Inquietos

2/24/2012 05:06:00 PM |

Algumas vezes você já parou para pensar se soubesse quanto tempo de vida o que gostaria de fazer? E se soubesse que o tempo é curtíssimo? Com essas duas indagações posso iniciar o texto sobre "Inquietos", um romance leve, porém belíssimo que trata desse tema que já vimos algumas vezes na tela, só que agora sob uma visão de jovens.

O filme nos apresenta Annabel, uma bela e encantadora paciente com câncer terminal que é profundamente apaixonada pela vida e pela natureza, e Enoch, um jovem que desistiu dos negócios da vida, depois de um acidente que tirou a vida de seus pais. Quando esses dois ´desajustados´ se encontram em um funeral, eles acham algo em comum em suas experiências de vida.

A forma que o diretor Gus Van Sant encontrou para tratar o filme pode ser até criticada por muitos, pois deixou o filme bem fechado quanto ao que o público possa querer sair da sala pensando sobre o tema, mas na minha opinião, essa foi uma das formas mais bonitas que ele pode mostrar todos os medos e anseios dos personagens, bem como seu modo de ser feliz, e com isso o longa acaba transformando a perca numa forma tão doce que nem o mais pessimista pudesse odiá-la.

As atuações de Henry Hooper e Mia Wasikowska são suaves como o filme todo deve ser e mesmo nos momentos mais ébrios do filme, ambos conseguem transparecer a jovialidade e a incerteza necessária que os personagens pediam. Ryo Kase também mostra toda a sensibilidade sem precisar sair da sua postura durona de um ex-kamikase.

Com uma fotografia um pouco embaçada, o longa parecia ser algo meio como um sonho, não sei se foi essa a intenção do diretor de deixar que pensássemos estar no pensamento de um dos dois personagens, mas na minha percepção ficaria com essa opção. A direção de arte está econômica mas não peca em nada pois não era necessário incrementar coisas demais para que um filme de bom roteiro continuasse bom.

As trilhas sonoras escolhidas poderiam estar presentes em setlists de qualquer romance apaixonado, pois tudo parece florescer ao tocar as suaves músicas escolhidas. Só me incomodou o pianinho tocado no início, mas logo foi retirado da trilha então até posso desconsiderar ele.

Portanto, é um bom filme, que para não fugir a regra veio para o Brasil com poucas cópias distribuídas pela Sony, então só chegou por aqui agora pelo pessoal do Cinecult, mas valeu a espera para ver na telona. Recomendo que assistam assim que sair em DVD ou se tiver passando por aí pois é bem bonitinho, totalmente água com açúcar e que consegue transformar uma notícia triste em algo feliz. Encerro por aqui essa semana que iniciou hoje, pois as distribuidoras esqueceram do interior novamente. Abraços pessoal e até sexta que vem.


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A Bela e A Fera em 3D

2/23/2012 09:51:00 PM |

Todos os clássicos da Disney serão relançados em 3D, visto que "Rei Leão" deu uma boa bilheteria, então já tinha até decidido que só veria os que sou mais fã, pois o 3D que vi no "Rei Leão" nem foi lá essas coisas. Como ganhei numa promoção ingressos pro "A Bela e A Fera 3D" resolvi juntar o útil ao agradável, e levar minha mãe para conhecer uma sessão 3D, e posso falar que ela adorou o filme, visto que adora animações tendo princesas então, embora ela própria não tenha notado tantas diferenças do 3D, ou seja mais um que não vimos tanta diferença e vale apenas para rever o clássico.

Para aqueles que não conhecem esta premiada animação dos estúdios Disney, ela conta a história de Bela, uma jovem bonita e inteligente que vive sendo zombada pelas pessoas da vila onde mora, por estar sempre lendo e vivendo no mundo da Lua. Certo dia, seu pai se perde na floresta e é capturado por uma grande Fera, um príncipe amaldiçoado por uma bruxa. Para libertá-lo, Bela se vê obrigada a viver com a Fera para sempre. No começo, ela estranha muito, mas aos poucos vai descobrindo a docilidade e a inteligência do príncipe transfigurado. Para os companheiros inseparáveis da Fera, o relógio, a chaleira e o candelabro, Bela será a grande salvação, pois, se os dois se apaixonarem antes da Fera completar 21 anos, a maldição estará desfeita.

Não que o filme não tenha uma boa conversão para o 3D, a abertura do castelo achei magnífico o 3D e já comecei até a pensar: "Nossa, irão me surpreender", mas não passou nem 5 minutos e já estávamos no 2D tradicional apenas com o foco embaçado para tentar dar um relance de profundidade. Depois temos algumas boas cenas ao longo do filme onde se vê um bom trabalho, uma delas está no trailer abaixo que é o momento da dança, mas são bem poucas.

Mas tirando o lance do 3D, o filme em si é um dos que valem apena pela magnífica canção "Sentimentos são" em português, a qual considero uma das músicas mais lindas das animações da Disney, claro que estamos falando de uma época onde todas as animações eram bem cantadas e as traduções das músicas eram ótimas. Isso sem falar nela no original "Beuaty and Beast" cantada por Celine Dion e Brian Mcknight.

Outro ponto interessante que pude notar hoje é que já está quase saindo de cartaz e a sala ainda tinha bastante gente, e as crianças que estavam na sala ficam fascinadas pela animação, por isso defendo a volta da Disney para o lado musical de antigamente com príncipes e princesas pois acredito que o foco para uma boa educação da criançada é não focar em filmes violentos.

Falando em príncipes e princesas, o curta-metragem que passou antes do filme, mostrando o casamento entre os personagens do filme "Enrolados" é extremamente divertido e consegue colocar junto em ação os dois melhores personagens do filme que são o camaleão e o cavalo, agora metidos em uma enorme encrenca. Realmente foi bom demais ver ele.

Enfim, como já havia dito no "Rei Leão", todos esses clássicos valerão a pena ver apenas para reviver os bons tempos da Disney na telona e claro se emocionar com eles, muito mais do que pelo 3D que julgam estar vendendo. É isso, encerro a semana cinematográfica aqui, e amanhã começo uma bem curtinha pois as distribuidoras novamente boicotaram Ribeirão Preto. Abraços pessoal.

