Área Q

5/28/2012 12:29:00 AM |

Desde que vi o trailer de "Área Q" nos cinemas, achei o filme intrigante, mas não me parecia ser algo bom. Porém como na minha opinião um dos melhores filmes brasileiros que já assisti continha atores estrangeiros e era falado em sua maioria em inglês, praqueles que não sabem adoro "Olhos Azuis", fiquei na expectativa da estréia por aqui, o que foi adiado por quase 3 meses para vir pro interior devido a pouca quantidade de cópias. E agora após assistir, não diria que é um filme excelente, mas tem uma história bem intrigante e um desenrolar bacana, pecando apenas por efeitos fracos e alguns pontos confusos, mas que se abstraídos podem até sair como um filme para se pensar bastante.

Thomas Mathews é um repórter conceituado no meio jornalístico. Com o desaparecimento de seu filho, a carreira e a vida pessoal entram em declínio. Contrariado, Thomas acaba aceitando fazer uma reportagem no Brasil para investigar contatos imediatos de primeiro, segundo e terceiro grau. Já no Ceará, nas cidades de Quixadá e Quixeramobim, numa região conhecida como “Área Q”, Thomas encontra João Batista, morador local com explicações sobre o que tem acontecido naquela região e, acima de tudo, sobre o filho desaparecido do jornalista. Thomas resiste em acreditar no que ele mesmo testemunha, mas, aos poucos, vai perdendo seu ceticismo diante de eventos evidentemente inexplicáveis.

Como disse, a história é bacana e intrigante. A galera mais cética com certeza vai detestar, ou melhor nem assistir, pois já verá com todas as pedras na mão. Mas analisando como filme de ficção sem entrar em detalhes sobre acreditar ou não em abduções extraterrestres, achei bem legal a forma como foi colocado, claro que aluns pontos do longa ficaram um pouco confusos e por ter poucos personagens, os sumiços e aparecimentos em quadro ficaram meio pecaminosos. Porém mesmo com esses defeitos gostei da opção de ter diferentes planos sem ficar preso a câmera na mesma posição sempre, o que se costuma muito ver nos filmes brasileiros.

No quesito atuação, Isaiah Washington faz bem seu papel, como jornalista cético, apesar de recair muito facilmente. Murilo Rosa, que teve 3 atos no filme, no primeiro não convence como peão de roça, ficou bem falso, no segundo como filho crescido do seu papel inicial ficou muito bobo nas suas falas, porém conseguiu sair razoável no seu terceiro ato já como abduzido declamando bons textos, embora aqui exista um dos problemas do filme que vinha todo sendo sempre que alguém falava com o personagem de Isaiah era falando em inglês e ele respondendo em inglês, afinal estavam se entendendo, e no segundo momento que aparece para Thomas ele fala seu longo texto em português e Thomas entendendo responde em inglês, ficou problemático. O personagem de Tania Kalil é misterioso, mas quando todos se convencem dela temos uma mudança completa de planos, o que é bacana para a história, mas confuso para o espectador. Os demais personagens são todos coadjuvantes de luxo com alguma fala, mas dentre esses posso destacar o guia e interprete de Thomas, Ricardo Conti que faz bem o que praticamente todos os guias de turismo fazem, mostrar tudo aos gringos e não traduzir algo que ache que não convém que tenha sido dito.

Um dos pontos bacana que a produção, juntamente com a equipe de figurino fez foram as mudanças de visual dos personagens para cada ano que se passa do filme, pois consegue discernir melhor para os espectadores que um tempo passou, e claro para não precisar(apesar de que o filme faz questão de focar o calendário) explicitar datas. A fotografia também aproveitou dos cenários escolhidos pela arte para valorizar a natureza árida do sertão do Brasil sempre pegando planos bem abertos o que ficou legal. Em termos técnicos mesmo o único problema que ainda tem de ser melhorado bem no Brasil é o quesito efeitos visuais que sempre pecam por usar os padrões AfterEffects que qualquer aluno de curso faria igual ou melhor.

Enfim, como disse é um filme intrigante que tem alguns pequenos defeitos, vale pelo conteúdo da história e pela tentativa de passar a velha lição ecológica para salvarmos o planeta, mas tirando isso é apenas um filme mediano. Fico por aqui, essa semana ainda tem um filme que fiquei devendo da semana passada, então abraços até breve pessoal.


Leia Mais

MIB3 - Homens de Preto 3 em 3D

5/26/2012 01:36:00 AM |

Ai se todos os filmes que tivessem falhado na sua continuação, voltasse para um terceiro e corrigisse todos os erros e nos fizessem felizes? Com essa frase já dá para perceber o quanto gostei de "MIB3 - Homens de Preto 3" e o quanto eu não sou fã de "Homens de Preto 2". O longo embora ainda não consiga ser tão divertido quanto o primeiro filme da série, consegue ter uma história bem redondinha de forma a agradar e fazer diversos links com o primeiro filme e amarrar pontas soltas de modo que fique bacana e na minha opinião poderia encerrar agora com um fechamento perfeito, pois se vier mais irá estragar.

