A Era do Gelo 4 em 3D

6/30/2012 08:03:00 PM |

É engraçado como um filme ou animação é concebido! O roteirista ou diretor tem a idéia e faz um filme tão bom que vai crescendo o projeto e quando para pra ver já está na sua 4ª edição e com fôlego para ter muitos mais sempre agradando de uma forma leve as crianças com personagens sempre novos e divertidos, e claro colocando boas histórias de fundo para agradar os pais que vão ao cinema levar seus filhos. Com essa façanha na ponta da caneta, "A Era do Gelo 4" deve iniciar o primeiro final de semana de férias das crianças brasileiras entupindo os cofres da Fox com um filme que vale a pena ser visto e ficaremos aguardando o quinto para daqui 3 anos como vem sendo o período de concepção de cada um.

O filme mostra que a louca perseguição de Scrat sempre à caça de sua noz inquieta, perseguição à qual ele tem se dedicado desde os primórdios dos tempos, tem consequências que mudam o mundo e causam um cataclismo continental que leva Manny, Diego e Sid a viverem a maior aventura de todos os tempos. Nessa maré de mudanças, Sid acaba reencontrando sua Avó turrona, e o bando ainda tem de lidar com uma horda de piratas decididos a impedi-los de voltar para casa.

O mais bacana do novo roteiro, é sua condução explicativa para como foram formados os continentes, alguns monumentos mundiais e até como se dá o desaparecimento de Atlântida tudo de uma forma divertida e dando boas lições de moral para a garotada que assistir como todo boa animação para crianças deve ter. O visual trabalhado do filme não chega nem perto do terceiro filme, mas está bem caprichado também, acredito que por ter ficado mais em tons de azul voltando a origem de gelo e mar não salte tanto os olhos como foi visto nas diversas cores do anterior.

A dublagem está novamente bem bacana e sempre com boas piadas, algumas abrasileiradas como de costume, agradam em cheio. Os novos personagens têm um bom tempo de tela e dá até pra crer que fiquem guardados para os próximos filmes, diferentemente do personagem Buck do terceiro filme que apenas faz uma  pequena ponta no novo filme e some rapidamente. Claro que dos novos o mais bacana e divertido é a vó de Sid que consegue chamar bem a atenção pra si nos momentos que está na tela. Amora também está bonitinha agora crescida, mas acabou sumindo um pouco não ficando tanto com o foco para si, apenas servindo nos momentos em que são necessários colocar as lições de moral incluídas no filme.

No quesito 3D, esqueceram de ligar praticamente o filme todo, tendo uma ou outra profundidade, vindo a ficar realmente de forma que se veja a criançada querendo pegar os bichinhos somente na cena final onde os personagens estão dançando a música do filme, pois antes na minha opinião o filme pode ser visto em salas normais sem perder nem um pingo da graça que o filme tem e ainda por cima economizar um dinheiro.

A parte sonora, assim como todos os anteriores, é bem usada de forma agradável sem precisar estar presente em todos os momentos, e a música "We are Family" por Nicki Minaj, Drake, Jennifer Lopez, Queen Latifah e Keke Palmer, com toda certeza ficará na sua cabeça cantando um bom tempo depois de sair da sala de cinema.

Enfim, é uma boa animação para levar a criançada nessas férias e se divertir junto, ainda está longe de ser um filmaço como foi o primeiro, mas ainda diverte bastante e deve ainda render muitos outros pela frente. Recomendo como disse ver em 2D pois não faz tanta diferença. Ah, e tem um bom curtinha dos Simpsons antes do filme, que vale a pena. Fico por aqui hoje, mas essa semana ainda tem mais alguns por aqui, então abraços e até breve pessoal.


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E aí... Comeu?

6/23/2012 07:45:00 PM |

Quando vi o trailer de "E aí... Comeu?", já percebi que não iria ser algo bom, isso eu comprovei, mas ser totalmente ruim, seria falar mal à toa, pois até que ri em algumas cenas nesse filme que assim como todos os outros do Bruno Mazzeo caberiam muito mais como esquetes cômicas na TV do que como um longa propriamente dito, ainda mais o formato desse novo que se passa praticamente sempre numa mesa de bar e saindo para determinadas cenas fora.

O filme nos mostra que Fernando, Honório e Fonsinho são três amigos de infância que, diante da "nova mulher", tentam entender o papel do homem no mundo atual. Fernando é um arquiteto talentoso que acaba de ser deixado por Vitória. Ainda tentando entender os motivos da separação, conhece a linda adolescente Gabi, inteligente, bem resolvida e madura. Honório, jornalista, é o machão à moda antiga. Casado com a bela e independente Leila, ele suspeita que está sendo traído. Fonsinho é um escritor conquistador de mulheres. Solteiro convicto, nunca se casou e nunca conseguiu terminar um livro. Sua maior crítica é a garota de programa Alana, por quem ele acaba se apaixonando. Reunidos no Bar Harmonia, eles tentam resolver seus dilemas.

Como falei acima, o roteiro do longa, que é baseado em uma peça de teatro, caberia mais como uma esquete cômica na TV, algo do tipo semanal ou até mesmo uma micro-série, pois para o cinema acaba parecendo uma novela curta, faltando um começo, jogada num cinema qualquer. Não digo que não tenha me divertido com as piadas, mas muito longe de ser um filme com conteúdo para passar algo. A direção de Felipe Joffily evoluiu muito pouco do seu anterior "Muita Calma Nessa Hora" e continuamos vendo paisagens(cenas da cidade) mais do que diálogos para ficar passando de uma cena para outra no melhor estilo das novelas da Globo.