PS: assim como no "Rei Leão 3D" estou retirando 1 coelho pelos problemas técnicos ao passar para 3D, tais como embaçamento do fundo e perca de traços fortes que eram marcas do estúdio, pois todos os clássicos da Disney valem 10 coelhos, apesar que nesse já ouve consideráveis melhorias. E para que possa se programar seguem os próximos relançamentos:
Outubro/2012 - Procurando Nemo 3D
Janeiro/2013 - Monstros S.A. 3D
Setembro/2013 - A Pequena Sereia 3D


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A Mulher de Preto

2/23/2012 01:44:00 AM |

Filmes de "terror" da atualidade, já podemos classificá-los mais como filmes de susto, pois a densidade da trama apenas cria uma tensão com o público e logo depois apenas surgem coisas do nada para pegar o espectador desprevenido e assustar. A premissa de "A Mulher de Preto" conta exatamente com isso, com uma história até interessante e bons sustos, e porque não dizer risadas afinal você indo num filme desse irá se divertir com os sustos da pessoa ao lado.

O filme nos apresenta o jovem advogado londrino Arthur Kipps que é forçado a deixar seu filho de três anos e viajar para a pequena vila de Crythin Gifford para tratar dos assuntos do recente falecido dono da Casa Eel Marsh. Mas quando ele chega à arrepiante mansão, descobre segredos obscuros no passado da cidade, e sua sensação de mal-estar aumenta quando ele vislumbra uma misteriosa mulher toda vestida de preto.

A história é bacana, poderia ser melhor, mas cumpre bem seu papel de segurar do início ao fim seu tino de suspense sem revelar nada e dar um final surpreendente, totalmente diferente do que qualquer um imaginaria. O diretor James Watkins soube usar bem a câmera em seu segundo longa com muitos planos detalhe onde a concentração fica toda em foco de algum objeto e ao abrir o plano pega você de surpresa com algo assustador e o susto vem. Diria que foi bem competente com relação ao uso.

Daniel Radcliffe já era notório sua melhora desde os últimos Harry Potter, agora se mostra um bom ator mais maduro, embora acho que esteja novo demais para a idade que pediria o personagem, pode ser que no livro que o filme é baseado coloquem como um rapaz apenas mas acho que caberia alguém com uma aparência mais velha, mas tirando isso ele está muito bem em cena e até convence em seus atos heróicos que ainda continuo me perguntando porque em todo filme de suspense o mocinho tem de se enfiar nos piores lugares como se tivesse a maior coragem do mundo. Os demais atores acabam sendo bem coadjuvantes mesmo, pois acabam nem mostrando sua hospitalidade para uma pequena conversa com o ator principal, tirando Ciáran Hinds(que praticamente é um Nicolas Cage da vida, apenas contando 2011/2012 está nesse filme, em "O Espião Que Sabia Demais", em "Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança", em "Harry Potter - As Relíquias da Morte Parte 2", em "O Ritual" e brevemente em "John Carter") que tem boas falas com o protagonista.

Um ponto muito bom do filme está na direção de arte que soube colocar muitos elementos cênicos presentes na tela, alguns extremamente sinistros tais como os brinquedos que já se pode ver no trailer logo abaixo, fora o vilarejo muito bem colocado com a trama, onde tudo é estranho de se ver e com isso consegue deixar mais perguntas na mente até o final do filme para responder. A fotografia escura apenas usando de velas em alguns momentos e em outros usando de um maravilhoso nevoeiro também é um show a parte.

Com uma trilha cadenciada, gostosa de ouvir(sem ser aqueles gritos alardeados que nem vimos e ouvimos em "Sobrenatural") e bem envolvente, a trama se desenrola e claro que como em todo bom filme de terror sobe nos momentos de maior tensão para deixar você mais "preparado" para o susto, voltando em seguida para seu normal. É sempre bem interessante o uso e aqui nesse filme não seria diferente.

Enfim, é um bom filme, recomendo com certeza, pois vale o ingresso, faz bem o dever de casa que é assustar, poderia ser melhor se tivesse alguns pontos melhores na história, mas que não atrapalham em nada o filme deixando ele bem sinistro, e claro serve também para ver o povo na sala de cinema se assustando e com isso espere ouvir claro algumas risadas na sessão. Fico por aqui hoje e até amanhã pessoal. Abraços.


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Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança em 3D

2/22/2012 01:28:00 AM |

Quando um filme que é ruim anuncia ter continuação sobe até um frio pela espinha, mas como assistimos tudo sempre vamos conferir. E com "Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança" não foi diferente, pois o primeiro filme é muito ruim, daí o que os produtores vão e fazem? Não colocam como sendo uma continuação e sim um novo filme onde no começo explicam como ele se tornou o motoqueiro e tudo mais e apagam o primeiro e ficam apenas com esse que não chega a ser ruim como o primeiro, mas está bem longe de ser um grande filme, chegando a dar sono em algumas partes e na minha opinião acaba sendo mediano.

O filme nos mostra que Johnny Blaze está escondido na Europa Oriental, lutando para reprimir aquilo que ele considera ser sua maldição. No entanto, Blaze acaba sendo recrutado por uma seita secreta para salvar um garoto do demônio. Apesar de tentar recusar o chamado, esta poderá ser sua grande chance de salvação.

Assim como o primeiro longa da série, o filme novamente tem uma história bem fraca e mal desenvolvida, que é extremamente bem suprida de efeitos visuais impressionantes. Agora a pergunta que fica, basta ter só efeitos para agradar o público? Na minha opinião não, pois hoje o público está cada vez mais exigente com o que vê nas salas de cinema, e embora a sala estivesse parcialmente lotada, considerando que a estréia foi na sexta já temos 5 dias de exibição, o público saiu da sala não muito feliz com o que viu e alguns até reclamando.

A atuação de Nicolas Cage, embora eu goste dele, é o mesmo padrão de sempre, ou seja cara de riso, bravo, tenso, mau-humorado todas sempre iguais, mas como o seu carisma sempre é grande até que está bacana na pele do motoqueiro, afinal na maior parte não é a sua expressão que está em cena e sim a caveira computadorizada. Os demais personagens da história apenas gritam, correm ou atiram, dizendo meia duzia de palavras apenas que não servem praticamente para nada, se é que exista algum diálogo do filme serve pra algo.