O filme mostra que o terrível Boris, o Animal foi capturado no passado pelo agente K e na época perdeu o seu braço. Vivendo na prisão lunar de segurança máxima, o alienígena consegue bolar um plano de fuga para dar andamento ao seu objetivo de recuperar o membro de seu corpo e ainda acabar com K de uma vez por todas. Para isso, ele pretende viajar no tempo e mudar o rumo da história. Para evitar que ele triunfe em seu plano maligno, o agente J  também volta ao passado e lá encontrará os jovens agentes K e O, descobrindo segredos que mudarão sua vida e a amizade de ambos.

Só de ler a sinopse já dá pra notar a diferença em questões de história, e mostra que não é um filme apenas para ser uma continuação jogada, mas sim para dar conteúdo e amarrar pontas soltas que ficaram jogadas. E o filme consegue perfeitamente passar isso, pois comove(algumas cenas se o filme acabasse ali fariam muitos saírem deprimidos da sala de tão emotivas) e diverte sem precisar forçar a barra. E com isso os roteiristas acertaram a mão para entregar ao diretor uma história completamente aceitável de como tudo ocorreu e o diretor não errou em nada ao conduzir o filme de forma linear, mesmo voltando no tempo para encaixar a parte que se passa em 1969.

A atuação de Will Smith, que em uma entrevista já se diz velho, mostra que ainda sabe divertir com seu humor "um pouco preconceituoso", mas sem precisar forçar mostrando que seu forte está no expressionismo de seu rosto aliado aos trejeitos na sua fala. Tommy Lee Jones tem um papel pequeno dessa vez, mas ainda faz bem, seu substituto no passado Josh Brolin, consegue ser mais carismático e ao mesmo tempo sério, então coloca um novo K perfeito para a trama, com muito boa interpretação dada ao personagem. Jemaine Clement embora esteja completamente desfigurado pela maquiagem e pelos efeitos digitais, também faz bem seu papel como Boris e consegue impor ritmo a um personagem que não fossem os protagonistas igual foi nos demais filmes da série.

A equipe de arte merece ser destacada também, pois o retrato que faz do final dos anos 60, colocando cenografia, ets antigos e personagens caricatos da época como por exemplo Andy Warhol, ficou muito bom e agradou visualmente. A fotografia tentou dar uns planos onde o 3D pudesse ser melhor aproveitado e ficarem legais e consegue, pois consegue dinamizar o filme visualmente sem estragar a história.

Os efeitos visuais estão muito bem feitos e embora saibamos que é um filme praticamente todo feito na frente de enormes cenários verdes, o realismo é bem interessante. Porém falando apenas do 3D, não é algo que seja necessário assistir na tecnologia, uma ou duas cenas apenas ficaram bem interessantes pelas tomadas de ângulo que a equipe de fotografia optou, mas nada que você vá sair da sala falando nossa que 3D sensacional. Apenas regular.

Com trilhas divertidas, o longa tem ritmo e diverte na forma que é usada as músicas, sem claro colocar o tema clássico do filme, composto por Danny Elfman desde o início da série que é bem legal.

Enfim, é um filme bem divertido, que deve agradar a todos e espero que seja o fechamento da série, pois encerraria de forma bacana e sem agredir aos fãs do primeiro filme que com certeza serão fãs desse terceiro também. Recomendo ver no cinema pois como é cheio de efeitos visuais, na TV ficam artificiais demais. Encerro por aqui hoje, mas essa semana teremos mais alguns posts por aqui, então até breve pessoal.


Leia Mais

Plano de Fuga

5/18/2012 09:28:00 PM |

É engraçado como alguns filmes sofrem bullying dos cinemas, até terça-feira(quando recebo a programação da próxima semana dos cinemas), nem sabia da existência desse novo filme do Mel Gibson, "Plano de Fuga", e como gosto de fazer, nem pesquisei nada a respeito antes de ir assistir. Pois bem, hoje após assistir posso falar que é um filme muito bem feito, que me lembrou os velhos westerns porém tudo feito dentro de uma cadeia diferente no México. 

O filme mostra que fugindo da policia americana após assaltar um banco Driver é obrigado a cruzar a fronteira do México onde é capturado pela polícia local. Jogado numa prisão controlada por bandidos e policiais corruptos ele terá somente a ajuda de um garoto para sobreviver dentro da prisão e planejar sua fuga.

