Wolverine Imortal

7/26/2013 02:19:00 AM |

Antes que venham perguntar o tradicional e falar Coelho, o filme não era em 3D, o que você achou, já vou avisando que dessa vez a pré-estreia por aqui foi no tradicional 2D e não senti a mínima falta dele, tanto que irei pensar duas vezes em rever pagando pelo 3D a não ser que alguém me convença muito do contrário. Pois bem, dito isso, quero também agradecer muito novamente o pessoal da Difusora FM 91,3Mhz por estar propiciando essas ótimas pré-estreias que Ribeirão Preto sempre necessitou disso e vocês estão trazendo só filmaços, então mais uma vez muito obrigado!! Agora vamos falar sobre o que todo mundo quer saber, qual é a desse "Wolverine Imortal", que se me perguntassem há uns 2 meses atrás o que estava esperando dele e há 4 horas atrás, responderia com a mesma e uníssona palavra "NADA", pois não havia curtido praticamente nada o primeiro filme solo do mutante e como muitos sabem adorei "X-Men - Primeira Classe", então ainda estava mais ansioso com o filme do ano que vem do que com esse. Porém minutos antes de sair para a pré-estreia bati o olho num comment do pessoal do site Cineplayers no Facebook dizendo que havia uma cena pós-crédito que ligaria todos os filmes dos mutantes com ele e principalmente com o que vem por aí no filme "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido", aí meus amigos, a curiosidade desse Coelho que vos falar ligou no turbo para ver o quanto antes a última cena. E claro que a Marvel não deixaria o filme ser um fiasco e por apenas no final uma cena mega-plus-master-foda, e dessa vez fizeram um ótimo trabalho consolidando o longa com um traço oriental exímio que todos os amantes de mangás e histórias orientais, além dos fãs da própria HQ do Wolverine com certeza irá sair com um sorriso muito grande da sala com tudo que verá, tornando o longa mais um acerto da Marvel que até poderia ser um pouquinho melhor se não abusasse tanto do poder que a ficção lhe permite, que até irei explicar um pouco mais pra baixo do texto, mas mesmo me incomodando isso, é um filmaço que vale muito a pena assistir.

Antes que me xinguem, peguei a sinopse do site do nosso parceiro AdoroCinema e ela contém diversos spoilers, então quem não quiser ler pule o próximo parágrafo inteiro e fique feliz vendo o filme sem saber de nada assim como fui.

A sinopse nos mostra que logo após matar Jean Grey para salvar a humanidade por ela não conseguir controlar os poderes da Fênix, Logan decidiu abandonar de vez a vida de herói e passou a viver na selva, como um ermitão. Deprimido, ele é encontrado em um bar pela jovem Yukio. Ela foi enviada a mando de seu pai adotivo, Yashida, que foi salvo por Logan em Nagasaki, no Japão, na época em que a bomba atômica foi detonada. Yashida deseja reencontrar Logan para fazer-lhe uma proposta: transferir seu fator de cura para ele, de forma que Logan possa, enfim, se tornar mortal e levar uma vida como uma pessoa qualquer. Ele recusa o convite, mas acaba infectado por Víbora, uma mutante especializada em biologia que é também imune a venenos de todo tipo. Fragilizado, Logan precisa encontrar meios para proteger Mariko, a neta de Yashida, que é alvo tanto de seu pai, Shingen quanto da Yakuza, a máfia japonesa.

Bem, se você leu ou não a sinopse, já irei falar o que mais me incomodou no filme que é a questão de que pessoas normais podem levar um tiro, pular de um prédio e sair andando de boa e logo em seguida tomam um soco e sofrem de dor, peraí cade o nexo nisso? Pois bem, dito isso sem colocar nenhum spoiler e depois que vocês assistirem, procurem discutir comigo nos comentários sem usar spoilers também sobre essas cenas. Mas usando o que muitos críticos adoram dizer, a liberdade poética, vamos ignorar esse fato e ver o que os roteiristas fizeram de bom, que foi unir a cultura oriental de uma maneira bem interessante sem precisar apelar para fatos explicativos, além de não fazer algo simplesmente jogado no tempo, pois o longa está completamente bem situado logo após "X-Men - O Confronto Final" e isso deixa o espectador que já acompanhou os longas anteriores bem situado, e quem não viu nenhum consegue também acompanhar tranquilamente sem se perder, pois usam diálogos bem estruturados que auxiliam à isso. O mais interessante de tudo é ver que eles não fizeram, nem fazem parte dos demais filmes e conseguiram linkar tudo perfeitamente para agradar bem. Outo fato excelente é a redenção de James Mangold em dirigir usando um tom predominantemente forte que poderia ser facilmente eliminado para conseguir uma classificação menor e não fez o que acabou estragando no seu longa anterior("Encontro Explosivo") e conhecendo o público que vai ao cinema, em muitas cenas teremos pessoas colocando as mãos em seus rostos para não ver certos planos, o que acabou tornando ele ainda melhor e que se tirasse os absurdos que disse acima seria algo 100% verossímil e agradaria mais ainda.