O interessante é que esses estilos de filmes acabam sempre tendo uma produção caprichada, com locações bonitas e tal, mas dessa vez economizaram bem usando apenas algumas ruínas, onde a equipe de efeitos especiais puderam explodir tudo sempre sem precisar se preocupar com nada. E falando na equipe de efeitos, essa sim é a única coisa que vale a pena no filme, pois os efeitos estão de primeira linha e empolgam utilizando de um 3D bem fraquinho e desnecessário para a trama da história, mas para a utilização dos efeitos até está bem usado.

Enfim, continua sendo um filme fraco que não merecia continuação(ou reinicialização) e conhecendo produtores sanguinários vorazes por dinheiro devem fazer um terceiro. Não o recomendo, mas caso queira ir por conta e risco, veja pelo menos em 3D para que os efeitos saiam mais bonitinhos. Encerro aqui hoje, mas amanhã tem mais um. Abraços.



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Reis e Ratos

2/20/2012 08:22:00 PM |

Alguns filmes nos enganam completamente pelo trailer, "Reis e Ratos" é um exemplo claro disso. Confesso que quando vi no cinema o trailer, falei nossa será um lixo o filme que mistura preto e branco com policiais americanos e tudo mais, mas hoje ao assistir adorei a fotografia P/B e toda a trama é bem envolvente.

O filme mostra que na Rio de Janeiro de 1963, o clima de conspiração afeta uma série de personagens relacionados, de alguma forma, ao cenário político da época. Um deles é Troy, agente da CIA que vive no Brasil e passa a duvidar de sua fidelidade com sua terra natal. Com a ajuda de seu comparsa brasileiro, o Major Esdras, ele planeja uma armadilha para o presidente que pode atrapalhar os planos do Golpe Militar.

Embora tenha piadas meio non-sense, a trama contada é bem interessante e roteirizada, que muitos que fugiram ou fugirem da sala nos minutos iniciais, sim aqui em Ribeirão Preto acontece muito isso de pessoas pagarem e saírem no começo/meio da sessão, irão perder toda a ligação final que o plano consistia e claro irá falar mal do filme que é bem bacana.

No quesito atuação, o time embora com sotaques gozados, dá um belo show de interpretações. Selton Mello está ótimo como um agente americano. Cauã Reymond como um radialista paranormal incorpora bem seu personagem e no final seus ataques russos embora pareçam exagerados ficaram bem em tela. Otávio Müller não mostrou tanto o seu humor tradicional, mas consegue fazer bem seu major. Rodrigo Santoro está desfigurado, apague tudo que já viu do ator pois ele consegue mostrar uma nova e excelente faceta sua. As garotas Rafaela Mandelli, Paula Burlamaqui e Bel Kutner, embora sejam apenas elos do filme conseguem aparecer bem e mesmo com pouco tempo em cena fazem bem seus papéis.

A fotografia do filme, na minha opinião, poderia ter sido mantida em preto e branco durante toda a duração e não apenas no contar de como tudo ocorreu até chegar a parte conclusiva do filme, estava muito mais bonito antes e remetendo mais para os filmes noir de antigamente. Mas mesmo com a mudança, ainda continuaremos em cena com os bons planos escolhidos para não ser necessário um revival tão grande de época, sempre mantendo planos fechados para não revelar cenários errados. Bacana a opção do diretor.

Com uma trilha interessante e porque não dizer intrigante, o filme condiz com sua velocidade por ser um policial, mas poderia ter sido acelerado um pouco mais que ficaria mais agradável. A canção original versada por Caetano Veloso e cantada por Bebel Gilberto também é bacana de ser escutada ao final junto dos créditos.

Enfim, não esperava nada do filme e sai muito agradado com a trama que vi, a sala estava bem vazia no horário em que fui, mas espero que dê público pois recomendo, claro que alguns não irão gostar por não ser fã do gênero, mas é interessante ver filmes de um gênero pouco usado no Brasil. Uma outra opção que pelo formato caberia e claro a Globo como co-produtora deve fazer, é mostrar ele depois no formato mini-série que acho até mais intrigante que no próprio cinema. Encerro hoje por aqui e até amanhã com mais um filme nessa semana cheia de estréia. Abraços pessoal.





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O Homem Que Mudou o Jogo

2/19/2012 08:33:00 PM |

Falar de filmes que envolvam esportes pra uma pessoa que nunca foi atleta nem praticante de esporte quase nenhum, tirando natação(quando sair um filme sobre vou fazer um mega texto!!) e embora a lição que o filme "O Homem Que Mudou o Jogo" passe não necessite ser um amante de beisebol, com toda a certeza o filme foi projetado em cima de quem goste e entenda o esporte, tanto que nos países onde o esporte é tradição está se dando muito bem, enquanto que por aqui somente os que gostam de ver todos os filmes oscarizáveis irão tentar vê-lo.

Baseado numa história real, o filme foi feito para quem nunca sonhou em ser parte do sistema. Brad Pitt interpreta Billy Beane, o gerente geral do time Oakland A’s e o responsável pela montagem da equipe, que tem uma epifania: tudo da sabedoria convencional do beisebol é errado. Forçado a reinventar sua equipe com um orçamento apertado, Beane terá que ser mais esperto que os clubes mais ricos. A equipe que antigamente contava com atletas estudantes da Ivy League, faz uma parceria improvável com Peter Brand, recrutando jogadores e barganhando com rejeitados, todos eles com uma mínima habilidade para chegar à base, marcar pontos e ganhar jogos. É mais do que beisebol, é uma revolução, uma atitude que desafia as tradições da velha escola e coloca Beane na mira daqueles que dizem que ele esta acabando com o coração e a alma do jogo.

Como disse, o filme tenta passar uma mensagem de superação e negociação, mas diferentemente do último filme que vi envolvendo esportes "Invictus", o qual também usava de um esporte onde não tenho conhecimento nenhum, sai vibrando do cinema, pois o filme além de uma lição imensa conseguia ser entendível para leigos do esporte que se tratava, no caso o rugbi. Enquanto neste, vemos diversos números sendo ditos pelos personagens, sem saber do que pode estar se tratando aquilo. Mas a lição que podemos tirar do filme é que mesmo não sendo um conhecedor de um esporte a matemática(estatística) pode dar jeito em qualquer coisa.