As atuações também são estilo novela, com os protagonistas sempre conversando em primeiro plano e alguns figurantes fazendo algo atrás fingindo estar conversando como nada tivesse acontecendo. Os protagonistas usam muito o palavreado de boteco, o que deve aproximar mais os espectadores que forem assistir. Em quesito de atores, Bruno Mazzeo e Marcos Palmeira até fazem bem seu papel, mas as cenas mais divertidas estão nas cenas em que Emílio Orciollo Neto atua e nas mulheres da trama, que mesmo tendo poucas falas, fazem bem a atuação.

Com uma cenografia, tirando o bar que está sempre presente em todos os momentos, até na improvável cena final, os demais lugares são reais do Rio de Janeiro quase que inteiro, mostrando várias cenários que já vimos em diversos filmes e novelas brasileiras, sempre tendo diversas transições para passadas de uma cena  para a outra. A fotografia também ficou no tradicional sem mostrar nenhuma coisa que quisessem destacar.

Com uma trilha tradicional de barzinho, o filme fica na toada não muito veloz sempre parando para uma passagem e outra, ficando com falas, cena, entra trilha, sem mudanças. E uma música tema que fica sempre começando ao fundo e voltando diversas vezes.

Enfim, não vou afirmar que vale a pena ser visto na TV daqui a algum tempo, pois tendo a Globo como apoio, com certeza irá impregnar. No cinema não recomendo ver, mesmo com a imposição de ocupar praticamente todas as salas dos cinemas da regiãomas deve dar uma boa renda pela propaganda feita. Como disse não é ruim, mas está muito longe de ser bom. Fico por aqui nessa semana de poucas estréias, voltando na próxima semana, então abraços e até sexta que vem.



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Sombras da Noite

6/23/2012 02:28:00 PM |

Utilizar humor negro num filme nem sempre pode render o que se espera, mas num filme da dupla Tim Burton e Johnny Depp sempre se espera demais. "Sombras da Noite" vem sendo malhado constantemente pelos críticos em geral, tanto que lá fora foi péssimo de bilheteria, mas para variar não contra a maioria, pois gostei muito do filme que faz uma boa referência aos anos 70 de uma forma irreverente mas sem precisar ficar enaltecendo ou deteriorando algo. Com personagens caricatos, o filme só não é melhor por ter alguns elementos desnecessários principalmente nas cenas finais, mas tirando isso é bem bacana de assistir e garante uma diversão sem precisar ser forçada.

O filme nos mostra que no ano de 1752, o casal Joshua e Naomi Collins e seu jovem filho Barnabas deixam Liverpool, na Inglaterra, para começar vida nova na América. Mas, mesmo com um oceano de distância, isso não foi suficiente para escapar de uma maldição que atormenta a família. Duas décadas depois, Barnabas Collins é um rico, poderoso e inveterado playboy, que reina absoluto na cidade de Collinsport, no Maine, até magoar o coração de Angelique Bouchard, uma bruxa que o transforma em vampiro e o enterra vivo. Dois séculos se passam e Barnabas é libertado de seu túmulo para encontrar seu patrimônio e remanescentes de sua família em ruínas.

O interessante do roteiro, que é baseado numa série dos anos 70, é a não necessidade(como disse no começo, tirando as cenas finais) de usar elementos ou gags forçadas para fazer o público rir, as cenas já contém o humor negro que veio do roteiro incrustado nos próprios personagens e nas suas falas, então diferente de um filme onde se precisa ficar fazendo piruetas e bizarrices para que o público ria, nesse caso todos saem da sala satisfeitos e felizes de não terem sido forçados a rir, além claro das provocações que faz usando elementos conhecidos da maioria, destacando a cena em que Barnabas acorda e vê o grande M. Muitos já devem ter lido que o filme pode parecer uma mistura de "Noiva Cadáver" com "Os Fantasmas se Divertem" também de Tim Burton, e até lembram em algum momento, mas na minha opinião como são dois bons filmes do diretor os elementos que ele usa de ambos filmes foram bem colocados, tanto que coloco esse novo filme como um bom retorno dele ao seus bons filmes.

As atuações agradam no geral, mas alguns personagens por serem secundários acabam nem se desenvolvendo para que pudessem dar mais ao filme, acredito que na série original que teve quase 600 capítulos todos tiveram algum motivo para o que fazem em cena no filme apenas. Mas analisando os atores todos que tiveram a oportunidade de demonstrar sua interpretação, a fizeram de forma interessante. Os destaques mesmo ficam para os principais, Johnny Depp e Eva Green que fazem de sua briga amorosa um verdadeiro inferno, destruindo o que tiver na frente. Não tendo tanto destaque mas parecendo uma vampira real, está Michelle Pfeiffer pois com seus aos 54 anos continua linda frente às câmeras.

A cenografia sombria é um ponto forte do filme, e deve ter dado um trabalho imenso da direção de arte, principalmente por precisar colocar elementos da década de 70 que foi uma época colorida sem quebrar o tom escuro sempre optado da fotografia dos filmes de Burton. Um único contraponto exageradamente usado e que já estava até me irritando é o mar batendo nas pedras a todo momento para dar ligação as cenas sem necessitar uma continuidade, na minha opinião esse elemento não funcionou como deveria, e sim acaba atrapalhando um pouco do filme.

