Vingadores - Era de Ultron em Imax 3D

4/23/2015 02:19:00 AM |

Bem meus amigos, enfim chegou o dia do ano que muitos (digo muitos mesmo) esperavam a chegada, pois acaba de surgir o longa que promete explodir com todas as bilheterias possíveis e imaginárias com os fãs nerds vibrando, rindo, chorando e tendo diversos estilos de sensações para com "Vingadores - Era de Ultron". Logo de cara já aviso que tentarei não dar spoilers durante o texto, mas como o longa é o miolo de um todo, talvez saia alguma coisa que você precise saber sobre os outros filmes, mas vamos ver como sairá o texto. Logo de cara o que preciso dizer é que o filme é muito longo, talvez algumas cenas a menos entregaria o mesmo resultado e não cansaria tanto quem não for um fã nato das HQs, mas como todo fã costuma falar, aí não entraria todas as referências possíveis e imaginárias que o longa nos entrega, e olha que sei muito pouco sobre o Universo Marvel em que os personagens estão inseridos, então nem imagino o que os amigos que comem HQs no café da manhã, almoço e jantar conseguirão ver a cada página do quadrinho impressa na telona, ou seja, a importância do tamanho do filme se faz jus para explicar toda a ligação do primeiro filme, com coisas que foram ditas na série de TV e pontos importantes que justificarão o que deve rolar nos próximos longas. Claro que as partes cômicas ficaram excelentes e bem encaixadas sem atrapalhar o contexto geral e como agora já conhecemos bem praticamente todos os personagens, agora a pancadaria e ação rolam soltas, então tirando uma ou duas cenas que dá para respirar, prepare-se para um filme bem agitado e que vai agradar demais quem gosta do estilo.

O longa nos mostra que tentando proteger o planeta de ameaças como as vistas no primeiro Os Vingadores, Tony Stark busca construir um sistema de inteligência artificial que cuidaria da paz mundial. O projeto acaba dando errado e gera o nascimento do Ultron. Capitão América, Homem de Ferro, Thor, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro terão que se unir para mais uma vez salvar o dia.

Com um roteiro e uma direção bem coesa, Joss Whedon voltou para continuar o que fez no primeiro filme e ajustou todos os pontos junto da série que criou para TV, o que para alguns é até aceitável, mas para outros a inserção de personagens sem muita apresentação no cinema pode ser algo meio que jogado, mas nada que afete a grandiosidade da produção e todo o cerne que o diretor quis colocar na trama. Como disse, por já ter nos apresentado a maioria dos personagens, aqui ele não precisou enfeitar tanto o doce, já colocando todos numa cena de abertura lotada de ação que deu o tom que o longa teria nas cenas seguintes, e somente em alguns alívios técnicos para trabalhar mais alguns personagens, no caso Gavião Arqueiro e Viúva Negra, temos tempo para poder pensar aonde ele quer chegar com toda a montagem da trama. Assim como deu certo no primeiro filme, temos novamente boas tiradas cômicas envolvendo praticamente todos os personagens e isso ao mesmo tempo que é bom para que o longa não fique muito pesado, afinal temos diversas mortes e isso nas mãos de um diretor mais impactante seria quase que um filme extremamente sombrio e não sei se teria o mesmo sucesso. Falar dos diversos pontos da narrativa que são ligados e aparecem como referências na trama é algo que deixaria spoilers demais no texto e eu não seria a pessoa mais bem apropriada para falar sobre cada um, afinal sei o básico dos quadrinhos para me situar nos longas e da série Agents of S.H.I.E.L.D. então assisti apenas pedaços de alguns episódios, mas se pontuar bem veremos detalhes de tudo no decorrer da trama, que mesmo acelerada em diversos momentos, quando quer que vejamos algo mais importante a câmera do diretor se desloca como uma lupa no ponto chave, ou seja, caso você queira pesquisar sobre cada elemento importante é bem fácil: memorize cada ponto que você ver a tela focalizar em algo ou alguém fora dos personagens conhecidos que terá diversão em pesquisas por meses, e quem for bom nesse quesito com certeza verá muito mais coisas além das entregues facilmente pelo diretor. O estilo mais próximo de séries que o diretor impregna na trama é algo interessante de ver, pois o filme de certo modo funcionou trabalhando quase que em capítulos e isso chega ao ponto de que com a abertura da série no primeiro filme, agora desenvolvendo a história para tudo ser encaixado e trabalhado para ficar como os produtores desejavam, e armar o circo para os dois próximos longas da Guerra Infinita que será gravado simultaneamente, ou seja, tem muito pano ainda para queimar.