Com um roteiro dinâmico de Mel Gibson, o diretor argentino Adrian Grunberg estréia bem na direção do filme, usando bem todos os tipos de tomadas possíveis, e fazendo cenas de tiroteio em slow com uma perfeição bem interessante. Não podemos falar que é um filme sem erros, mas são tão mínimos que não atrapalham em nada o andamento da história. Tem também algumas cenas daquelas que você fala, impossível de acontecer, mas é uma ficção então espere de tudo.

A atuação de Mel Gibson mostra que não está velho para filmes de ação não, pois corre, atira e faz tudo como se estivesse no auge da sua carreira, como sempre uma boa interpretação de ser conferida na tela. O garoto Kevin Hernandez também faz bem seu papel, e em certos momentos nem parece uma criança, visto que estão dentro de um presídio e o garoto age como um presidiário de longa data. Todos os demais personagens têm poucas falas e não dá para analisar a interpretação individual, mas podemos dizer que fazem bem por não atrapalharem em nada o andamento e fazerem bem seus papéis quando necessitam aparecer.

Com uma fotografia bem árida puxada pro tom amarelado, o filme caminha de forma bem ágil mostrando a boa cenografia montada pela equipe de arte para retratar um presídio mexicano que como o próprio Mel Gibson diz em uma cena estava mais para o pior shopping center do mundo. Mas isso mostra o bom trabalho da equipe, pois tem de tudo espalhado por todos os cantos onde possa olhar, de forma que se fosse um daqueles jogos de achar objetos se gastaria um bom tempo procurando mas sabe-se que está ali.

A parte sonora, é bacana, mas não faz meu estilo músicas mexicanas, então fiquei um pouco incomodado com toda hora entrando algo cantado. Faz parte do contexto do filme, mas enjoa um pouco. Poderia ter ficado mais com a parte orquestral mesmo que fosse puxada pra sonoridade mexicana que acho que agradaria mais.

Enfim, é um filme bem bacana, que prende a atenção para ver como desenrola tudo e possui uma finalização bem divertida e que por sinal não esperava acontecer, claro que falo de uns minutos antes do fechamento real do filme, pois o fim é previsto rapidamente logo após algumas cenas iniciais. Recomendo o filme, pois faz tempo que precisávamos de um filme sujo, como era feito nas antigas e de forma bem amarrada roteiro/atuação/direção, e como disse lembrou bem os western. É isso, fico por aqui, essa semana de estréia mesmo não tem mais nada, porém terei um filme no Cinecult para falar, então até breve.


Leia Mais

Battleship: A Batalha dos Mares

5/16/2012 01:06:00 AM |

Quando ouvi falar que fariam um filme baseado no jogo Batalha Naval da Hasbro, confesso que fiquei horas pensando como transformar um jogo que consistia apenas em letras e números(B12, C5, D14, etc) num filme. De início e pelo trailer achava apenas que o nome e o jogo seria parte do marketing de um filme nada a ver, mas na segunda parte do filme incrivelmente conseguiram transportar o jogo para a tela usando letras e números, muito boa a sacada e achei bem interessante de se ver. O filme em si não é uma obra de arte, mas agrada e diverte na medida praqueles que gostam de explosões e guerras patriotistas americanas versus o mundo.

O filme é um épico de ação e aventura que se desenrola entre o mar, o ar e a terra, no momento em que o nosso planeta luta pela sobrevivência contra uma força alienígena. Durante um exercício de manobras militares, um navio americano acaba se deparando com um objeto anfíbio não identificado e se envolvendo numa luta interplanetária.

O roteiro em si não tem nada demais, é praticamente o mesmo que sempre vemos em filmes catástrofe, os aliens invadem o mundo (de preferência os EUA) e como todo bom patriota americano, os soldados americanos vão pra cima deles pra defender o mundo. A diferença aqui está no estilo de guerrilha naval, a qual  ouvíamos falar bem mais nos filmes de antigamente do que nos atuais e por conseguir adaptar, mesmo que colocando apenas numa sequência bem interessante, um jogo extremamente simples que foi o Batalha Naval. O interessante do diretor é que ele segue a mesma linha dos diretores de filme-catástrofe, fazendo o filme sem se preocupar em ter um roteiro de peso, importando-se apenas com a destruição de tudo de forma a ficar divertido e quanto mais explodir melhor, e com isso o filme fica divertido de ver de modo a não se preocupar com um roteiro ou história bem contada.

No quesito atuações, não espere nada demais, apenas atuações tradicionais de todos, fazendo algumas caras e bocas e pulando em cenas de explosões. Rihanna entra apenas para vender o filme para seus fãs, pois aparece até que bastante, mas não faz nada demais e acaba mostrando que ainda sabe mais cantar do que atuar, quem sabe mais pra frente melhore fazendo mais filmes e algumas aulas de atuação, mas ainda prefiro mais suas músicas do que suas performances. Tailor Kitsch está bem, mas como não é um filme de diálogos ainda prefiro sua atuação em "John Carter", não que esteja ruim, mas não é um filme onde as atuações tenham algum valor diferencial. Liam Neeson faz seu básico quando não é o protagonista do filme, e aparece bem nas poucas cenas que atua, mas já anda ficando cansativo seu nome em filmes daqui a pouco vira um Nicolas Cage. Como são diversos personagens pequenos no filme ficaria difícil falar de todos, mas nenhum teve um sobressalto grande que merecesse destaque.