Agora o ponto que mais acertou no filme foram as escolhas musicais da década de 70, pois pegaram as melhores músicas da época para incluir no longa, fazendo com que todos que tenham ouvido qualquer coisa boa desses anos se remeta ao ouvir cada música colocada. A inclusão de Alice Cooper cantando duas boas músicas suas dos anos 70 também caiu muito bem, mas a segunda fazendo a ligação com o personagem da garotinha com a letra original da música foi um arraso. Claro que não fica apenas em músicas cantadas, tendo também boas sonoplastias para acompanhar cada momento sombrio ou divertido do longa, destacando a cena de Barnabas no órgão.

Enfim, é um filme que vale muito a pena ser conferido, pois como disse diverte sem forçar, é garantido que não vai sair com dor no maxilar de gargalhar, mas saíra feliz com tudo que será mostrado. Por isso não vá ao cinema esperando uma comédia escrachada mas sim uma comédia inteligente com a pitada Burton-Depp vem mostrando há tempos. Fico por aqui, mas hoje ainda tem mais uma estréia da semana, então abraços até daqui a pouco.


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Albert Nobbs

6/19/2012 10:53:00 PM |

Quem é vivo sempre aparece, esse provérbio também pode ser usado com filmes que caem nas mãos de algumas distribuidoras no Brasil, e cá quase 4 meses depois do Oscar pude conferir claro no cinema e não de forma pirateada, a qual a maioria das distribuidoras anda preferindo, o filme "Albert Nobbs" e ver que Glenn Close só pode ser reconhecida pelo seu talento com sua atuação no filme, pois está irreconhecível na pele de Albert e com uma direção de arte impecável o filme consegue eximir exatamente o que está no poster: "O sonho de uma mulher no corpo de um homem", e fazem isso de forma bem singela que é o melhor de tudo.

O filme nos mostra que na Irlanda, do século XIX, Albert Nobbs trabalha como mordomo e esconde um segredo: é, na verdade, uma mulher. Durante 30 anos ela vestiu roupas masculinas e se fez passar por um homem, para poder se manter e concretizar o sonho de ser a dona de uma tabacaria.

É engraçado que ao mesmo tempo que o roteiro é simples e singelo, a forma de tratamento dada ao filme é bem elaborada e construída com minúcias dignas de um filme de época que é. É possível enxergar cada detalhe pensado no filme em cada plano do diretor colombiano Rodrigo García, e embora seja um filme linear o filme revela um final teoricamente inesperado, o que deixa ele mais interessante ainda.

Nas atuações, todos os personagens tem um tempo de tela interessante e todos fazem bem seus papéis, mas os destaques mesmo são para os personagens de Glenn Close que no começo, por saber que era ela enxergava o personagem mesmo como sendo uma mulher, mas mais para o fim do filme já acabamos considerando ela um homem nato bem educado de tal forma que não conseguimos mais vê-la como uma mulher. E também o personagem de Janet McTeer, outra que faz um personagem "masculino" que mostra sentimento em sua atuação de forma muito boa. Os demais como disse fazem bem, mas sem merecer destaque.

O estilo de filmes de época é algo abismante de se ver como conseguem retratar bem, principalmente no quesito direção de arte, é cada elemento colocado em cena, que você vendo consegue imaginar toda a época em que o filme se passa, apenas analisando os detalhes, e com isso o ganho no filme é imenso, pois tudo mostra a forma que era rígido as regras familiares sem precisar ficar explicando nada. A tonalidade da fotografia mais puxada para o amarelo está ficando comum já em filmes de época, mas mesmo sendo já um cliché consegue deixar um charme. Um ponto também que chama a atenção é a maquiagem usada por Glenn que se possível vale uma conferida na transformação dela em vídeos pelo Youtube.

Enfim, poderia falar muita coisa sobre o filme, mas estragaria pontos interessantes de virada contando os detalhes, por isso recomendo que assistam nas suas casas claro, pois no cinema nem deve passar mais já que o lançamento em DVD e blu-ray já foi feito e devem ter para locar na sua locadora mais próxima, ou caso esteja passando em algum Cinecult perto de você também vale a pena ver no cinema. É um filme que mostra mais que um drama particular de um personagem, mostra um rigor que era feito em alguns países, e hoje ainda mantém em alguns. É isso, fico por aqui, encerrando essa semana, mas na sexta já tem mais estréias, então abraços e até lá.



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Para Sempre

6/18/2012 12:15:00 AM |

Alguns romances literários são transportados para a tela do cinema de forma tão superficial que acabam nem agradando os leitores do livro que são baseados e nem os espectadores normais de filmes, mas “Para Sempre” consegue fazer uma linha de filme diferenciada que poderia ser enxergado apenas como um filme, pois a preocupação com elementos literários não foi empregada e com isso acabou agradando pelo menos as pessoas que estavam assistindo ele como filme na sala em que estive, porém deixo os comentários abertos para quem tenha lido o livro para incrementar se foi bem transpassado para a tela.

A história do filme em si é simples: Em um grave acidente de carro, Paige entra em coma. Após acordar, ela sofre graves problemas de memória e seu marido Leo terá de lutar para reconquistá-la.

