortes impactantes feitas das mais diversas formas (mas claro as melhores com o facão), muito sangue para todo lado, e claro uma casa feita literalmente para uma guerra, com todo tipo de treinamento, traquitanas para se esconder, grades, gaiolas e tudo mais, ou seja, fizeram algo preparado para chamar a atenção, e conseguiram. Um detalhe que achei um pouco estranho foi a máscara de Myers, que no original era mais branca, e aqui ficou algo envelhecido demais (mas ok, passaram 40 anos vai!). A fotografia felizmente é bem moldada nos tons, trabalhando tons avermelhados e luzes de contra bem amareladas, de modo que finalmente os diretores tem mudado a opinião que longas de terror tem de ser totalmente escuros, e assim, o funcionamento com ângulos bem preparados acabam até pegando o público levemente no susto, mas sem necessariamente ficar aquele breu.

Nem precisaria falar sobre trilha sonora, afinal não temos canções específicas, mas felizmente a trilha sonora clássica domina os melhores momentos, e dá o ritmo para a trama.

Enfim, é o filme que muitos esperavam há anos, e que possivelmente volte a ter até mais uma continuação pelo que andam falando nos bastidores, mas que poderia sim ter ido para um rumo até mais violento caso quisessem que causaria ainda mais impacto no público, tipo termos realmente mais mortes acontecendo por toda a cidade antes do grande embate praticamente marcado, mas aí o filme não teria o mesmo efeito, então vai de gosto. Digo que para quem gostou do primeiro, e até alguns nesse meio do caminho, o resultado vai agradar bastante, e claro, quem gosta de um terror de assassinatos jogados do nada, também vale a pena, mas poderiam ter ido além, e assim sendo fica minha recomendação como algo que vale o tempo na sala do cinema. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve, afinal essa semana está bem recheada de estreias, então abraços e até logo mais.

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