O ponto forte do filme são os efeitos visuais e gráficos, pois esses sim são a chave de qualquer bom filme catástrofe, sem nenhuma pieguice, o diretor usa todo o orçamento que tem, e a grande quantidade de técnicos (vide os créditos finais que nem cabem numa tela única) para fazer o melhor e destruir todos os barcos e cidades que tiver pela frente. Ficou bem interessante de ver o trabalho feito, claro que em alguns momentos se percebe a computação gráfica e poderia ficar menos implícita, mas no geral agrada e caiu bem não terem optado pelo 3D, pois não necessitaria e acabaria sendo mais caro.

Outro ponto bem legal de curtir no filme são as trilhas sonoras compostas por Steve Jablonsky, o mesmo dos 3 filmes "Transformers", e aliado a outras músicas rock'n roll contando com AC/DC entre outros, o filme detona no melhor estilo, e com isso dá ritmo frenético ao filme como todo ação deve ter no cinema.

Enfim, como disse não é um filmaço, mas é um filme legal de ser conferido no cinema, pois acredito que em casa ele possa se tornar um pouco massante, devido a falta de toda a barulheira sonora que possui. Recomendo sim assistir, e embora não seja algo extremamente importante, aguardar todos os créditos, pois possui uma cena extra, que caso o filme de lucro seja um princípio para uma continuação. É isso, encerro essa semana cinematográfica, e fico na espera da próxima que pelo que andei vendo será bem curtinha. Fico por aqui mandando abraços e até mais para todos os leitores aqui do blog.


Leia Mais

O Corvo

5/12/2012 03:09:00 AM |

Problemas praticamente todos os filmes têm, mas um filme que vinha andando numa linha tênue entre bom e ruim, com boas cenas de tensão embalsamado numa fotografia interessante se destruir numa cena final e numa barulheira final de crédito foi penoso para "O Corvo". O filme em si é interessante por colocar o autor da história como personagem dela própria, mas esperava bem mais do filme, achando talvez até que fosse ver um "Sherlock Holmes", mas passou bem longe.

O filme é um relato ficcional dos últimos dias de vida de Edgar Allan Poe, nos quais o poeta está em busca de um serial killer, cujas mortes se espelham nas obras do escritor.

Ao ler a sinopse vão falar, nossa só isso, sim é preferível essa sinopse curta que a de alguns cinemas que está revelando o filme completo. E como toda boa história de suspense, o diretor faz um bom trabalho de ocultar o vilão somente o revelando nas últimas cenas do filme. Como história investigativa, o longa tem bons momentos de tensão, mas peca ao acelerar tudo em alguns momentos que deveriam ser mais calmos e pensantes. Analisando a direção podemos ver que James McTeigue tenta manter o mesmo padrão que usou em "V de Vingança", mas peca ao cometer alguns exageros que foram válidos no filme de ação que era aquele contra esse que seria mais cabível a forma de suspense mesmo. O filme tem bons diálogos extraídos das obras de Edgar Allan Poe, o que deixa a obra com mais densidade, porém se tirasse isso seria um filme bem ruim, principalmente por finalizar de forma errônea com uma cena bem incoerente.

No quesito atuação, John Cusack ficou interessante, mas comparado as imagens de Edgar Allan Poe no Google precisaria de uma caracterização um pouco melhor, pois o poeta era mais parecido com um estilo Chaplin e não a figura que vemos em tela, mas isso não importa tanto, como atuação Cusack faz o básico, e num filme desse estilo seria necessário bem mais. O destaque ficaria na minha opinião para Luke Evans que a cada personagem seu faz algo diferente, o que o caracteriza como um bom ator, e aqui como o investigador Fields se mostra com gás em boas cenas de ação ao tentar desvendar o mistério todo. Os demais personagens também estão bem interessantes e não pecam em exagero, mas ficar falando sobre cada um estaria revelando partes que devem ficar em silêncio para um bom suspense.

Com uma fotografia praticamente sempre iluminada por luzes de velas e com a névoa e a chuva sendo praticamente elementos obrigatórios em filmes de suspense, então a direção de fotografia acerta ao usar bem todos esses elementos de forma a criar um clima para o filme e com isso agradar no suspense, só não contavam com certos erros de mão do diretor na forma de conduzir o suspense para uma ação não necessária, mas analisando ela em separado apenas com os ótimos elementos cênicos colocados pela equipe de arte, com máquinas de tortura muito bem criadas e figurinos condizentes com a época, poderíamos dizer que foi algo muito bom de ser visto na tela.

