Diário de um Banana 4: Caindo Na Estrada (Diary of a Wimpy Kid: The Long Haul)

8/15/2017 01:39:00 AM |

Se os primeiros filmes foram feitos em sequência (2010, 2011, 2012), as bilheterias acabaram não empolgando o tanto que necessitavam para que todas os livros virassem filmes rapidamente, e sendo assim, como bem sabemos, os pequeninos crescem bem rápido e os protagonistas originais precisaram ser trocados para que a essência do livro continuasse fluindo em "Diário de um Banana: Caindo Na Estrada". Não digo que isso seja o maior problema do filme, pois mesmo com atores diferentes, os personagens (a maioria, pois o irmão mais velho acabou ficando retardado demais, já que o anterior era mais rebelde, porém mais jovial e menos adolescente) acabaram seguindo bem e divertindo (até mais do que outros filmes da série) com uma história bem colocada e que acaba levando até certas gags desnecessárias (e até nojentas), mas que funcionam, e sendo assim, o resultado acaba agradando bastante quem for disposto a se divertir com as bobeiras da trama, e principalmente acaba divertindo bem a garotada fã dos livros.

O longa nos mostra que Greg convenceu sua família a embarcar numa viagem para ir ao aniversário de 90 anos de sua avó. Mas, na verdade, o que ele realmente quer é assistir a uma convenção de gamers. Sem surpresas, as coisas não vão de acordo com o planejado e as palhaçadas da família Heffley começam a acontecer.

Desde que assumiu a direção da série em 2011, David Bowers conseguiu imprimir bem o estilo aventureiro que Greg tem nos livros para o cinema também, pois no primeiro filme tudo era bem diferente, embora original. Agora usando de base o nono livro da série, ele construiu esse quarto filme com nuances de vários outros livros, colocou boas piadas e situações e conseguiu criar algo bem dinâmico de acompanhar, o que acabou transformando esse "road-movie" em algo bem divertido (mesmo que soe bobo em diversos momentos) e que com um estilo próprio para o público infantil mereceria ter sido lançado nas férias para aí sim arrecadar uma boa bilheteria (e quem sabe ser lançado outras histórias dos livros). Claro que a trama possui muitos defeitos, os principais são o excesso de coisas nojentas para fazer graça (algumas funcionam muito bem, e fazem com que caiamos nas gargalhadas, outras apenas dão nojo) e alguns personagens saindo fora do eixo da trama, que já vinha bem com outros atores, mas de resto, o resultado acabou funcionando bastante.

No conceito das interpretações não vou me aprofundar muito, afinal como todos bem sabem, esse estilo de filme não aparece no interior legendado por ser algo 100% voltado para crianças, e as vozes acabaram ficando até chatas demais de ouvir em determinados momentos (o trailer está aí embaixo e você pode tirar suas próprias conclusões), portanto vou apenas dar destaque às travessuras de Jason Druker como Greg, que assim como seu antecessor Zachary Gordon, fez boas expressões e principalmente demonstrou o que estava sentindo/fazendo. Já frisei que o grande problema do filme ficou a cargo da mudança de personalidade de Rodrick, que se antes com Devon Bostick, o personagem foi crescendo e virando alguém mais impactante, com visual e que com a banda até chamaria atenção, aqui com Charlie Wright praticamente voltamos para a estaca negativa, pois o jovem não aparenta 16 anos, mas sim um adolescente de 13 a 14 no máximo, chegando a ser babaca e até mais infantil que o protagonista em algumas atitudes. Agora uma das mudanças mais interessantes ficou a cargo dos pais, pois mesmo Alicia Silverstone aparentando bem diferente do que conhecemos e Tom Everett Scott tentando ser engraçado, o resultado de seus Susan e Frank soaram bem mais satisfatórios como pais do que acontecia antes, que soavam pessoas desesperadas e problemáticas apenas, ou seja, agradaram. Os demais acabaram soando bem coadjuvantes realmente, como o Sr. Barbudo, interpretado por Chris Coppola, que parecia estar com cara de diarreia toda vez que ficava bravo, e o jovem Manny, interpretado por dois jovens garotinhos gêmeos, que ao final conseguiu chamar toda a atenção para si.

A equipe de arte literalmente teve bastante trabalho, pois road-movies geralmente são bem complexos de conseguir trabalhar, e aqui tiveram vários hotéis bizarros, com muita cenografia para ser trabalhada, diversas cenas em estradas com objetos sobrando para todo lado, e claro as diversas cenas em festivais de games e de fazenda, aonde precisaram certamente colocar as pessoas em posições estratégicas para ter um bom resultado, ou seja, trabalharam bem para que o resultado artístico funcionasse, e tiveram sucesso nisso. Como é um longa muito movimentado, a equipe de fotografia nem quis ousar, deixando tudo com um tom só bem colorido, criando o ar cômico e deixando que o restante fluísse naturalmente.

Enfim, é um bom filme, garanto que não é o melhor longa do mundo, mas certamente vai fazer você rir bastante, o que acaba sendo um acerto, já que estamos falando de uma comédia. Portanto vá sem pensar e divirta-se, leve as crianças que certamente irão gostar bastante, e assim sendo o resultado final vai agradar bem. Claro que nem frisei tanto nos erros, furos, e tudo mais de estranho que o longa acabou fazendo, mas como a trama é simples, já vamos sabendo que veremos isso, e assim sendo acaba não atrapalhando tanto. Certamente foi muito melhor que o terceiro longa, mas acaba ficando empatado com o segundo, e sendo assim a nota será a mesma. Bem é isso pessoal, fico por aqui encerrando essa semana cinematográfica, mas volto na próxima quinta com mais estreias, então abraços e até breve.

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