Sobre as atuações é quase que repetir exatamente o que disse no primeiro filme, pois todos os atores deram a mesma força para seus personagens e contribuíram bem para que o longa seja o sucesso que já conhecemos. Embora no primeiro filme sua aparição tenha sido algo bem simples, agora Jeremy Renner passa a ser de certa forma bem importante em alguns momentos de seu Gavião Arqueiro/Clint Barton, então o ator soube trabalhar essa responsabilidade que lhe foi entregue de maneira saudável e inteligente para melhorar claro seu personagem e claro ganhar mais personagens mais para frente, não posso dizer que ele saiu perfeito, mas o esforço foi bem encaixado e agrada de certa forma. Robert Downey Jr. é daqueles atores que basta lhe dar um pacote de farinha que ele lhe entrega uma torta, então com bons diálogos ele trabalha bem a expressão de seu Tony Stark/Homem de Ferro nos momentos certos, colocando as piadas de forma bem interessante e nos momentos em que precisa usar da seu expressionismo bota tudo a valer mesmo, mas como seu cachê já está fora do que a Marvel acha considerável deve fazer apenas Guerra Civil e abandonar o papel. Scarlett Johansson também ganhou um aumento considerável na participação de tela, e como todos sabemos é uma excelente atriz que não desperdiçaria isso, então temos boas nuances do seu personagem Viúva Negra/Natasha Romanoff e com a deixa final acreditamos mais ainda na possibilidade de logo ter seu próprio filme, pois a atriz fez performances claras de agradar a todos que exigiam personalidade dela no papel. Mesmo também tendo bons momentos cômicos, senti a falta de algo mais expressivo por parte de Chris Hemsworth com seu Thor, não sei se quiseram deixar algo para outros longas ou se muito de suas cenas foram cortadas, pois mesmo no momento em que vai até as águas junto de Stellan Skarsgård, a cena acaba sendo tão rápida que não vemos muito da importância dela, e olha que quando ele volta o que diz faz todo o sentido da trama, ou seja, precisariam ter trabalhado mais o tempo de tela dele para a história se conectar melhor. Eu sei que muitos são extremamente fãs do Capitão América/Steve Rogers, mas Chris Evans não é um ator que me desce e sinto muito a falta de expressividade dele, e como o "definem" como chefe dos Vingadores, precisaria começar a trabalhar mais no seu jeito de atuar para que na Guerra Civil ele encaixe tudo que faça dele um líder nato mesmo. Mark Ruffalo é perfeito seja fazendo o que for, e seu Hulk/Bruce Banner ficou tão bem trabalhado nas nuances introspectivas, que seus momentos de briga quase desaparecem frente às cenas mais calmas e interessantes, ou seja, mesmo que a Marvel não queira outro longa solo do personagem, torcemos para que ele volte bem nos demais. É uma pena que o personagem Pietro Maximoff/Mercúrio de Aaron Taylor-Johnson tenha uma participação tão pequena, mas extremamente importante em diversos momentos do longa, pois o ator é bom e sabe fazer boas interpretações, mas acabou ficando meio que apagado e nem lhe deram outra chance de fazer o personagem emplacar. Em contraponto Elizabeth Olsen já entra com tudo com sua Feiticeira Escarlate/Wanda Maximoff e trabalhou tão bem com nuances expressivas interessantes que deve com certeza voltar para mais alguns filmes dos heróis com a deixa final. A voz de James Spader caiu como uma luva para Ultron e deu o impacto exato que o filme exigia para o vilão, e junto de uma computação gráfica bem encaixada que deu toda expressividade para o robô, o resultado só poderia ser um sucesso nato do personagem. Poderia falar de vários outros personagens que caíram bem nos papéis, mas alongaria demais o texto, então vale apenas destacar mais um que é Paul Bettany que já havia emprestado sua voz para os demais filmes da série apenas como Jarvis e agora encarnando o personagem do Visão conseguiu mostrar expressividade também como um personagem de carne e osso, ou seja, mostra que o ator é muito bom e vamos ver o que vai fazer nos próximos longas. E não podia deixar de falar claro da cena que contém o pai da Marvel, Stan Lee, na festa tomando um drinque de outro planeta e ficando muito bêbado, extremamente bem colocada.