A trilha sonora acerta no ponto de criar o clima tenso em diversos momentos, mas peca por acelerar o ritmo para que o filme tenha ideologia de ação, o que já disse e repito não é a opção da história. E a música escolhida para subir créditos, ou melhor colocar uma animação maluca, sem comentários, pois é ridícula.

Enfim, se tirar todos esses fatos errados, o longa seria excelente, mas como não temos como fazer isso, o filme ficou mediano. Talvez indo assistir ele sem nenhum propósito seja mais agradável e saia feliz, mas como fui esperando algo do nível de "Sherlock Holmes 2", sai bem decepcionado. Recomendo vê-lo somente se for com esse propósito de ver sem nenhuma pretensão e quem sabe se prender no suspense criado em algumas cenas, senão a chance de decepção é alta. Fico por aqui, desejando um bom Dia das Mães a todas as leitoras do blog que são mães, mas no domingo a noite estarei de volta. Abraços e até mais.


Leia Mais

Piratas Pirados em 3D

5/11/2012 07:21:00 PM |

Fazia tempo que se ouvia boatos de que a Aardman estava aprontando um novo filme de stop-motion (vulgarmente conhecido como animação de massinhas), e isso já vinha me empolgando na mesma velocidade. Porém acho que fui com sede demais ao pote de "Piratas Pirados", que é uma animação perfeita em quesitos gráficos que nem parecem ser modelados e feitos frame a frame, mas peca pela falta de humor que estava presente em seus trailers, fazendo com que as crianças até se divirtam um pouco no cinema, mas saíram com uma cara de frustração que não via há tempos também.

O pirata Capitão é um aventuresco, embora nem sempre bem-sucedido, terror dos Sete Mares. Seu sonho: derrotar Black Bellamy e Cutlass Liz e levar o troféu de Pirata do Ano. Para conseguir, Capitão vai com sua tripulação da exótica Ilha de Sangue às ruas da Londres vitoriana, batalhando contra a Rainha Vitória e com a preciosa ajuda do jovem Charles Darwin.

A história embora possa parecer bobinha, tem diversos elementos que com toda certeza não foram feitos para as crianças entenderem, e sim para os pais que vão levar a criançada para ver um desenho no cinema. Isso já está sendo uma tradição nas animações, mas o que a diferencia das demais com certeza é o fato de ser feito em stop-motion, pois conseguimos observar tão bem as massinhas que é de se inconformar de ter sido feito dessa forma trabalhosa. A história é bacana? Sim, mas faltou algo a mais que cativasse o público, fazendo com que você saia do cinema se perguntando o que foi assistido, diferentemente do genial trabalho deles em "A Fuga das Galinhas" que foi feito em stop-motion também e "Operação Presente", onde utilizaram mais a tecnologia gráfica do que as massinhas em si.

Os personagens são interessantes e claro o foco fica mais em cima do personagem principal que é o Capitão Pirata, onde mostra todas as suas expressões sejam cômicas, bravas ou até mesmo tristes, e isso é um ponto que poucas vezes vemos em animações. Um destaque está nas cenas que envolvem os diversos personagens piratas que são bem cômicos e suas chegadas triunfais, cada um com sua característica agrada bastante em visual. Mas sem dúvida um destaque bem interessante está no personagem do macaco humanizado por Darwin, que acredito que se tivesse uma participação maior no longa, com toda certeza o filme seria mais divertido, claro que por ter sido altamente trabalhado(todas as cenas que ele escreve algo, sai o texto na língua do país, ou seja as plaquinhas dele estão escritas em português por aqui) nem daria para ter tantas cenas dele ou no mínimo esse detalhe das placas seria retirado.

O longa conta também com boas canções, escolhidas para cada momento específico do filme, se preocupando muito com detalhes de músicas tristes para os momentos tristes e alegres para os momentos certos, nesse quesito o filme agrada bem também.

No quesito 3D, o filme fica a desejar um pouco, apesar de fazer com que as modelagens ficassem mais perceptíveis, não é visto uma profundidade que agrade nem elementos saindo da tela que fazem a criançada vibrar mais, nesse quesito se em sua cidade estiver passando em 2D, fica a recomendação para economizar.

Enfim, é um bom filme, muito bem feito, mas faltou o algo a mais que agrada tanto crianças quanto adultos que gostam de conferir animações no cinema. Espero que dê uma bilheteria razoável pra se pagar, pois espero ver mais filmes da Aardman, mas esse em si, pode ser que a galerinha menor não saia tão feliz do cinema. Fico por aqui, mas hoje ainda tem mais estréias por aqui. Então abraços e até mais pessoal.


