Metallica: Through The Never 3D

10/07/2013 10:49:00 PM |

Se você sempre quis ir a um show de rock, mas morria de medo de brigas, drogas e tudo mais, sua chance chegou e da melhor forma de assistir: sentado em uma poltrona extremamente confortável, com o volume no último e ainda em 3D que deixa você praticamente tocando a guitarra junto com a banda. Sim, essa foi a experiência mais surreal que poderia imaginar ter no cinema com "Metallica: Through the Never 3D", onde o show ultrapassa todos os limites de uma superprodução com direito a pirotecnia, terremotos, raios, cadeira elétrica, estátuas imensas, destruição de palco e tudo mais que você possa imaginar num show de rock de uma das bandas mais icônicas das últimas gerações. E olha que quem está digitando tudo isso conhecia sequer umas 2 ou 3 músicas da banda e saiu vibrando com tudo que viu na tela, então já fico imaginando como será para um fã.

Além do fantástico show, o longa conta com uma pequena trama por trás, que nos mostra a seguinte sinopse: Trip é um jovem roadie da famosa banda Metallica. Ele trabalha nos bastidores dos shows e nem sempre consegue assistir às apresentações. Durante um show do grupo, ele é chamado para solucionar um assunto urgente e irá se deparar com uma série de desafios sobrenaturais.

Embora seja muito bem produzida a trama ficcional para o show, considere mais pagando pelo show do que para ela, pois mesmo o diretor Nimród Antal dizendo que teve inspiração no livro "O Alquimista" de Paulo Coelho, tudo só consegue ter um cerne para quem tiver com muita erva na cabeça, pois eu gostei do que vi, mas não entendi lhufas. Considerei uma viagem muito louca que o cara teve e que a droga que mandou pra dentro antes de começar com tudo, o deixou muito louco vendo coisas absurdas pelo caminho de sua missão. Além disso fiquei muito puto com o final da trama, então quem entender melhor das músicas e conseguir entender o minifilme, e quiser compartilhar sem lotar de spoilers, os comentários estão abertos.

A atuação de Dane DeHaan é convincente para a trama, colocando seus medos e sua fúria completamente pra fora, fazendo muito mais do que poderia, agradou muito visualmente. Quanto do show James Hetfield detona tanto no vocal quanto na guitarra, mandando bem demais na condução do show aos 50 anos de idade. Lars Ulrich só falta pegar a sua bateria e destruir ela nas costas, pois do restante faz de tudo com ela, também aos seus 50. Robert Trujillo me deixa perguntando como seu cabelo não enrosca no baixo, pois o cara é pura violência nos acordes. E claro Kirk Hammet arrasa nos solos e demonstra uma precisão monstruosa com o que faz com sua guitarra.

A equipe de arte do filme fez uma cenografia de dar inveja em muitos longas de terror/suspense, com ruas desertas, trombadas fortes e misteriosas, carros de polícia pegando fogo, militantes em briga com a polícia tacando fogo em tudo, um cavaleiro muito sinistro laçando e enforcando militantes, ou seja tudo de mais sinistro possível. Já a equipe de arte fez tudo que falei no parágrafo inicial durante a performance nos shows, que são dois, um em Vancouver e outro em Edmonto, ou seja, tudo muito bem coreografado para não ferir ninguém da banda e muito menos o público que fica muito grudado do palco. Simplesmente uma experiência incrível ver isso tudo acontecendo num único palco. A equipe de fotografia usou e abusou de tons escuros e vermelhos para dar o hardcore total que um bom rock pede, usando as câmeras cedidas por James Cameron e Vince Pace para criar um ambiente 3D com coisas saindo da tela e dando uma profundidade de campo como poucas vezes vista, colocando realmente o espectador junto dos artistas no palco a todo momento.

É um show do Metallica, preciso falar algo da trilha? Mas vou ser bonzinho e colocarei todas as canções tocadas: "The Ecstasy of Gold", "Creeping Death", "For Whom the Bell Tolls", "Fuel", "Ride the Lightning", "One", "The Memory Remains", "Wherever I May Roam", "Cyanide", "...And Justice for All", "Master of Puppets", "Battery", "Nothing Else Matters", "Enter Sandman", "Hit the Lights", "Orion"

Enfim, vale demais ir conferir e quem tiver a oportunidade onde estiver passando vá, pois é algo único, claro que estou falando do show. Poderia ser um pouco melhor se a parte ficcional funcionasse e não ficasse nessa incógnita maluca que foi proposta e não resolvida, mas mesmo assim o visual dela compensa qualquer coisa. Como disse nunca fui fã da banda e gostava de uma ou duas músicas apenas, mas a performance mostrada é fora dos padrões normais e por isso recomendo com toda certeza para todos que gostem de um bom show, extremamente bem produzido. Fico por aqui hoje, mas amanhã estou de volta com mais um longa que apareceu pelo interior, então abraços e até logo pessoal.


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