No quesito atuações, Brad Pitt faz por merecer sua indicação e quem sabe até tentar ganhar o Oscar, pois se mostra (colocando um pequeno spoiler) como diz a própria música cantada pela sua filha no final do filme, um perdedor apenas que está acostumado com isso, mas que não aceita perder, tem suas paranoias de não assistir os jogos e com tudo isso passando pelo personagem, Brad mostra que é um ótimo ator. Mas deixando a estrela principal de lado, vamos falar de um ator que cresceu demais e se revela um ótimo nome na tela, estou falando de Jonah Hill, aquele mesmo irritante de "Cyrus", o personagem faz do filme um excelente economista e se mostra bem preparado para os próximos trabalhos.

Usando de muitas imagens de arquivos, o filme fica com uma fotografia diria um pouco estranha, pois a todo momento está misturado imagens da juventude do personagem de Brad, imagens de jogos de beisebol pela televisão e imagens do filme. E com tudo isso temos uma boa economia de locações que facilitaram o serviço da equipe de arte. Não que tenha ficado ruim, mas poderia ser melhor.

Enfim, o filme é interessante e até transmite lições de vida bacanas, mas está longe de ser um filme para ser indicado ao Oscar. Se você gosta de beisebol, talvez vá gostar até mais do filme, mas por ser um pouco lento, somente na metade final irá começar a empolgar. Recomendo apenas para quem goste mesmo da atuação de Brad e quem conheça bastante do esporte, senão a quantidade de números falados na tela não passará de algo que vai cansando no decorrer do filme. Fico por aqui, mas amanhã tem mais. Abraços.


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A Dama de Ferro

2/18/2012 08:37:00 PM |

Filmes que contam histórias de personagens conhecidos quase sempre são marcados por atuações memoráveis, mas o caso de Meryl Streep em "A Dama de Ferro" é algo que a atriz entrou dentro do personagem de tal forma que se fosse possível a volta no tempo para gravar tudo de forma atuada ninguém iria negar que a própria Margaret Tatcher não tivesse interpretado a si mesmo, de tão impressionante que ficou a atuação desta bela atriz onde em hipótese alguma se reconhece a atriz e sim vemos em tela apenas o personagem.

O filme nos mostra um olhar sobre as medidas tomadas pela primeira ministra britânica Margaret Thatcher, nos dias que antecederam a Guerra das Malvinas em 1982. Diz a história de uma mulher que quebrou as barreiras de gênero e classe para ser ouvido em um mundo dominado pelos homens. A história diz respeito a potência e o preço que se paga pelo poder, e é um retrato surpreendente e perspicaz de uma mulher extraordinária e complexa.

A diretora Phyllida Lloyd, sim a mesma de um dos musicais que mais adoro "Mamma Mia!", embasada na biografia escrita por Carol Thatcher, filha de Margaret, e usando de imagens de arquivos para ilustrar o cenário do povo que conviveu no período de rebeliões sindicais onde viveu a primeira-ministra, conseguiu transmitir mais do que apenas uma mulher que "mudou" a forma de as mulheres serem vistas num olhar político e machista da Inglaterra. E usando novamente de sua atriz favorita, a diretora conseguiu não dar um tiro no escuro fazendo um filme politicamente correto e mostrando apenas o lado bom de uma pessoa, mas sim mostrar todas as facetas de uma mulher forte e determinada que sempre fez o que quis.

Como vocês devem estar vendo estou falando tanto da Meryl que novamente podemos dizer que é um filme de atuação, onde a diretora não quis se dispersar e fez certo ao jogar nas mãos da atriz toda a responsabilidade do filme que já deu um novo Globo de Ouro para ela e deve dar com certeza por merecimento um novo Oscar a Meryl, pois a atriz literalmente roubou a alma de Thatcher para fazer um dos papéis mais densos e ao mesmo tempo sútil de sua carreira. Outro ator que mostra estar perfeito em cena é Jim Broadbent que conseguiu mostrar-se como uma bela alucinação na vida da primeira-ministra e com isso puxar alguns alívios cômicos para que o drama não ficasse tão pesado.

Agora falemos sobre o melhor do longa, a maquiagem. Sair do filme sem ter ficado impressionado com o trabalho da equipe de J. Roy Helland (maquiador pessoal de Meryl) e Mark Coulier (protético responsável por vários trabalhos magníficos no cinema, vide "X-Men Primeira Classe" e todos "Harry Potter" apenas para citar os mais atuais). Eles conseguiram transformar Meryl em outra pessoa completamente desconhecida para todos, e o melhor usando da maquiagem tradicional e não ficando em cima de computadores apenas. É definitivamente algo que tenha de ter seu valor bem reconhecido com um prêmio sem nenhuma dúvida.

O tradicional de dramas hoje, está sendo usar o mínimo de trilha sonora possível, deixando o peso dramático recair sobre o silêncio de cena em cima da atuação. O longa faz uso disso e também usa boas canções para não ficar preso apenas na tradicionalidade que a moda está ditando. Agrada bastante e não ficou piegas.

Enfim é um bom filme, agrada bastante e recomendo para todos que desejam conhecer um pouco mais do que foi visto apenas nos noticiários da época sobre a primeira-ministra. E claro, ver uma atuação memorável de Meryl Streep para ficar já torcendo mais ainda na semana que vem para que ganhe o Oscar. Encerro por aqui, mas amanhã com certeza tem mais. Abraços pessoal.





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A Invenção de Hugo Cabret em 3D

2/17/2012 09:10:00 PM |

Existem filmes bons que conseguem tirar o fôlego, outros conseguem tirar lágrimas, e se você é um amante da sétima arte e conhece a história do cinema, se prepare para lavar o óculos da projeção ao assistir "A Invenção de Hugo Cabret". Martin Scorsese consegue dar uma aula de cinema em pouco mais de duas horas de projeção. Definitivamente um filme maravilhoso que exime toda a magia do cinema como a muitos anos não se via nas próprias telas do cinema. É muito mais que uma homenagem à Méliès e ao cinema, é uma obra de arte obrigatória de se assistir, de se ter na prateleira e tudo mais que se possa imaginar.

O filme conta a história de um órfão vivendo uma vida secreta nas paredes de uma estação de trem em Paris. Com a ajuda de uma garota excêntrica, ele busca a resposta para um mistério que liga o pai que ele perdeu recentemente, o mau humorado dono de uma loja de brinquedos que vive abaixo dele e uma fechadura em forma de coração, aparentemente sem chave.