Leia Mais

Anjos da Lei

5/07/2012 01:21:00 AM |

Simplesmente adoro quando uma comédia não nos faz forçar a rir, e sim rimos pela situação ser engraçada realmente. Com esse propósito na cabeça, não tinha como a comédia "Anjos da Lei" dar errado, pois tem gags muito bem inseridas de forma de forma a fazer o cinema inteiro rir e se surpreender com os absurdos que podem acontecer na trama. Apenas usando da situação de jovens policiais a se infiltrarem nas escolas como base do seriado do fim dos anos 80 que revelou Johnny Depp, o filme estrelado, escrito e produzido por Jonah Hill vem como uma boa proposta para agradar o público e gerar continuações dignas de seguir como uma nova série.

Na comédia de ação, Schmidt e Jenko estão mais do que prontos para deixar seus problemas adolescentes para trás. Junto a força policial e a unidade secreta da Jump Street, eles usam suas aparências jovens para se infiltrarem disfarçados em uma escola secundária local. À medida que eles trocam suas armas e distintivos por mochilas, Schmidt e Jenko arriscam suas vidas para investigar um cartel de drogas violento e perigoso. Mas eles descobrem que a escola não está nada igual a que eles deixaram alguns anos antes - e nem esperam que terão que enfrentar o terror e a ansiedade de ser um adolescente novamente e todas as questões que eles pensavam ter deixado para trás.

Com essa sinopse já dá para imaginar toda a confusão que será criada no filme, e a dupla de diretores consegue conduzir a história sem necessitar de apelos e usando efeitos pouco usados atualmente, mas que agradaram muito em "Zumbilândia" e em "Scott Pilgrim Contra o Mundo", que são os efeitos desenhados parando a cena para algum detalhe. A forma que foi colocado na história foi muito boa e diverte bastante. A atualidade do roteiro é tanta que vemos na tela tudo o que é cômico atualmente desde os eco-chatos até os adoradores de brega-music-adolescente e isso tudo está colocado no filme de modo a ironizar sem causar danos.

No quesito atuação, Jonah Hill vem crescendo a cada ano que passa e em breve creio que deva ser um dos nomes mais falados de Hollywood, seu papel no filme é hilário e claro que tendo sido escrito por ele próprio colocou elementos onde podia se sobressaltar. Channing Tatum não é dos meus atores que eu goste de ver na tela, acho ele um ator muito seco de expressões, mas nesse papel o personagem lhe caiu bem de tal forma que parece realmente ter sido escrito pra ele. Dos demais personagens a maioria tem falas apenas de ligação com os protagonistas e nem teriam porque destacar, mas não tem como não falar do papel de Ice Cube que faz um papel tão estereotipado que usa suas falas pra mostrar seus estereótipos e isso fica muito bacana na comédia, suas cenas são as melhores sem dúvida.

Como o filme envolve muitas locações, a produção penou bastante mas conseguiu mostrar bem e usar de tudo um pouco, mas as cenas onde brincam com os filmes de ação policial no trânsito onde todos fariam o trivial eles fazem diferente e são geniais. Bons efeitos digitais colocados como disse para dar um quebra e explicações bacanas dos efeitos da droga também são um show a parte do filme. A fotografia em vários momentos usando slow-motion poderia ser um pouco menos usada, mas não atrapalha. Bons figurinos para ilustrar as diferenças da escola no passado e atual também ficou bem interessante.

Enfim, é um filme bem divertido que vale a pena assistir e espero que gere continuações, pois pelo que vi rendeu bastante lá nos EUA e tem conteúdo divertido, o que é obrigatório em comédias. Outro ponto interessante do longa é que se você é um conhecedor nato de filmes de ação irá pegar diversas referências usadas e porque não dizer satirizadas ao decorrer do filme, vale ir tentando fazer as ligações e rir mais ainda com tudo que fazem. Recomendo ver com certeza. Bom é isso, encerro minha semana cinematográfica já hoje, mas na sexta tem mais por aqui. Abraços e até mais pessoal.


Leia Mais

Um Homem de Sorte

5/05/2012 03:39:00 AM |

Alguns filmes já são taxados pelo próprio poster, mas todos os cinemas me desculpem mas não tem como classificar "Um Homem de Sorte" como um drama, é um no máximo um romance com pitadas tão leves de drama que já está até inscrito na Sessão da Tarde da Globo com toda certeza. Não estou colocando como um filme ruim, mas é leve demais para dar uma empolgação e ainda assim falta aquele ponto que faça você sair apaixonado de um romance.

O filme nos mostra que o Sargento da Marinha dos EUA, Logan Thibault retorna de seu terceiro turno de serviço no Iraque, com o que ele acredita que salvou sua vida, uma fotografia que encontrou de uma mulher que ele nem conhece. Ao descobrir que seu nome é Beth e onde ela mora, o sargento aparece em sua porta e acaba por aceitar um emprego em seu canil familiar local. Apesar da desconfiança inicial de Beth e as complicações em sua vida, um romance acontece entre eles, dando a Logan a esperança de que Beth pode ser muito mais do que seu amuleto da sorte.