Das atuações nem preciso dizer muito, só o fato de não conseguirmos praticamente chamar Hugh Jackman pelo nome e sim ao velo na rua gritar Wolverine já diz muito, pois não existe outro ator que encaixe no papel, ele incorpora com uma veemência ímpar em todas as cenas que você praticamente acredita que exista realmente um homem que possui um exoesqueleto de adamantium que vive entre nós e é um super-herói, simples assim, e isso a cada filme que ele interpreta "ele mesmo" ou o Wolverine como o chamamos, ele melhora a interpretação do personagem aproximando mais ainda do que poderíamos acreditar, ou seja, perfeito. Tao Okamoto tem boas cenas, mas oscilou muito de apavorada para sublime em sua interpretação, e isso pode aparentar insegurança com o personagem, além de confundir o espectador que pode querer ficar esperando algo a mais para o personagem e ver somente o que é mostrado se decepcionando, mas no geral consegue agradar em sua estreia nas telonas e passar a história que foi lhe colocada. Rila Fukushima ainda estou certo que assim como Emília no "Sítio do Pica-Pau Amarelo" é uma boneca com vida pelo seu cabelo e rosto tradicionais dos mangás, não dou um mês para já termos cosplayers da personagem, suas cenas de ação agradam bem mais do que as cenas que têm muito diálogo, então bora colocar a japinha em muitos filmes de luta. Hal Yamanouchi está acostumado ao grande cinema italiano e é notável mesmo deitado em sua maca totalmente incrementada que seus olhos movimentam demais quase fazendo suas mãos mexerem pra todo lado, mas se contém e faz bem, em compensação Ken Yamamura fazendo o personagem jovem consegue transmitir bem o sentimento de dor e ao mesmo tempo o medo das tradições orientais, dois bons atores pra um só personagem. O uso de Famke Janssen no longa não poderia ser melhor, todos ficamos esperando que alguém nos dissesse como seria usado o personagem de Jean Grey no longa e seus momentos na trama estão perfeitos mesmo cheio do cliché tradicional de estourar a luz para mostrar que é sonho. Svetlana Khodchenkova consegue lidar bem a trama em que está envolvida e amarrar até a última cena o motivo pelo qual quer tanto o mutante, os momentos que usa da maquiagem agradam tanto quanto nos momentos que usa apenas do seu diálogo, mas alguns efeitos que faz poderiam ser melhores. Dos demais personagens, alguns até possuem bastante diálogos, mas é mais condizente enquadrar eles na história em si, do que seus diálogos tenham alguma importância maior para a trama, destacando um pouco mais pelo tradicionalismo oriental a última cena de Hiroyuki Sanada.

Um fator bem interessante pra trama é que mesmo tendo alguns pontos bem digitais, apegaram bastante a locações mais cotidianas e isso agradou por não necessitar incrementar tanto na cenografia. Claro que as cenas de velocidade maior, como as do trem e as finais e iniciais no laboratório, mostram um apego bem viajado no contexto futurista, mas a simplicidade tradicional oriental jogou o longa num patamar mais bonito de se ver. Agora um ponto que fica mais como recomendação pessoal, vá assistir numa sala com boa projeção, pois o filme possui quase 80% de suas cenas com chuva ou em ambientes escuros, e com isso mesmo dando para ver bem o contraste das cenas, em alguns cinemas pode ser que seja um problema que não irá satisfazer totalmente o aproveitamento do filme. E falo isso por ter me agrado demais o visual dark que deram pra trama e assim sendo merece ser bem vista. Dos efeitos digitais, alguns como disse na parte dos atores, achei um pouco fracos para um filme de mutantes e tudo mais, mas nas cenas que envolvem bastante ação utilizaram câmeras e planos bem bacanas para que tudo ficasse bem feito e interessante de se assistir como deve ser. Como também falei no início, não assisti o longa na tecnologia 3D ainda, e nem estou com vontade de ir ver pois não senti a mínima necessidade de ter alguma cena que pedisse o uso, então quem quiser ver normal, vá sem pestanejar.