Embora filmado em diversos países: Itália, Bangladesh, Coréia do Sul, África do Sul e Inglaterra, a montagem toda fez parecer ser apenas 2 a 3 lugares, e isso é interessante de ver, pois não necessitou explicitar aonde os personagens estavam, somente pontuando alguns locais que não países, para que a história se desenvolvesse bem, e isso é muito legal de ver, afinal os países só serviram de base cênica para o desenrolar do filme, já que por trás de tudo foi colocado muito efeito computacional para que os robôs voassem por todo lado, tudo fosse bem destruído e claro tivéssemos diversos elementos cênicos para trabalhar dentro do contexto da produção, ou seja, um filme riquíssimo em objetos para que os fãs se divirtam montando os quadrinhos na mente e fiquem aguçados com cada coisa que apareça na tela. A fotografia não trabalhou em demasia com tons mais densos nas cenas mais tensas, principalmente pelo fator técnico da computação estar presente em mais de 90% do longa, então se a cena ficasse escura demais atrapalharia o efeito visual, mas para pontuar bem as cenas de cada um, o filme trabalhou cores próprias e até chega em alguns pontos a mostrar bem iluminações específicas para cada um. Sobre o 3D, o longa mesmo convertido teve boas cenas de ação com desenvolvimento de elementos em perspectiva para fora da tela, e alguns até arremessados, mas nada que seja um deslumbre técnico, quem for ver com a tecnologia vai curtir alguns momentos e só, não vai sair falando que viu o melhor longa 3D da vida de forma alguma, principalmente devido não ter sido filmado usando a tecnologia, acabaram que não fizeram quase que cena alguma com profundidade de campo que é o melhor do 3D em cenas de ação, mas isso quem sabe resolvam no próximo filme.

Sobre a trilha sonora de Danny Elfman e Brian Tyler não temos do que reclamar, pois colocam o que mais sabem fazer bem que é dar ação aos momentos que faltaria um ritmo, e causar o suspense necessário para que em seguida tudo comece a correr novamente, ou seja, eles ditam o ritmo com um frenesi tão impactante que são raros os momentos que não temos algo tocando de fundo.

Enfim, um longa excelente que agrada bastante em tudo que foi feito, claro que ainda não foi tão perfeito como foi a apresentação no primeiro longa no quesito de mostrar mais história e perspectivas, mas com a quantidade de ação isso acaba se suprindo e agradando até mais para aqueles que forem sem expectativa nenhuma como foi o meu caso, alguns que estiverem esperando muita história talvez acabe decepcionado de certa forma. Ou seja, no geral é mais do que recomendado o longa, pois consegue envolver, emocionar e divertir bastante, mas os mais exigentes podem reclamar um pouco do exagero de ação em falta de história. Alguns fãs talvez vão reclamar da minha nota, mas mesmo não criando nenhuma expectativa para o longa, gostaria de ter sentido mais conexão com a trama e chegado em casa gritando que filme F#$*A, mas ele acaba sendo mais envolvente para os fãs, e não tanto para os demais, e só por isso vou acabar descontando meio ponto dele, só que como não tenho notas pela metade vou entregar uma nota 9 para o filme, mas ainda assim recomendo demais ele e com certeza irei rever o filme para ver mais detalhes. Bem é isso pessoal, como única estreia da semana, volto apenas para concluir o Festival Indie na terça, mas de resto estreias mesmo somente na próxima quinta dia 30, então abraços e até mais.

PS: Aviso que só tem uma cena pós-credito, na verdade mid-crédito logo que acabam os créditos com imagens, antes de entrar na tela preta em si, então não necessitam ficar aguardando subir todos os mil nomes que trabalharam no longa.


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