O início da trama parece que foi tão recortado para a censura, aqueles que leram o livro e assistirem o filme depois fale nos comentários se removeram cenas demais, que tudo vai acontecendo de forma tão inconsistente e inverossímil que ficou um pouco estranho, depois se aninha, mas com um ponto de virada tão pequeno e com uma carga dramática quase inexistente, o filme ficou bem vazio, e se pra mim não funcionou como filme, imagino para os leitores do livro que sempre reclamam de adaptações.

As atuações não estão ruins, mas também não são muito convincentes. Zac Efron vem melhorando, mas ainda não atingiu o ápice que acredito que pode chegar, tomara que não fique sendo apenas mais um rostinho bonito que só faz filmes para encantar as mulheres e não servir pra mais nada, mas o que vemos aqui é apenas essa utilização, pois faltou dinamicidade para seu papel. Taylor Schilling faz boas caras mas sei lá, não deu a química necessária para um romance. As atuações de Blythe Danner e Riley Thomas Stewart são as mais bacanas, embora não sejam assim algo contundente, mas melhores que as dos protagonistas com certeza são. Os demais apenas fazem seus papéis sem muita interação afinal a história é dos protagonistas e eles não foram ruins, mas também não foram algo que merecesse destaque.

As locações escolhidas para o filme são a única coisa bem válida do filme e aliada a escolha do tom amarelado para a fotografia, a incidência do sol na película dá um ar meio antigo para o filme atual e faz agradar bem na cenografia usada. Belas imagens que com certeza poderá ser algo que faça lembrar do filme mais pra frente.

Como todo romance, o pianinho predomina na trilha, para tentar arrancar lágrimas dos espectadores mais emotivos, mas como disse a falta da carga dramática fez com que o filme não emocionasse o suficiente para o piano fazer lavar o cinema como vem acontecendo ultimamente.

Enfim, não é um filme ruim, mas está anos luz de ser um bom filme, é apenas um daqueles que você vê apenas para passar um tempo assistindo algo sem nenhum precedente. Espero que quem tenha lido o livro possa falar mais nos comentários aqui sobre o que achou, quem sabe possa analisar melhor, mas na minha opinião é isso, apenas um filme bonitinho e mais nada. Fico por aqui, mas ainda tem mais um nessa semana de pouquíssimas estréias. Abraços e até mais pessoal.


Leia Mais

Paraísos Artificiais

5/04/2012 01:07:00 AM |

Muitos falam que o cinema brasileiro é de poucos, e isso pode ser comprovado por ver que algumas produtoras não erram mesmo revezando sua equipe nas funções como é o caso da Zazen que teve Marcos Prado produzindo e José Padilha dirigindo "Tropa de Elite 1 e 2" e agora em "Paraísos Artificiais" invertem de posição sem perder o brilho, claro que a história dos "Tropa" eram mais povão, linear, dialogado e agradava a todos, enquanto "Paraísos" tem sua história toda fragmentada e com um trabalho brilhante mais visual de câmera feito por Lula Carvalho onde o diálogo em si é a menor questão de um todo.

Em uma paradisíaca praia do Nordeste brasileiro, Shangri-La -- um enorme festival de arte e cultura alternativa -- é pano de fundo de experiências sensoriais intensas entre três distintos jovens contemporâneos: Nando, a DJ Érica e sua melhor amiga Lara. Sem que percebam, como meras peças de um caótico jogo do destino, o encontro muda radicalmente suas vidas para sempre. Uma trama envolvente, em pleno boom da música eletrônica no Brasil, que apresenta uma comovente história de amor e superação, o envolvimento de jovens de classe média no tráfico internacional de entorpecentes, intensas celebrações, conflitos e destinos cruzados pelo tempo.

A sinopse que estão colocando nos sites dos cinemas, nem quis colocar e preferi essa diretamente do site do filme, pois a dos cinemas é um spoiler imenso, e como já falei gosto de assistir a filmes sem ler nada a respeito, e nesse quesito o filme fica diríamos com um gostinho mais intrigante de se ver do que já sabendo tudo como é. Mas como nem todos gostam de surpresas, e já que lerão a sinopse dos cinemas, o que vai interessar do filme é ver como tudo isso acontece de uma forma fragmentada entre os 3 atos sem a necessidade nenhuma de uma sequência linear dos fatos e com um fechamento embora previsível e demasiadamente novelesco, porém aberto consegue agradar mesmo sendo um pouco lento demais com os acontecimentos.