O brilhantismo da história está presente em detalhes mínimos, onde Scorsese mostra todo seu amor pela arte e adapta de forma como nunca vista no cinema um livro infantil onde não está presente apenas a pureza de uma criança, mas sim toda a magia dos sonhos que como o próprio personagem de Méliès diz em certa cena para o garotinho Rene Tabard: "Já te questionaste de onde vêm os teus sonhos? Olha à tua volta. Aqui é onde eles são feitos.". Nessa hora já estava esse Coelho que vos fala, limpando as lágrimas, mas se pensa que aqui é onde o climax das lágrimas está presente aguarde que tem muito mais que vou preferir não falar para não estragar o filme, apenas peço mais uma vez assistam!

No quesito atuação, é show em cima de show. O garoto Asa Butterfield faz um papel esplêndido na pele de Hugo, com seus grandes olhos azuis consegue emocionar de forma singela e bela. Chloë Moretz não tem um filme que eu consiga falar mal dela, e não vai ser dessa vez, está perfeita embora estivesse um pouco mais velha do que o papel representado. Ben Kingsley consegue expressar somente com o olhar e com palavras, é literalmente um mágico da expressão. Sacha Baron Cohen, na minha opinião faz o seu melhor papel no cinema ao conseguir se mostrar rude sem ser um personagem frio. Poderia ficar citando todos aqui e passar horas, mas não vou encompridar muito o texto e até mesmo as participações especiais estão bem colocadas como a de Jude Law e Ray Winstone. E ache inclusive uma pequena ponta de Scorsese em cena.

A produção épica feita para retratar os anos 30 está digna e maravilhosa, a equipe de arte soube retratar tudo com perfeição tamanha as imagens vista no livro e quase podemos considerar que com a ajuda do 3D entremos no filme de tão perfeitas que estão as imagens. Realmente maravilhoso de se ver os cenários grandiosos e os planos perfeitamente estudados e enquadrados, fugindo do comum com brilhantismo. Como já disse foram feitos para ser vistos no cinema como uma obrigação.

Já que entrei no assunto do 3D, realmente está maravilhoso, tudo muito bem pensado dando a dimensão exata necessária para imergirmos na história. A história do filme em si é tão linda que nem seria necessário assisti-lo com a tecnologia, mas se for possível veja que incrementa bastante no visual maravilhoso que toda a equipe pensou para retratar o longa em terceira dimensão.

Com uma trilha sonora envolvente, o longa tem o ritmo ditado pelas músicas francesas inseridas no longa. E quando se achava que ficaria o filme todo sonoramente levado, o diretor vem e quebra suas pernas com um silêncio absoluto ao colocar Méliès falando e novamente derrubar o espectador amante de cinema no choro.

Enfim, é maravilhoso, tudo que ouvia falar do filme realmente se consolidou, e espero que a Academia de Cinema reconheça o longa não apenas o indicando à 11 categorias, mas sim premiando como o melhor filme. Como já disse e repito não apenas recomendo o filme, mas se você gosta de cinema é obrigatório assistir o longa e conhecer o pai do cinema de ficção que foi George Méliès. E se você estuda Cinema ou Audiovisual se prepare para chorar e ver como material de aula de seus professores nos próximos semestres esse filme. Encerro aqui hoje nessa semana cheia de filmes, então teremos muitos posts por aqui, mas finalmente saiu o primeiro 10 coelhos de 2012. Abraços pessoal.





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Star Wars - Episódio I: A Ameaça Fantasma

2/14/2012 01:18:00 AM |

Rever os filmes em tela grande entrou definitivamente na moda, e com isso George Lucas resolveu "converter" toda a série "Star Wars" para 3D e tentar lucrar mais um pouco. Já vou adiantar para o pessoal que acha que verá muita coisa em terceira dimensão, que temos pouquíssimas cenas onde se nota alguma tridimensionalidade, sendo bem pouco a profundidade em si. A única vantagem mesmo é poder assistir a saga completa no cinema, pois muitos assim como eu não viu todos, ou nem se lembra deles, e o principal na ordem exata em que foi pensado e não lançado como foi antigamente. Só fiquei triste de ser 1 por ano, poderia ser um a cada 3 ou 4 meses que seria mais rápido.

Nessa primeira parte da saga temos Obi-Wan Kenobi, jovem aprendiz Jedi sob a tutela de Qui-Gon Jinn, é designado com seu mestre para escoltar a rainha Amidala até um encontro com os líderes da República, evitando que a Federação coloque em prática seu plano de dominar o planeta Naboo. Mas, durante a viagem, a nave tem problemas e acaba por aterrissar no planeta Tatooine, onde encontram o menino Anakin Skywalker. Qui-Gon acredita que o garoto possa ser o líder dos Jedis que ele procura há muito tempo, mas algo o alerta sobre o perigo de torná-lo seu aprendiz.

Por ser um filme razoavelmente novo, datado de 1999, creio que a maioria já assistiu esse seja no cinema ou na própria TV mesmo, então nem tenho muito o que falar, gosto bastante das cenas de batalha que hoje revendo é mais um fato a se pensar que "Avatar" realmente copiou muita coisa dos seus antecessores. A luta final também é um dos pontos mais interessantes, além da corrida de pods.

A trilha de John Williams, em seu auge, é viciante e sempre que assisto algum dos episódios não consigo parar de ficar cantarolando ela.

Enfim, o relançamento como disse será mais para agradar mesmo os fãs que querem assistir na ordem na tela grande do que para se ver o uso da tecnologia 3D, claro que pagaremos mais caro para ver, mas é uma série que agrada, mesmo esse primeiro sendo um dos piores da saga toda, portanto esperemos mais 1 ano para ver o próximo. Até poderia falar mais sobre cada cena, mas por ser apenas uma reapresentação vamos economizar palavras. Fico por aqui, e volto na sexta com mais estréias. Abraços pessoal.

PS: A nota vai mais pela falta do 3D, pois a saga completa em si vale mais que 10.


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Cada Um Tem A Gêmea Que Merece

2/12/2012 09:30:00 PM |

Algumas comédias você vai ao cinema já sabendo o que vai ver, as do Sandler principalmente, mas com tantas críticas negativas, já estava pensando em nem ir assistir o longa "Cada Um Tem A Gêmea Que Merece", e mais uma vez chego a conclusão de que não devo ler críticas antes de assistir a filme nenhum, pois o filme tem suas tosquices sim, mas é bem divertido e como sempre falo se a função de uma comédia é fazer rir, então se ela diverte cumpriu seu papel e deve sim ser vista lotando as salas como vi hoje.

