Paranorman em 3D

9/07/2012 08:15:00 PM |

Desde que a computação gráfica entrou de vez nas animações, nem os tão famosos stop-motions que seguiam uma linha bem tradicionalista sobreviveram sem que um 3D seja colocado, ou que os fundos tivessem imensos efeitos digitais. Com essa linha "Paranorman" que entrou em cartaz em poucas salas chega para divertir, sim o terror zumbi animado é um filme onde mais se ri do que fica com medo dos monstros, e mostra que a produtora responsável por excelentes comerciais envolvendo humanos e animações, também sabe fazer bons filmes, mesmo que para isso precise colocar diversos clichés para agradar.

O filme nos mostra que Norman é um menino que fala com os mortos. Para salvar sua cidade de uma maldição secular, ele terá de lidar com zumbis, bruxas, fantasmas e, pior, adultos idiotas. Porém, em sua missão, o jovem aniquilador de feitiços poderá ter suas habilidades paranormais levadas além de seus limites.

A sinopse pode parecer um filme complicado, mas é bem simples de ser assistido, pois tudo que ocorre faz por divertir, até mesmo nas partes mais sérias o longa puxa pro lado cômico da coisa. A modelagem dos bonecos que são diria 60-70% feitos em stop-motion está bem interessante e agrada no geral. Os efeitos do filme também foram bem feitos e fazem o longa parecer menos desenho em alguns momentos. A direção só poderia ter economizado um pouco nos clichés tradicionais de filmes de zumbi que agradaria um pouco mais, mas não chega a incomodar.

Os personagens em si são bem carismáticos e nos fazem torcer por eles e se familiarizar muitas vezes. Acredito que o filme sem ser dublado deva ser até mais interessante e menos cômico que a versão brasileira, mas como animações raramente vêm com cópias legendadas, assistimos assim mesmo. Norman é um personagem que ao mesmo tempo que gostamos dele com o andar da história, no começo ficamos um pouco bravos com as besteiras que fazem dele um tradicional garoto largado pela sociedade, aqueles que temos mais pena do que dó mesmo, mas depois acaba virando um personagem cativante. O gordinho Neil é o responsável pelas boas risadas junto com seu irmão, pois fazem as maiores besteiras do filme. A irmã de Norman, Courtney, também junto de Alvin faz boas cenas e formam o grupo completo da história, que desenrola bem sem precisar apelar. Os demais personagens fazem seus papéis, mas nem acabam sendo necessários para o desenrolar em si.

Como o filme mistura computação com stop-motion, não dá para diferenciar muito se o cenário em si foi modelado para os bonecos ou apenas desenhado no computador, mas agrada bastante visualmente para a proposta que foi colocado no filme. O único porém do longa que mais uma vez fico sem entender é o motivo de ter sido colocado em 3D, pois nem a profundidade em si está bem colocada, mas o principal acredito ter sido transformar o filme em menos animação e mais percepção humana, se for isso para os olhos críticos até vai agradar, mas para aqueles que forem procurar algo saltando da tela ou longos cenários que se vê cada detalhe, podem esquecer.

Enfim, é um filme interessante, agrada pelo visual e por ter bons personagens, mas esperava um pouco mais, afinal adoro filmes feitos utilizando a tecnologia antiga stop-motion, mas dessa vez a computação dominou um pouco mais. Valeria mais o ingresso caso fosse 2D, mas pelo menos diverte bastante, mais os pais que curtem esse lance de zumbis que as crianças presentes na sala, pois vi os pais racharem de rir, enquanto as crianças apenas assistiam, então pode ser que seja um filme apenas com a desculpa de levar o filho e se divertir mais que ele. Bem é isso, fico por aqui hoje, mas essa semana ainda temos mais estréias, abraços e até breve pessoal.


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