Com uma história praticamente linear, tendo apenas alguns momentos de volta para mostrar como o casal se conheceu, mas teoricamente nem seria necessário e poderia ter caminhado de forma normal sem esse pedaço, o filme nos conduz de forma a ver que o cérebro é um órgão extremamente complexo, tanto que ainda não se consegue fazer com que pessoas que tenham perca de memória recuperem algo ou então estudar o complexo todo que ele possui, com esse enfoque o roteiro fica fiel em não fantasiar o espectador, o que bem poderia acontecer como já vimos em diversos filmes, mas caso fale muito mais entregaria o filme todo aqui no texto, então apenas analisando essa complexidade do cérebro, o filme se transparece como visto na sinopse e no trailer a partir da perca completa de um determinado período da vida de Paige com um acidente e a partir daí a história rola. O que é interessante destacar no roteiro e na direção é a forma de condução alinhada muitas vezes na opinião de Leo em vez de o foco ficar em Paige, como seria costumeiramente, e essa opção do diretor, ou do escritor(afinal não li o livro pra dizer de quem é), é bem inversa a maioria dos filmes que tentaria mostrar ela tentando lembrar de tudo para o bem maior.

No quesito atuação, Channing Tatum está com tudo em Hollywood, e deve impregnar as telas por um bom tempo, ando gostando do que vem demonstrando em tela, sendo um bom nome pra começar a se pensar em bons papéis para ser colocado, pois leva um bom público feminino para as salas e também tem uma boa expressão, aqui fez bem o papel de uma forma tranquila, sem precisar apelar da força de expressão, apenas parecendo uma pessoa comum. Rachel McAdams sempre foi uma atriz bem versátil, tanto no quesito interpretação quanto no quesito visual(somente nesse filme faz 3 cortes de cabelo diferentes) e nesse filme conseguiu transparecer bem o papel de não se lembrar de nada, fazendo uma bela interpretação, um destaque na cena que estão comendo chocolates, que provavelmente foi uma cena errada e ficou tão natural que foi colocada no filme. Os demais atores nem praticamente merecem destaque, pois todos são coadjuvantes com poucas falas, apenas para ligar alguma cena e sendo assim, qualquer ator poderia fazer sem aparecer nem chamar mais atenção que os próprios protagonistas.

A cenografia embora seja bem simples usando poucas locações, tem todo um charme com o uso da neve, como sempre falo cai bem para qualquer filme romântico, e a iluminação empregada faz sempre sombras agradáveis de se ver enaltecendo os elementos de cena necessários para cada momento. A fotografia fez bem em escolher um tom de cor mais claro, evitando que o filme se caísse para o lado mais dramático, deixando o filme leve e agradável, sempre optando por câmeras com movimentos sutis de travelings ou mesmo cenas calmas com a câmera parada.

Diferente do que vem acontecendo nos filmes românticos, esse longa não ficou tão preso à trilha sonora, preferindo utilizar-se do clima sonoro mesmo com alguns toques apenas para confrontar, mas nunca pesando para o lado dramático e sim sempre suavizando para tons baixos.

Enfim, é um filme gostoso de se assistir, nada muito para se falar que foi o melhor romance que já vi, mas muito longe de ser os milhões de filmes encomendados de livros que ultimamente vem aparecendo nas telas. Tem um final coerente, que mesmo com leves pitadas de açúcar não fica meloso suficiente para estragar. Eu diria que no geral agrada, e deve ser daqueles filmes que vão passar muitas vezes na TV, onde os namorados não precisam ficar preocupados de ir com suas namoradas, pois elas não irão lavar o cinema nem ficar se lamuriando então recomendo ver. É uma pena apenas que a Sony optou por poucas cópias no Brasil, era pra ser o grande nome na semana dos namorados, ou seja assim como eu consegui ver apenas em outra cidade, quem sabe apareça na sua também em breve, para que todos consigam assistir. Fico por aqui, mas essa semana ainda tem mais um para fechar. Abraços e até mais.


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Sete Dias Com Marilyn

6/10/2012 08:14:00 PM |

Alguns filmes quando achamos que não irão mais estrear em nossa cidade, aparecem repentinamente. "Sete Dias Com Marilyn" é um desses casos, pois o filme que teve Michelle Williams concorrendo pelo Oscar, só pude conferir agora nos cinemas e confirmar que ela realmente mereceu a indicação, não tendo como negar sua excelente interpretação. Quanto do filme, nem poderia considerar ele como um drama como as páginas dos cinemas estão colocando junto da sinopse, pois é tão adocicado a forma de condução do longa que o drama de arrasar o coração do pobre terceiro assistente de direção e seu problema de alto ego é quase insignificante.

O filme mostra que a musa Marilyn Monroe está em Londres pela primeira vez para filmar "O Príncipe Encantado". Colin Clark, o jovem assistente do prestigiado cineasta e ator Laurence Olivier, sonha apenas em se tornar um diretor de cinema, mas logo viverá um romance com a mulher mais sexy do mundo. O que começa como uma aventura amorosa mudará a vida do ainda inocente Colin e revelará uma das várias facetas de um dos maiores mitos do século XX.

O roteiro em si não tem nada de muito especial, pois foi baseado no próprio livro de Colin Clark que relata os dias que passou com Marilyn, se são verdadeiros não temos como comprovar, mas agradam na doçura que conta dos fatos, algo que poderia ter sido pior por ter sido sua primeira decepção amorosa não correspondida. Nele temos Marilyn como, ele mesmo diz em uma parte do filme, uma deusa para ser admirada  e a impressão que o diretor quis passar no filme também é bem essa.