O filme é focado em Jack Sadelstein, um publicitário de sucesso em Los Angeles com uma bela esposa e filhos, que ano após ano teme um evento: a visita de sua irmã gêmea idêntica Jill no feriado de Ação de Graças. A carência e a atitude passivo-agressiva de Jill enlouquece Jack, transformando sua vida normalmente tranquila de cabeça para baixo.

Como todos sabem, o estilo de humor de Adam Sandler é bem peculiar, e sempre vai causar dissidências de quem gosta assiste, e quem não gosta vai sempre odiar. Embora venha usando menos escatologias em seus filmes, sempre sobra um pouco e claro as vezes essas coisas nojentas ou fazem rir ou desgostar de um todo. Dessa vez até que curti bastante a forma colocada. Na minha opinião o maior erro do filme não está nos personagens de Sandler, e sim na colocação errada de Al Pacino, que com toda certeza não caberia no longa, mesmo a piada feita em cima de ter apenas 1 Oscar ter sido legal, mas já apresentada no trailer. Na minha opinião se tirassem as cenas inúteis do piquenique entre Jill e Felipe o longa seria bem melhor e me agradaria mais do que já gostei.

As atuações, muitas de duplo-papel, estão bacanas e agradam, embora muitos personagens estão ali para encher linguiça e sem eles o longa passaria tranquilamente. Adam Sandler está bacana tanto na versão masculina como um publicitário bem sucedido mas que tem um desafio difícil de conseguir, por Al Pacino para fazer um comercial ridículo, como na versão feminina musculosa e desajeitada. Al Pacino fazendo ele mesmo mostra que não tem tino pra comédia mesmo, não tem um filme que tenha feito papel cômico que eu lembre de ter me agradado. Os demais nem seriam necessário citar, pois como sempre falo são coadjuvantes com falas, mas o garoto Rohan Chand vale um pequeno destaque para as ótimas falas, principalmente na cena em que fala para Sandler o que vai vestir, sendo a cena que mais ri no longa.

Outro ponto que sempre me agrada nos filmes do Sandler, é que nunca poupam dinheiro com produção, sempre com locações grandiosas e muitíssimos figurantes, claro sempre colocando os patrocinadores para aparecer, aqui no caso o cruzeiro marítimo que é bem mostrado para vender a locação usada para o filme.

Os depoimentos iniciais foram bem interessantes para mostrar "coisas" de gêmeos que foram incorporadas para o feitio do longa, e com o fechamento usando os depoimentos novamente achei bem legal. Não que tenha engrandecido algo, mas caiu bem mostrar coisas que poderiam parecer bestas que eles fazem durante a projeção mas que teoricamente são verossímeis.

Enfim, se você gosta de uma comédia escrachada que vai fazer rir por alguns motivos forçados às vezes, recomendo que veja o longa, mas se você detesta filmes assim fuja senão com toda certeza irá odiar. Eu particularmente ainda prefiro o "Gente Grande" dele, mas esse vai ficar também bem colocado. Encerro aqui hoje, mas amanhã tem mais. Abraços.


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O Espião Que Sabia Demais

2/12/2012 12:07:00 AM |

Dramas bem construídos ultimamente são coisas difíceis de se ver na tela de cinema, seja pela dificuldade do público em geral gostar do filme ou seja também pela exigência de um elenco de peso para carregar nos textos. "O Espião Que Sabia Demais", vem com o texto carregadíssimo de John le Carré, ou seja nem espere que tudo seja explicadinho na tela que não vai ter, pois diferentemente de Conan Doyle que ao colocar um enigma para ser descoberto vai revelando detalhes aos poucos e tudo é explicado até a última cena, o autor aqui prefere mais pesar as coisas deixando as pontas sempre soltas para que você as amarre sozinho. Então se você não é um adepto de análises de enigmas, provavelmente precisará ver o longa umas 2 vezes para poder sair feliz do cinema, e os mais aptos para isso pegarão o agente infiltrado nos primeiros minutos.

O filme nos mostra que durante o período da Guerra Fria, os britânicos começam a desconfiar que estão sendo espionados por alguém do alto escalão do exército soviético. Para investigar o caso com toda a cautela que a situação exige, George Smiley abandona a aposentadoria para encobrir agente soviético do MI6.

A sinopse tem de ser curta para não revelar muito e estragar o filme, mas se analisarmos rapidamente as primeiras cenas do longa, o diretor dá uma deixa que eu já apostei de cara quem era o espião infiltrado e mesmo com as diversas reviravoltas que a história dá, ao final fiquei triste e alegre ao mesmo tempo por ter desvendado tão cedo. Na minha opinião o maior problema do longa é a quantidade de personagens semelhantes colocados na história que acabam por confundir o espectador, eu mesmo, por não conhecer a história e adotando a forma de edição escolhida de não linearidade de datas, confundia a todo momento os personagens de Gary Oldman e John Hurt, achando que um era o passado e outro era presente, ou coisa do tipo. Mas ao final acabei ligando que eram 2 bem separados.

Falar da maravilhosa atuação de Gary Oldman é quase que uma redundância, pois o cara é de uma presença ímpar na tela. A cena em que está explicando sua ligação com Karla é de invejar para qualquer ator que precise de uma aula de interpretação. Como já falei John Hurt também está bem agradável tanto que até o confundi com Gary, e diríamos que apenas algumas rugas no filme os separam dos 39 anos idade reais entre eles. Poderia ficar citando o que cada um tem de bom no filme, mas ficaria horas aqui, mas todos conseguem se fazer de bons espiões e nos enganar em vários momentos, como disse aulas de atuações masculinas estão presentes nesse longa.

Quanto da cenografia, outra aula impecável, se vê detalhes cênicos minúsculos que o diretor com todo o tempo que preferiu deixar o longa, faz questão de mostrar em cena, tais como o detalhe do isqueiro, os papéis subindo o elevador mais de uma vez e mostrando ao fundo todo o QG dos espiões, fora a retratação épica com carros e figurinos. As tomadas escolhidas pelo diretor de fotografia também são muito bem usadas e sempre usando na maioria de planos detalhes, consegue deixar mais ainda o suspense no ar.

Com uma trilha sonora bem colocada em alguns momentos, o longa se dinamiza na presença sonora, mas mesmo assim ainda é bem longo e lento no total, portanto recomendo que se você for assistir veja no período da tarde ou antes do jantar, pois o risco de ficar com sono durante a projeção é alto.