Como disse não é um filme onde os diálogos pesem muito para a história, mas o trio de atores Nathalia Dill, Luca Bianchi e Lívia de Bueno, conseguem conduzir bem os momentos em que precisam falar algo, claro que alguns excessos de nudez poderiam ser economizados, mas a loucura das drogas e quem já as experimentou, o que acredito que os roteiristas com certeza fizeram, pode dizer melhor. O elenco de apoio também se mostra interessante e diria até com diálogos mais fortes para a trama, no caso falo dos atores Roney Villela e Bernardo Melo Barreto que fazem Mark e Patrick respectivamente e são basicamente o elo dos protagonistas com as drogas.

Agora falar do show do filme, que é a câmera do melhor diretor de fotografia do Brasil, sem dúvida alguma que se chama Lula Carvalho. O olhar e o efeito de distorção que ele consegue transmitir com sua câmera são brilhantes, um foco e desfoque das cenas com sentido dramático poucas vezes visto no cinema brasileiro, pois não é jogado ao vento, faz sentido pra trama e aliado a boa equipe de arte consegue dar efeitos visuais excepcionais. Só para citar uma cena que deva ser bem vista é essa da parte de cima do poster, as cores fluorescentes da maquiagem junto com o foco e desfoque da câmera é algo magnífico. Nunca experimentei drogas, mas acredito que todo o barato que deva dar no auge deva ser algo que foi transmitido pelo filme com esses efeitos, quem já usou e quiser relatar nos comentários, a vontade.

Não sou muito fã de música eletrônica, mas como contexto para o filme a trilha foi bem escolhida e as batidas vibram o cinema de uma forma bem interessante. O contraponto analisado pelo personagem de Lipe em uma das cenas finais quando fala dos sentimentos da DJ colocados na música é um dos pontos do roteiro bem introduzido onde podemos ver que a música também pode falar com o espectador.

Enfim, é um filme bem feito, que não foi feito para agradar uma maioria, mas acredito que todos que forem assistir pelo menos poderão tirar conclusões boas (ou no mínimo interessantes) e ruins sobre o mundo das drogas. Só acho que se ele tivesse o ritmo frenético de uma rave ele poderia ser mais ágil e gostoso de ver, mas é apenas um detalhe. Recomendo com essa cautela, de que não é um filme feito para agradar, mas faz seu serviço de forma bem interessante e mantém a produtora no patamar de que serviço dado é serviço cumprido. Fico por aqui hoje, mas esse foi apenas o começo dessa semana curta de estréias, mas ainda tem mais presse fim de semana. Abraços e até mais pessoal.


Leia Mais

Como Agarrar Meu Ex-Namorado

5/02/2012 05:27:00 PM |

Mias um filme daqueles classificados como comédia, na qual você apenas algumas vezes se vê com um sorriso apenas, rir que é bom nada. Com essa frase posso resumir completamente o filme "Como Agarrar Meu Ex-Namorado", onde a protagonista praticamente narra tudo o que está pensando e age como todos os filmes de ação policial onde se mete em confusões mas por ser bonita sempre se livra.

O filme mostra que divorciada e desempregada, Stephanie aceita o emprego de caçadora de recompensas na empresa de um primo. Seu primeiro alvo é o atraente Joe, ex-policial foragido por quem ela tinha uma queda desde os tempos de escola.

O roteiro embora bobo, poderia ser mais interessante se botassem a comédia pela qual o filme foi vendido, e não apenas nas gags cômicas completamente clichés que são inseridas no filme para tentar fazer com que o público ria. A diretora Julie Anne Robinson também optou por não sair do que conhece de seu estilo de séries na sua primeira aventura fora da TV e com isso o longa realmente parece ser apenas um episódio de 91 minutos de uma série dessas que passam de madrugada apenas para entreter quem está sem sono e dormir vendo o programa.

A única "vantagem" é ver a bela Katherine Heigl com suas curvas na tela, já que de atuação não podemos engrandecer quase nada, pois todos os filmes está igualzinha fazendo as mesmas caras e bocas. Os demais atores até tentam fazer algo, mas nada que saia do padrão série leve da TV. Talvez o destaque fique para uma ou outra cena de Daniel Sunjata com seu jeito sério de ser.

Como é um filme onde ela investiga vários locais, temos locações interessantes, mas que para economizar gastos são vistas apenas em planos bem fechados para não exigir muito da equipe de arte, já que todo o orçamento deve ter ido nos efeitos das duas explosões do filme.

Enfim, é um filme bem feitinho, mas não é um filme que valha a pena ser visto no cinema não, claro a não ser que você vá ao cinema para não ver o filme como foi o caso das outras 4 pessoas que estavam em minha sessão lá no fundo do cinema, pois como disse é um filme bem light que nada acrescenta de bom e nem faz rir, tanto que levei minha mãe que ri com qualquer coisa e ela passou o filme sem dar uma risada. Fico por aqui, mas amanhã já começo com uma pré de uma das estréias do fim de semana. Abraços e até mais pessoal.


Leia Mais