Filmes britânicos em sua maioria são exemplos de boas atuações e com este não seria diferente. Temos Michelle Williams impecável e com uma construção de personagem que aliada a maquiagem e figurino haverá pessoas que falem que a própria Marilyn atuou no filme. Kenneth Branagh tem um acento na voz que em sua atuação chega a beirar todo o nervosismo que passa para o personagem de Michelle, chega a ser daqueles diretores que todos no set têm medo de trabalhar, mas no final acerta tudo. Eddie Redmayne não sei se foi escolha de alguém, mas é um ator feio demais para o personagem, não sei se Marilyn ficaria com alguém do tipo dele, pode ser que se pareça com o protagonista real e convença com isso, mas em quesitos de atuação, o ator manda bem e isso que importa. Judi Dench é perfeita, como essa senhora tem tão poucos filmes prontos em sua carreira, merecia estar em tudo, mesmo aparecendo poucas vezes, quando vem mostra sua beleza e doçura nas falas. Emma Watson só irei citar por ser um nome forte de outro filme, mas suas 4 aparições nem mereciam algum destaque. Os demais personagens todos são coadjuvantes e aparecem poucas vezes para destacar algo.

As locações do filme são bonitas e bem caprichadas de elementos cênicos que agradam visualmente, os figurinos também são bem legais, mas a maquiagem rouba a cena principalmente pelo feitio em Michelle para caracterizar tão bem ela como Marilyn. A fotografia puxada um pouco pro amarelo agrada também sem cansar. A cena no lago poderia ser até mais extensa pela beleza dela.

Enfim, é um filme agradável e leve, que o diretor estreante em longas Simon Curtis poderia ter optado mais pelo romance ou pelo drama e não ter ficado tão em cima do muro, não que tenha estragado, mas poderia ser mais palpável se seguisse uma linhagem. Vale a pena ser conferido assim que sair nas locadoras, pois as poucas cópias que a Imagem Filmes pôs no mercado com certeza ou já passou na sua cidade ou deve passar bem rapidamente ainda. É isso, fico por aqui, mas temos mais um atrasado nessa semana ainda, então abraços e até mais pessoal.


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Prometheus em 3D

6/08/2012 02:17:00 AM |

Filmes de sci-fi podem ser ao mesmo tempo uma bomba e agradar por demais. Não classificaria "Prometheus" nessas duas formas, pois o filme em si não é uma bomba, usa de artifícios técnicos muito bem elaborados e tem visualmente alguns dos elementos mais impressionantes dos últimos anos considerando esse como o ponto forte, porém usando de uma piada infame, o filme prometeu tanto que cumpriu muito pouco do que era esperado, mesmo eu gostando do que vi no cinema.

O filme mostra uma equipe de exploradores que descobre uma pista para a origem da humanidade na Terra, levando-os a uma jornada para os cantos mais escuros do universo. Lá, eles têm de lutar uma batalha terrível para salvar o futuro da raça humana.

Com uma sinopse simples, a complexidade do filme vai além no roteiro, e mistura arqueologia com misticismo puxado para o sci-fi, e com essa miscigênia de elementos, o diretor Ridley Scott brinca com o orçamento monstruoso que teve em mãos, utilizando de toda a tecnologia possível para criar efeitos e uma imagem tão perfeccionista que impressiona mesmo usando os óculos 3D sem perder quase nada da imagem original. Porém na minha opinião faltou um pouco de foco no que o diretor queria passar com o filme, e não sair atirando para todos os lados sem chegar à conclusão praticamente nenhuma, só a da "origem" do Alien do filme.

Falar de atuações, num filme onde o elenco conta com Michael Fassbender, Charlize Theron, Noomi Rapace e Guy Pearce entre outros, é quase que falar deixe com eles que resolvem o filme sozinho. Michael Fassbender faz um andróide tão frio que chega a dar raiva, mas se esse é o objetivo dele então ele consegue com isso roubar as cenas onde aparece para seu personagem. Noomi Rapace é praticamente uma atriz camaleoa, que em cada filme se veste do personagem e fica praticamente irreconhecível mas sempre de forma genial na tela, seu personagem embora tenha um furo meio estranho de logo após uma cirurgia estar pulando feito um macaco, é bem interessante de se ver. Charlize Theron embora tenha poucas aparições, quando vem em primeiro plano de cena faz de forma bem forte e impactante que estamos acostumados a ver. Guy Pearce está completamente diferente pela maquiagem usada, mas ainda mostra ser um bom ator de frases de impacto como sempre ditas fortemente. Os demais personagens possuem poucas falas e nem tem tanta importância a citação, mesmo o personagem de Logan Marshall-Green é um personagem que sempre está em segundo plano mesmo tendo um início que pareceria ter algo mais.

Como disse no início, o filme é um banho de elementos visuais, tem tanta coisa presente na tela que enchem os olhos para todo o lado que se olhe, isso sim na minha opinião é usar bem o orçamento grandioso que alguns diretores colocam suas mãos, tudo aparentemente é tocável, real e inacreditavelmente existente num filme de ficção científica, faz parecer que foram realmente para aquele planeta filmar dentro da nave Prometheus que também fora construída especialmente não apenas para o filme, mas existisse mesmo. E com todo esse trabalho de arte feito por Alex Cameron e sua equipe("X-Men: Primeira Classe", "Robin Wood", "Anjos e Demônios"), o diretor de fotografia Darius Wolski(toda a série "Piratas do Caribe", "Alice no País das Maravilhas") só teve o trabalho de ir e captar a melhor luz num cenário escuro e transmitir planos de forma perfeita para a tela, mais nada.