Enfim, com essa ressalva que pus no parágrafo acima, o filme é muito bom, extremamente bem executado pelo elenco e dirigido com classe, recomendo ele com certeza e quem sabe não veremos o Gary com a estatueta do Oscar no fim do mês, pois mereceu. Encerro por aqui hoje, colocando em prática a idéia do leitor Adilson com o trailer do filme abaixo, estarei sempre colocando de todos os filmes a partir de hoje, e amanhã tem mais. Abraços.




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Histórias Cruzadas

2/10/2012 09:04:00 PM |

E eis que o filme de elenco volta a dar as caras. Falo isso pelo seguinte motivo, a história é boa? Sim, mas o que vai fazer você gostar do filme "Histórias Cruzadas", não é o fato de mostrar como o racismo era forte nos EUA na época em que se passa o longa e sim, todo o elenco carismático que consegue fazer rir e emocionar ao mesmo tempo com singelas palavras ditas no momento certo.

O filme mostra três diferentes mulheres extraordinárias no Mississipi durante os anos 60 que constroem uma improvável amizade devido a um projeto literário secreto que abala as regras da sociedade, colocando-as em perigo. De sua improvável aliança surge uma incrível irmandade, criando em todas elas a coragem para transcender os limites que as definem e a conscientização de que às vezes esses limites existem para serem ultrapassados, mesmo que isso signifique fazer com que todas as pessoas da cidade encarem os novos tempos. Intensa, cheia de pungência, humor e esperança, "Histórias Cruzadas" é uma história eterna e universal sobre a capacidade de criar mudanças.

É um roteiro forte, mas muito bem executado, de forma que o filme ficasse levíssimo e agradável de assistir mesmo sendo bem longo(137 minutos). A única coisa que mudaria na minha opinião é que o diretor poderia ter dado mais closes nas expressões das atrizes para que emocionasse mais em alguns momentos, mas mesmo usando do básico com a câmera aberta e parada ele conseguiu eximir um trabalho forte e dramático.

Como falei no início é um filme de atuação, ou seja os prêmios que vem saindo pro elenco são mais do que merecidos. Viola Davis e Octavia Spencer conseguem fazer duas empregadas que sofrem ao extremo com seus "amos", e a forma que elas mostram seu sofrimento com tudo que passam é de um sentimento que raramente se vê no cinema. Jessica Chastain mostra o porque foi indicada por esse filme e não pelo "Árvore da Vida" como muitos queriam, já que aqui sim ela atua e muito sofrendo praticamente do mesmo que os negros da cidade. E embora seja "apenas" a escritora renegada na história, Emma Stone também agrada com o que mostra em cena, embora pudesse ser mais bem aproveitada na minha opinião.

A arte sessentista é vista de forma interessante pela escolha do diretor de arte, usando sempre de vestidos floridos e uma cenografia "tropical", nem aparenta ser os EUA da época, mas agrada o visual e é visto bastante das referências ditas em alguns livros. A fotografia optaram por não envelhecer a película e com planos tradicionais está de forma bem leve e agradável.

Com uma trilha suave feita na medida, o filme vai andando sem cansar e acredito que vá agradar a todos com certeza que assistir.

Gostei bastante do filme, e assim como "Discurso do Rei" foi um filme de elenco que ganhou ano passado o Oscar, ainda sem ver alguns, minhas fichas do Oscar irei apostar nesse filme. Recomendo com certeza pra todos que gostam de um drama bem estruturado sem muitos enigmas para resolver apenas acompanhar e deleitar. Fico por aqui, mas amanhã tem mais. Abraços.


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Viagem 2: A Ilha Misteriosa em 3D

2/06/2012 01:37:00 AM |

Se você gosta de um filme de aventura, onde é possível ver bobagens que até não convinham para o longa, mas possui um contém um dos cenários mais belos dos últimos tempos no cinema, com certeza você não pode perder "Viagem 2: A Ilha Misteriosa". O longa que é a continuação do filme de 2008, tenta mostrar uma nova versão do livro de Julio Verne, e mesmo o anterior tendo sido o pai do 3D na atualidade nos cinemas, na minha opinião este pode ser considerado o com melhor visual e sem dúvida ter sido filmado em 3D aliado a computação gráfica, o longa passa a estar entre o que a fotografia visual mais se aproxima de um "Avatar" pela beleza, mesmo que os movimentos pessoas/computação ainda estejam longe do padrão desse citado.

Como sequência do sucesso "Viagem ao Centro da Terra", de 2008, o filme nos mostra que a nova viagem começa quando Sean capta uma mensagem codificada vinda de uma ilha misteriosa localizada em um ponto onde não deveria haver nada. Um lugar com formas de vida estranhas, montanhas de ouro, vulcões mortais e diversos segredos surpreendentes. Sem conseguir impedi-lo de ir, o novo padrasto de Sean parte com ele na viagem. Junto ao piloto do helicóptero e de sua linda e determinada filha, eles partem em busca da ilha para resgatar seu único habitante e escapar antes que ondas sísmicas levem a ilha para o fundo do oceano, enterrando seus tesouros para sempre.

Como todos sabem, pois já devem ter lido ao menos um trecho dos livros de Julio Verne, seja nos livros do colégio, ou seja os próprios livros do autor que é o escritor que teve a sua obra mais traduzida em toda a história, já irá assistir o filme sabendo o que vai ver algo místico e completamente fictício, então não espere ir e ver algo real, tudo bem que não precisariam apelar pro The Rock balançando os peitos, mas eliminando isso o filme é fantástico, como li apenas trechos a muito tempo não vou saber se chegaram perto da fidelidade do livro, mas falando como cinema está de um agrado bem interessante de se assistir, leve para toda a família.

A questão das atuações, Josh Hutcherson melhorou bem comparado ao filme anterior, mas ainda não consegue mostrar sua empolgação em ser um verniano e acaba até sendo bem superficial em vários momentos. Vanessa Hudgens até tenta querer fazer uma boa interpretação, mas é tão jogada literalmente no ar que some no filme. Quanto a Dwayne "The Rock" Johnson, ainda estou me perguntando o que ele anda aprontando para querer tanto cair em filmes os quais não fazem seu perfil de atuação, será que a síndrome de Nicolas Cage vem abarrotando outros atores por aí? Mas até que ele se encaixou bem no enredo e tirando a maldita piada dos peitos balançantes daria uma nota 7 pra ele. Michael Caine e Luis Guzmán ficam no básico e até estão bacanas, claro sempre eliminando as piadas feitas.

