A Escolha Perfeita

12/28/2012 01:13:00 AM |

Filmes e séries musicais voltaram a tona quando "High School Musical" decolou e na sequência "Glee" também explodiu com o público jovem. Porém no cinema não vinham tendo bons filmes com essa temática e muitos acabavam nem empolgando com a história de fundo. Com "A Escolha Perfeita", temos um pano de fundo bem comum de filmes desse estilo, onde já vemos praticamente tudo que vai acontecer nos primeiros minutos e poderíamos sair da sala já sabendo exatamente o que comentar, porém a gama musical escolhida para ser interpretada pelo elenco é tão boa que a todo momento nos vemos balançando os pesinhos ou meio que dançando na própria cadeira do cinema que faz valer o ingresso para assistir ao filme.

O filme nos mostra que Beca é a garota que prefere se isolar do mundo a ter de escutar o que está saindo da boca de qualquer um. Ao entrar para a Barden University, ela descobre que não se encaixa em nenhuma "panelinha", mas, de alguma forma, entra para uma que ela jamais teria escolhido, cuja única coisa em comum entre suas integrantes é cantar bem. Quando Beca leva esse grupo para além de seu mundo de arranjos tradicionais e harmonias perfeitas para um de novas mixagens, elas vão parar nas competições de música entre universidades, o que poderá acabar sendo a coisa mais legal que fizeram na vida ou a mais insana.

Como disse o roteiro é 100% previsível, mas isso não atrapalha o andar do longa que faz algo bem feitinho e divertido, tirando algumas cenas forçadas, tipo as de vômito que acabam sendo desnecessárias e estão colocadas apenas para ter alguns momentos cômicos que julgaram ser necessários para dar gags engraçadas ao filme, sendo que na minha opinião já existiam outras cenas que divertiram bem mais que essas. O diretor estreante no cinema Jason Moore até faz uma linguagem bacana que empolgou o público presente na sala que fui assistir, mas poderia ter explorado mais o roteiro sem deixá-lo previsível logo no início ou então revolucionar com um final diferente, mas como é de praxe nunca acontece dessa forma, então ele faz seu dever de casa e inicia com algo que se pagou bem pela bilheteria americana que fez até agora de 64 milhões contra os 17 milhões que custou.

As atuações estão bacanas porém um pouco forçadas em alguns momentos, diria que o elenco principal faz o filme ficar interessante enquanto que o secundário fica devendo bem mais e quase atrapalha fazendo coisas completamente desnecessárias em quadro. Anna Kendrick vem mantendo suas boas atuações e breve deve estar fazendo algo que realmente mostre seu potencial, porém aqui embora tente fazer a câmera focar nela, sempre dá a deixa pra que outro coadjuvante lhe estrague sua cena. Rebel Wilson nas cenas finais mostra-se muito bem colocada, e em vários momentos dá umas pegadas interessantes nas gags, porém ainda não consigo vê-la como uma atriz com potencial, fazendo sempre papéis que explorem sou gordinha e me amo assim, ela já está moldando seu papel para todos os filmes que atuar, deixando todos já sabendo o que vai fazer em todos os filmes que estiver. Anna Camp é o tipo de atriz que sua imagem não condiz com o personagem em quase nenhum filme que aparece, ou ela atropela o personagem fazendo caras e bocas que ninguém entende o porquê ou você acaba perguntando porque colocariam alguém desse estilo? Skylar Astin fez várias homenagens aos filmes antigos e suas trilhas sonoras, mas não emplacou como par romântico, seus olhares até que soam bonitinhos para a protagonista, mas não convencem em momento algum. Os demais personagens não teriam motivos para ficar falando muito pois cada um até tem sua característica principal, mas não foram tão explorados no contexto de história para o filme. Porém como disse no início, nos números musicais, todos os atores detonam nas versões e danças, da melhor forma possível.

O filme não conta com muitos cenários que mostrem potencial para serem observados, mas no geral agradam com cores marcantes nos figurinos e nas luzes de palco(ou de rua) onde as danças/interpretações das músicas ocorrem. Nesse quesito, a fotografia domina por escolher como se estivéssemos em shows dos artistas, variando com imagens dos telões. Porém tirando isso e algumas cenas que se passam na bem montada rádio da faculdade, o restante não ilustra nenhum lugar comum que conheceríamos sem que nos falassem onde estão nas falas.

Como já disse a trilha sonora faz valer completamente o ingresso pago, pois temos músicas novas e antigas de primeira linha em versões bem interessantes que agradam na medida, ajudando com as danças num tom cômico bem bacana.

Enfim, é um filme bacana de se ver e escutar a trilha completa depois, que poderia ser bem pior, afinal com um roteiro fraco, não esperava nada dele, e me surpreendeu pelos números musicais e o tom cômico agradável tirando as cenas desnecessárias, recomendo assistir sim, mas talvez seja mais agradável de ver em casa, claro que não dublado que deve passar na TV, mas alugando assim que sair em DVD já fica bacana. É isso pessoal, fico por aqui hoje, mas como já estamos em plena sexta, hoje já tem estréia para ver, então até mais tarde.


2 comentários:

Anônimo disse...

vai ficar até que dia no cinema?

Fernando Coelho disse...

Olá.. Isso depende de cada cidade, não é um filme que veio com muitas cópias para o Brasil, então as poucas que tem estão rodando pelas cidades.

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