Outro ponto impactante, e que ajuda a conduzir toda a tensão do filme é a trilha perfeita de Marc Streitenfeld, que fez a trilha de outro filme tenso ultimamente chamado "A Perseguição", além de "Robin Wood" do próprio Ridley, e podemos falar que é uma boa trilha para brigar por prêmios, pois ela faz mais do que o filme pede segurando o espectador preso na cadeira com momentos de altos fascinantes e momentos de apenas sons sequenciados intrigantes.

No quesito 3D, tirando uma ou outra cena que temos algum efeito digital com uma boa profundidade e algumas cenas que ambientam bem todo o tamanho do cenário, não é um filme que obrigue ser visto com a tecnologia, muito pelo contrário se tiver passando em 2D na sua cidade dá pra economizar sem perder nada, apenas afinco que é um filme que deva ser visto no cinema pois tem um visual magnífico para se ver com perdas em casa num DVD(original daqui uns tempos ou pirata que muitos fazem por aí), quem sabe num blu-ray quando sair.

Enfim, gostei bastante do que vi, mas não é algo impressionante, vale a pena ser visto no cinema para poder imaginar um planeta de forma visceral que nunca havia sido passado em questões de texturas (tirando claro "Avatar" e suas criatividades, que são um caso a parte) e pelo suspense que consegue prender o espectador, mas a chance de frustração é iminente ao sair da sala sem ter sido conduzido a algo que diríamos um roteiro mais conciso, ou seja falando em miúdos, é muita coisa que poderia ser aprofundada pra pouca origem do Alien. Fico por aqui hoje, mas essa semana apenas começou com esse filme, teremos alguns atrasados que surgem finalmente por aqui, então abraços e até mais pessoal.


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Solteiros com Filhos

6/05/2012 11:38:00 PM |

Alguns formatos de filme podem parecer estranhos e agradar principalmente por ter um final diferenciado do que imaginaríamos ter. Com o alongar de "Solteiros com Filhos", estava esperando algo que fosse me impressionar de forma a ser uma comédia romântica diferenciada, mas não foi bem isso que a diretora e atriz principal do filme entregou ao final, ao encerrar de forma tradicional um filme que vinha diferenciado e interessante desde o início. Não chega a destruir tudo o que foi condicionado, mas esperava um final impactante.

A trama segue o casal Julie Keller e Jason Fryman, que observam como seus amigos se estressam com seus filhos. Então, o casal decide ter uma criança, mas mantêm um relacionamento aberto. Até que Fryman começa a sair com Mary Jane, uma bela mulher, o que provoca ciúmes em Julie.

A história em si pode parecer um pouco cliché e não tão engraçada, mas a comicidade entra no filme justamente por criar situações comuns de discussão em relacionamentos que fazem rir. Nunca me deparei com uma situação de algum amigo querer ter filho independente de casar, etc., mas parece que nos EUA isso está virando comum, devido a quantidade de filmes que vêm saindo com a temática de sexo entre amigos para fins comuns, mas sei lá está cansando já, embora esse tenha como disse uma condução diferenciada da história, porém com um final tradicional.

Nas atuações, não temos nenhum personagem que salte o foco para si. O casal de protagonistas, até  tenta se sobressair algumas vezes, fazendo boas interpretações, mas Jessica Westfeldt e Adam Scott(mais comuns de serem vistos em séries),  mas não são cativantes o necessário para que o público se envolva com a situação pela qual eles passam. Maya Rudolph faz o personagem mais divertido da trama e agrada na medida, mas não é nenhuma obra prima também não. Megan Fox, faz o que sempre faz, parecer mais gostosa do que é e falar pouco, então se seu medo de ver o filme seja o nome dela no cartaz, não se preocupe com isso. Os demais personagens apenas são encaixados como gags, tendo uma ou duas falas para aparecer e dar seu recado.

A fotografia assim como o poster, tem um tom amarelado que não entendi o motivo, pois o longa se passa na atualidade, então apenas ficou saturado demais para uma comédia, o que não é comum. Quanto de elementos de cena, pelo filme se passar praticamente todo dentro de casas, os elementos são bem básicos e nada faz para chamar atenção à algum detalhe.

No geral, nem tenho muito para comentar, pois é um filme que qualquer coisa que se contar já estraga tudo, pelo menos as coisas boas, do filme e já falei até demais contando que temos um final cliché. Eu diria que o longa é apenas intrigante pelo fato de se pensar na situação que ocorre lá, e poderia normalmente ocorrer na vida de qualquer um, mas no meu ver não acabaria da forma que acaba. Fica a recomendação apenas para ter a idéia do fato.  É isso, fico por aqui hoje, mas essa semana ainda temos mais posts. Abraços e até mais.