Enfim, um ótimo filme que vale muito a pena ser visto no cinema, pois possui boas cenas de ação que em uma TV nem deve agradar tanto e, além disso, a cena pós-crédito só fez por instigar mais ainda nossa vontade de viajar no tempo e ir para 23/05//2014 para vermos o novo longa dos "X-Men". Recomendo ele com certeza, principalmente por não estar esperando nada dele e saído da sala bem agradado com o que vi, tirando esses pequenos detalhes que citei acima. Fico por aqui hoje mais uma vez agradecendo a Difusora FM pela oportunidade de assistir à mais uma pré-estreia exclusiva junto com os ouvintes da rádio, e me despeço tristemente, falando que só volto no outro final de semana já que as distribuidoras resolveram boicotar o interior novamente mandando apenas essa estreia para cá. Então abraços e até lá, claro que venho responder sempre quem comentar no blog, mas de posts novos só no próximo fim de semana.


6 comentários:

Kamylla Prado disse...

Como fã dos quadrinhos, achei o filme péssimo, ainda mais quando me lembro que o arco do Wolverine é tão legal, na minha opinião, apenas o pós-créditos que prestou, mas sou suspeita para falar.

Agora se olhar o filme, apenas como um filme, pode ser um bom entretenimento de final de semana, mas está longe de ser o um BOM filme.

Fernando Coelho disse...

Olá Kamylla, como não conheço nada do universo dos quadrinhos, afinal raramente li algumas, só sei partes que alguns amigos que são fãs me contam, e por isso sempre irei ver apenas como filme. Mas já estamos acostumados com isso, de que filmes raramente agradam os leitores dos quadrinhos, então tem de ver sempre como algo a parte. Abraços!

HENRI SATANGUNS disse...

acho que representar um personagem em filmes extamente como é nos quadrinhos seria algo um pouco frustante, pois vc ja saberia em partes o final com total exatidão. eu conheço nos quadrinhos e nos filmes, se for se pegar em detalhes, sim todos os marvels faltam em muito aos quadrinhos, mas se vc for pegar apenas pelo prazer de ver seu super heroi favorito tendo vida e fazendo td q vc quando criança achou q seria o maximo ver alguem fazer, ja vale o preço do ingresso, pois ao terminar o filme o mais gostoso é vc poder ir p casa e reler muitos HQ p comprar, e reviver cada ação novamente. o filme muito bom, assim como gostei de todos os outros e em geral dos Marvels tbem. no aguardo por Avangers2, capitao america2, thor2, que venha mais filmes do wolverine e ano que vem o novo do xmen ! assim quem sabe as crianças d hoje em dia ficam curiosas em querer saber atraves dos HQ como é na vdd

Fernando Coelho disse...

Olá Seven, falou tudo e mais um pouco que é onde mais eu concordo com o lance dos filmes, pois principalmente após "Vingadores" tive quase uma aula com um amigo meu explicando cada fato dos quadrinhos e isso que é bacana, a interatividade, quem quiser ver o original mesmo, como é cada fato depois que leia, e quem já leu, ao ver o filme irá reler partes para ver que realmente não era daquele jeito. Abraços!

@Ângelo Sancost disse...

Já vi esse filme mais de 3 vezes, hije mesmo acabei de ver em 3D. Em algumas cenas o 3D até funciona, mas boa parte não tem sensação 3D. Na questão dos tiros, saltos e socos achei normal. Até porque um soco bem aplicado pode ser mais fatal do que um tiro sem mira. No contesto geral é um excelente filme. E valeu mesmo a nota que você deu aí. Como sempre de parabéns na crítica.

Fernando Coelho disse...

Olá Marlon, o que acho engraçado desse filme é que não saiu em 3D nos cinemas e realmente até vejo boas cenas para usarem a tecnologia... vou ver se assisto qualquer dia em casa para ver os momentos que teve! Abraços!!

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