Marcados Para Morrer

11/12/2012 12:29:00 AM |

Imagine como seria a série da TV Bandeirantes “Policia 24 horas” com longa duração mas mostrando além das apreensões um pouco também da vida de alguns policiais. Imaginou? Não precisa, basta que você vá aos cinemas conferir “Marcados Para Morrer”, pois a premissa do longa é basicamente essa, mostrando a atuação de dois policiais que se metem com um grupo de traficantes barra pesada e mostram sua iteração como parceiros também fora da viatura.

A sinopse do filme é simples, pois mostra dois policiais, Brian Taylor e Mike Zavala, que confiscam uma pequena quantia em dinheiro e algumas armas de um cartel de drogas, o que os coloca na mira dos criminosos.

O trailer me atraiu, pelas câmeras na mão aparentar que o filme fosse algo mais puxado para o videogame, mas logo no inicio já descobrimos ser algo mais puxado para um reality show com policiais mostrando sua vida no trabalho e fora dele. E não acredito que isso possa interessar para muitas pessoas, pois o longa mesmo acaba ficando mais com cara de filme nos minutos finais. A direção pelo menos soube dosar bem de forma inteligente o uso das câmeras, não ficando tão falso as imagens, parecendo ser sempre as câmeras dos policiais e dos bandidos que estão sendo usadas para filmar na maioria das cenas, e isso sim é um ponto positivo para o longa, pois geralmente esses filmes que usam de base o famoso “Bruxa de Blair” e sua câmera na mão, não costumam funcionar da mesma forma, não que não existam bastante furos de câmeras em ângulos errados do que estariam nas mãos ou peitos dos protagonistas, mas isso na maioria do tempo passa despercebido, diferente de outros filmes.

Os dois atores principais Jake Gyllenhaal e Michael Peña até convencem bem como policiais, e seus atos fazem por merecer os seus respectivos papéis. É interessante ver que Gyllenhaal ultimamente tem feito bastante personagens militares, o que pode se tornar um nicho e logo mais estarmos sempre relacionando ele à esses papéis, mas Peña aparentemente é daqueles que poderia ser discriminado por seus papéis sempre latinos, quase nunca fazendo algo diferente. No geral, agradam e convencem com suas atuações, mas como o filme não é algo brilhante como função de cinema, acredito que foram desperdícios demais por tudo que fizeram. Os demais atores coadjuvantes também convencem como policiais, porém a gangue estar filmando seus atos ficou meio falso de convencer, e os atores nem se esforçam para se mostrarem maus, apenas atirando a esmo e fazendo caras mau encaradas. Outro ponto que se pecou um pouco foi nos diálogos, pois não temos preocupação alguma com o que é dito, ficando em alguns momentos até bobo demais a conversa dos protagonistas, ou dos antagonistas, mas como o longa quis parecer mais com uma realidade, e como nunca saí numa viatura ou com gangues, pode ser que seja assim que conversem.

No quesito visual, o longa preza por bons elementos cênicos, mostrando até coisas demais, como cadáveres e pessoas desfiguradas, de forma que nem alguns filmes de terror mostrariam, e isso é bom para tentar convencer o espectador de que está vendo uma ficção e não um reality show. Como disse o longa preza bem pela câmera na mão então a fotografia vista é o que aparece na frente dos protagonistas, não tendo importância nem preocupação quase nenhuma com luzes ou qualquer efeito digital.

Enfim, o longa pode até ser válido para policiais e pessoas que curtem o programa “Policia 24 horas”, mas para os espectadores comuns de cinema, em sua maioria pode achar de uma chatice completa. No geral o filme é razoável, pois existem momentos de perseguição bem interessantes, principalmente no fim do filme. Mas na minha opinião, a cena final é completamente desnecessária. Fico por aqui hoje, com esses filmes que consegui ver em outra cidade que não a minha, mas essa semana ainda temos muitos filmes por aqui, então até breve pessoal.


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