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Madagascar 3 em 3D

6/04/2012 12:32:00 AM |

Que as animações ultimamente já deixaram de agradar exclusivamente as crianças isso já sabíamos há muito tempo, mas embora tenha tentado agradar mais aos pais que levaram as crianças, o filme "Madagascar 3" ficou no meio do caminho ao tentar divertir as crianças com algumas animações bobinhas e piadas adultas, ou seja, o que se ouvia na pré-estréia eram crianças pedindo pra ir embora e pais se divertindo ao verem boas piadas e tentando acalmar os filhos pra ficarem na sala.

A história do filme mostra que Alex, Marty, Gloria e Melman estão decididos a voltar para o Zoológico do Central Park, em Nova York. Ao deixarem a África, eles vão parar na Europa em uma caça aos pinguins e chimpanzés que quebraram a banca de um cassino de Monte Carlo. Logo, os animais são descobertos pela obstinada agente de controle de animais Francesa, Capitã Chantel DuBois, que não gosta de animais de zoológico andando por sua cidade e está entusiasmada pela ideia de caçar seu primeiro leão. Os animais encontram o esconderijo ideal em um circo itinerante, onde bolam um plano para erguer o circo, descobrir alguns novos talentos e voltar pra Nova York a salvos.

Essa terceira etapa do filme ainda está longe da originalidade do primeiro filme que encantou o mundo em 2005, mas traz mais efeitos visuais para agradar todos que têm reclamado da falta do uso nos filmes tridimensionais, além de unir o visual e a magia do circo na história. O problema está apenas no uso bem adulto de piadas e histórias de moral, o que para a criançada, que geralmente é o público alvo de animações, ficou um pouco confuso e se notava isso com alguns perguntando pros pais o que é por exemplo Bolchevique, ou então nos choros de pedidos pra ir embora do filme. Mas para os pais que levarem os filhos no cinema, ou para aqueles que apenas curtem, é certeza de diversão embora seja um filme de história bem curta e rápida.

Como disse, por ser um filme rápido não dá quase para notar muita coisa, tirando o visual psicodélico do circo criado para a história, com luzes e efeitos 3D saindo para a tela a todo momento e personagens diferentes, cada um com sua característica. O que mais gostei na verdade dos personagens novos é o personagem da Ursa Sonya, pois mesmo sendo um personagem sem falas, tem uma boa expressividade na tela.

Em questões visuais, o longa trabalha bem com a psicodelia de cores misturando vários efeitos fluorescentes  que podem incomodar um pouco mas como show preparado de um circo diferenciado na hora que entra a trilha Fireworks da Katy Perry tudo fica lindo e vira uma festa maravilhosa, uma pena não ficar mais tempo nisso e ser tão rápido. No geral é bem bonito o que se vê na tela.

Enfim, acredito ser o desfecho da série, é bem feito, mas leve suas crianças já preparados para alguns quererem sair da sala, então vá preparado. porém como disse para os adultos, muitos irão rir das piadas e gostar mais do que os baixinhos. É um bom filme, mas queria mais pra poder terminar feliz, ou será que vira um 4°??? Fico por aqui hoje, mas essa semana ainda tem mais. Abraços e até logo pessoal.


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Opera On Ice

6/02/2012 06:12:00 PM |

Ainda existem coisas mágicas de se ver, a patinação no gelo é um grande exemplo disso. "Opera On Ice", une duas vertentes grandiosas, os cantores de ópera que nem dá pra saber de onde saem suas vozes eloquentes junto com os grandes campeões de patinação artística interpretando as canções deslizando no gelo em cima dos patins, e com essa união mesmo não sendo um espetáculo longo não tem como sair da sala do cinema sem ser com a expressão de felicidade no rosto.

A exibição que foi gravada em Outubro/2011 na Arena de Verona-Itália fez essa junção e ainda pôs a orquestra da casa tocando no melhor estilo para uma platéia grandiosa, e para ajudar, não é uma ópera apenas que fica tocando, são apresentações solo de trechos das mais variadas óperas, e assim com certeza a maioria que for assistir já ouviu pelo menos os trechos tocados, tais como Don Giovanni, Ainda, Carmen, Romeu e Julieta, Turandot, Tosca, La Traviata, Rigoletto, Nabucco, William Tell, L’Elisir d’Amore e Gianni Schicchi.

Os patinadores são perfeitos e fazem acrobacias que em hipótese alguma você falaria que uma pessoa conseguiria fazer aquilo, são giros contínuos, piruetas, saltos, além claro de danças tudo numa perfeição e sincronia impressionante. Não tem como não destacar todos: Carolina Kostner, Stephane Lambiel, Qing Pang & Jian Tong, Tatiana Totmianina & Maxim Marinin, Anna Cappellini & Luca Lanotte, Isabelle Delobel & Olivier Shoenfelder, Emanuel Sandhu e a equipe sincronizada Hot Shivers.

O cenário poderia ser um pouco mais incrementado, mas pela primeira vez na história, a Arena de Verona abriu suas portas para a patinação artística, e assim sendo já é um lugar de visual bonito, mas poderia ser mais, quem sabe na versão 2012 melhorem isso, a qual já está com vendas abertas para quem possa ir na Itália dia 22 de setembro desse ano

Nessa primeira edição do show, a meca da ópera mundial foi transformada em um enorme espaço de patinação no gelo com campeões mundiais, cantores do mais alto escalão e a orquestra e coral da Arena, com mais de 200 membros, e o que se viu dá vontade de levantar e aplaudir a cada exibição, mas me contive e apenas assisti mesmo.

