R.E.D.2 - Aposentados e Ainda Mais Perigosos

8/04/2013 11:34:00 PM |

Antes de ver o primeiro filme em 2010 e claro conversar depois com meus amigos fãs de quadrinhos, nunca imaginaria que existissem histórias desse estilo nos quadrinhos e o mais engraçado é que a segunda parte que foi lançada agora nessa sexta "R.E.D.2", o diretor conseguiu transformar ele na edição num formato mais quadrinesco ainda. É bem bacana ver as mudanças de cidade pra cidade sendo jogado efeitos quase que da forma que veríamos numa HQ, além claro de muita ação dispendida de forma que vemos que Bruce Willis foi feito para esse papel não conseguindo enxergar outro ator fazendo ele. O único problema é que esqueceram um detalhe fortíssimo de toda trama de ação: o vilão precisa convencer, e hoje se me falassem que o filme correu sem mostrar um vilão que fizesse jus aos protagonistas explodirem e brigarem por tudo ao longo da trama.

A sinopse nos mostra que tudo o que Frank Moses queria era levar uma vida normal ao lado da namorada Sarah, mas seu sonho vira um pesadelo quando seu parceiro Marvin Boggs aparece com uma novidade: suas vidas estão em perigo. Frank não dá muito crédito para as palavras do amigo, mas logo se vê forçado a acreditar que algo está acontecendo quando acaba sendo levado para um interrogatório e quase é morto. Agora, ele tem certeza de que sua cabeça e a de seu melhor amigo estão a prêmio. A questão é descobrir porque e como evitar que isso aconteça, nem que para isso eles tenham que correr o mundo, reencontrar velhos parceiros, na figura de Victoria e enfrentar antigos inimigos, como o poderoso Han. A caçada está só começando.

A história ficou bem mais dinâmica nesse segundo longa, mesmo sendo escrita pelos mesmos roteiristas e assim chegamos na conclusão de que diretores que têm saído de séries e vindo para o cinema estão conseguindo mudar a forma que os longas de ação passam a ser mostrado, porém como disse no parágrafo inicial o único problema foi determinar um vilão muito fraco que acabou tendo um final besta, senão teríamos algo bem divertido e com uma alta quantidade de ação que poucos longas nos mostraram. Outro fato bacana é que não vemos os protagonistas como heróis e menos ainda como agentes, por serem velhinhos, mas toda a ação que conseguem proporcionar é pra deixar muito filme por aí no chinelo. Claro que temos as diversas cenas que Bruce Willis está acostumadíssimo em "Duro de Matar", onde nada é crível, mas isso acaba nos divertindo e fazendo com que gostemos do que é mostrado.

O elenco está bem coeso e agrada com suas performances, mostrando que um elenco principal mesmo grande pode ter tempo de tela igualado. Já falei muito do Bruce Willis, mas esse filme é praticamente uma extensão do "Duro de Matar" sendo que ele mantém bem a ação e sua interpretação característica que diverte bem. John Malkovich está bastante engraçado, mas está a cada dia parecendo estar mais cansado de atuar, fazendo sempre os mesmos trejeitos. Mary-Louise Parker consegue surpreender com u papel interessante, mas faz algumas caras e bocas desnecessárias em vários momentos. Helen Mirren poderia ter uma participação maior e nas cenas em que aparece agrada bastante com o que faz. Catherine Zeta-Jones tem seus momentos, mas é quase uma que aparece e some sem dizer nada o que é uma pena. Byung-Hun Lee faz o típico papel de agente ninja, tendo muita ação envolvida, mas nos momentos que precisa mostrar interpretação fica bem fraco. Agora embora o personagem não seja algo que impressione, o grande destaque está nas cenas de Anthony Hopkins que consegue fazer algo interessante mesmo fazendo um papel de velho, só poderia ser mais convincente no seu final.

O visual da trama que passa por diversos países consegue representar bem por onde passa e é altamente interessante como a ação é feita para que haja consistência com a cenografia local, o que acaba divertindo na medida. A fotografia foi bem privilegiada com lugares perfeitos para enquadrar a trama e contando com a iluminação natural por ser filmado em sua maioria em lugares abertos conseguiu dar planos incríveis para que a direção trabalhasse sem medo de errar, deixando o ritmo sem limites. O filme conta também com muitos tiros e explosões que soaram bem reais e agradam com a forma que foram feitos, claro que a pessoa dá 1 milhão de tiros e não acerta ninguém, mas fazer o que? Estamos diante de um filme de ação tradicional e isso faz parte.

O rock domina na trilha sonora, dando o gás que uma boa trama do gênero necessita e com isso não podia ter outra forma de que os 116 minutos passam mais rápido do que possamos pensar em ver, e com isso muitos erros que poderiam aparecer acabam encobridos.

Enfim, é um filme bacana pra quem curte esse gênero, agrada por manter bem a ideologia dos quadrinhos, mas poderia contar com um vilão e um motivo mais convincente para retornar os velhinhos à ativa, que fazem até de forma bacana tudo, mas soa falso. Porém tirando isso, o longa agrada por ter muita ação e divertir mais do que o primeiro. Fico por aqui hoje, mas nessa semana ainda irei conferir mais dois filmes bem atrasados que apareceram agora no interior. Abraços pessoal e até breve.


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