Há muito tempo, queria ir assistir uma ópera no cinema para ver como é, mas os preços nunca coincidiam com o valor que eu estava disposto a pagar, dessa vez embora ainda caro, estava um pouco mais acessível. Mas saí com vontade de ver mais vezes e claro pedir quem sabe para o Faustão voltar com a Dança no Gelo.

Enfim, ainda terá mais 2 exibições essa semana na rede de cinemas Cinépolis e embora seja um pouco caro, R$40,00 inteira e R$ 20,00 a meia entrada, recomendo para quem possa ir assistir, pois os 90 minutos de espetáculo valem a pena o valor do ingresso, quem sabe se fosse mais barato lotaria e não teria apenas 15-20 pessoas que tinha na sala que eu fui. Bom, é isso, ainda essa semana tem mais filmes por aqui, então abraços e até mais pessoal.



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Branca de Neve e O Caçador

6/02/2012 01:56:00 AM |

Quando você não espera nada de um filme, a chance de sair satisfeito é maior. Acabei por comprovar mais uma vez essa teoria com o filme "Branca de Neve e O Caçador", pois com todo o acabamento estético que traz em sua concepção aliado a efeitos digitais bem colocados e uma produção impecável em quesitos técnicos, o longa agrada bastante e traz uma nova visão ao conto "infantil" que conhecíamos.

O filme mostra que a jovem Branca de Neve é a única pessoa na Terra mais bonita do que a Rainha Má, que está decidida a destrui-la. Porém, o que a malvada tirana nunca imaginou é que a jovem que ameaça seu reinado vem treinando a arte da guerra com o Caçador que foi enviado para matá-la.

Com uma produção bem mostrada, vemos cada centavo bem empregado no filme, o roteiro que chega mais próximo ao que foi escrito pelos Irmãos Grimm, é todo trabalhado e esmiuçado em detalhes que o diretor estreante em longas Rupert Sanders conseguiu colocar uma roupagem sombria mas ao mesmo tempo bem veloz que filmes de ação costumam tem, deixando o lado aventuresco apenas para a mística da história. Tanto que o filme parece mais com algo voltado para batalhas medievais do que para algo fantasioso. Mas se acham que isso estraga o filme? Muito pelo contrário, é de um agrado excelente de se ver na tela. O único problema é que algumas coisas acontecem tão preparadas que acabam fantasiando demais, e acabam soando falsas demais, vide a cena em que Branca de Neve foge do castelo e acontecem algumas coisas altamente absurdas.

As atuações estão interessantes, Kristen Steward está bem melhor nesse papel de Branca de Neve do que na sem sal Bela que já todos estão cansados de ver, ainda não é algo que possa lhe garantir alguma indicação à qualquer prêmio, mas já mostra que está tentando melhorar. Charlize Theron está perfeita, e consegue fazer uma bruxa daquelas que você fica ao mesmo tempo com dó e com raiva, mais um excelente papel em seu currículo, além claro de estar lindíssima. Chris Hemsworth faz bem o seu papel, mas está recentemente impregnado na mente do público como Thor, e ele tem cara de Thor e ficará sendo Thor por um bom tempo, então tudo que faz no filme remete ao seu personagem anterior. Sam Claflin é um personagem tão sem expressão que nem parece ser o príncipe de um conto de fadas, ou seja meio que alguém jogado num papel apenas. Dos anões, que finalmente foram colocados atores conhecidos reduzidos por computação gráfica ao invés de anões reais, o destaque mesmo está nos personagens Gus e Beith representados respectivamente por Tob Jones e Ian McShane. Os demais são meros coadjuvantes e possuem poucas falas para se relevar.

Como disse no início, a concepção gráfica é maravilhosa, e se vê cada detalhe que quiseram transparecer, seja detalhes sombrios como vistos na Floresta Negra quanto coisas brilhantes e de encher os olhos na Floresta dos Anões. Tudo está presente e bem visto, diferente de filmes que os elementos apenas estão jogados e o espectador tem de prestar atenção senão fica sem ver os detalhes mais ricos do filme. Falei desses dois exemplos, mas em todo momento do filme está presente a bela cenografia da equipe de arte. Os figurinos da super oscarizada e premiada Colleen Atwood estão perfeitos para o filme, tudo condiz com as cenas, muito bem feito e merecem serem lembrados em premiações, mesmo estando cedo demais pra falar disso. Com efeitos visuais e computacionais bem feitos, o longa impressiona na técnica e chama atenção para mixes de animais com pessoas. A fotografia está perfeitamente em sincronia com tudo utilizando de uma palheta de cores bem variada nas cenas mais densas é puxado para o cinza, mas nem por isso deixa de usar outras cores. Enfim um excelente trabalho técnico.

Com a brilhante trilha de James Newton Howard, responsável por diversos bons filmes, o longa tem um ritmo sonoro bem agradável e passa as horas sem roubar a cena, mas sempre tocando ao fundo algo que dê o tom para o filme. E além de boas trilhas o longa também conta com boas canções, inclusive na cena dos anões já temos uma premissa do que vem aí no final do ano com canções de anões em "O Hobbit".

Enfim, um filme que vale muito a pena ser assistido, poderia ser melhor em alguns pontos, mas nada que prejudique a boa diversão que uma aventura tem de causar nos espectadores. Recomendo para todos e deve agradar a maioria. Fico por aqui, mas essa semana teremos vários posts no blog para começar o mês bem, então abraços e até breve pessoal.


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