Como já falei no primeiro parágrafo, o visual da fotografia e da arte escolhidas são de um primor imenso, a ilha poderia ser descrita como além de misteriosa para algo como maravilhosa, e os olhos saltam para tanto verde e demais cores que sempre contrastam com o verde, fazendo a magia da aventura quase que aflorar da mente de quem está lendo o livro e imaginando o cenário. O filme em si já vale o ingresso por todo o visual mostrado.

Com trilhas empolgantes de Andrew Lockington no melhor estilo aventuresco de ser, o filme segue a mesma linha do anterior e tem o ritmo bem marcado pelas canções e agrada inclusive com a versão cantada por Dwayne de "What a Wonderful World".

O 3D poderia estar melhor se dessem mais encaixes visuais, mas em momento algum o público que não tiver um olhar apurado conseguirá notar defeitos claros como estavam em "Fúria de Titãs", principalmente por este ter sido filmado com a tecnologia e o outro ter sido convertido. Recomendo muito ver com a tecnologia, pois tem todos os elementos necessários para agradar quem paga mais por um filme 3D, uma boa profundidade e muitas coisas saindo para fora da tela.

Enfim, se você quer se divertir com uma boa aventura está mais do que recomendado esse filme, agora se você faz a linha de procurar defeito em todos os filmes vai achar um monte. Eu sigo do seguinte raciocínio, se estou pagando por algo que ele me faça feliz ou mostre algo muito bom, então o filme cumpriu a missão dele. Ah e mais um atrativo para quem for conferir o longa no cinema, tem mais um novo curta da Warner antes de iniciar o filme, e cada dia deixa com mais gostinho de que um novo longa do Looney Tunes está por vir. Encerro por aqui nessa madrugada, mas essa semana ainda tem mais um filme por aqui, então até mais.


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A Condenação

2/04/2012 05:20:00 PM |

Alguns filmes você vê passar o trailer em alguma sessão do cinema, fala nossa gostaria de ver esse, mas passam meses e nem sinal de ser lançado em sua cidade, isso se chama alta competência das distribuidoras em sub-julgar o que vai ou não vender. Claro uma cópia de um filme é caríssima e nem todas tem esse poder de fazer 2000 cópias que é mais ou menos a quantidade de salas do Brasil, mas fazer meia dúzia somente porque o filme acabou não sendo indicado ao Oscar mesmo sendo altamente premiado em alguns festivais, e esquecer que existem outras cidades além de capitais é subestimar demais o interior. Pronto passado o momento revolta com as distribuidoras, vamos falar do filme "A Condenação", que devido à todos esses problemas que citei acima foi lançado nos EUA em 2010, teve algumas lembranças pro Oscar do ano passado, mas como não acabou sendo indicado foi lançado no Brasil em Outubro de 2011, e aparece aqui no interior agora em Fevereiro de 2012 através do pessoal do Cinecult. O filme é bem interessante e intrigante principalmente por ser baseado em uma história real. É envolvente e acredito que o pessoal que fez Direito, e até pessoas que desistam facilmente das coisas, tenham algumas lições de persistência com o filme.

Baseado em uma história real, o filme conta a história de Betty Anne Walters, uma garçonete mãe de dois filhos, que decide voltar a estudar Direito para defender seu irmão Kenny. Condenado injustamente por homicídio culposo e sem chances de apelação, ela decide representá-lo e luta incansavelmente para provar sua inocência, abrindo mão de toda a sua vida para defender-lo.

A história é bem contada e por ser mostrada de forma um pouco alinear, como a maquiagem de transformação de Hilary Swank não ficou tão bem feita, ao contrário de Sam Rockwell, pode confundir um pouco no início até que nos situemos bem com as datas e onde estamos na história. Mas passado esse período inicial que conta um pouco do passado dos dois irmãos Waters e como Kenny foi parar atrás das grades, o que temos é um tradicional filme de tribunais, mas mostrando mais o lado de fora na busca incessante de provas e de como se defender, que uma irmã acaba tirando parte de sua vida para conseguir tirar o irmão da prisão.

As atuações de todos está bem interessante e a forma que interpretam conseguem nos prender de tal forma que ao final já estamos torcendo pela protagonista, e como já falei outras vezes, isso faz provar que um filme é bom em questões de elenco. Hilary Swank, Sam Rockwell e Minnie Driver detonam em frente as câmeras e faz em muitos momentos a emoção frente à um filme sério prevalecer e puxar algumas lágrimas. Só tenho uma reclamação frente a Hilary, que ela precisa mudar suas expressões da sofrida Menina de Ouro, pois já passado 7 anos ainda as expressões de tristeza e felicidade que faz sempre caem iguais.

A cenografia e fotografia escolhidas ficaram bem tradicionais, pois sendo algo embasado em um fato real, nem pode ser inventado muita coisa, então o que se vê são tribunais, casas e um curso de direito tão comum quando o que estamos acostumados a ver, sem planos exagerados e preferindo sempre manter a simplicidade para não fazer feio.

Com uma trilha puxada pro melancólico, claro para ajudar a emocionar, o filme não erra, mas poderia economizar para não cair em alguns momentos no famoso dramalhão mexicano, mas tirando esses momentos agrada bastante.

Enfim, gostei bastante do filme, com certeza já deve estar para ser lançado nas locadoras, então aluguem e assistam com certeza, pois vale muito a pena, tem todo o ar de filme a ser exibido no Supercine daqui alguns anos, então irei conferir novamente. Encerro aqui hoje, mas ainda tem mais filmes nessa semana, então até mais pessoal, abraços.


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Filha do Mal

2/04/2012 01:03:00 AM |

Contando até 10, vamos lá... Esse é o tempo que estou esperando para a crítica especializada cair matando falando mal de um bom filme, simplesmente por não ter dado a chance de verem antes de qualquer mortal em suas sessões exclusivas para a imprensa. Não sou contra a prática, muito pelo contrário, nas que fui gostei muito da experiência, mas usarem isso de pretexto para ficarem nervosinhos e falarem mal de "Filha do Mal", o qual gostei bastante e vale muito ser conferido não vai me convencer. O filme usa o mesmo formato do sucesso "Atividade Paranormal", entre outros que poderia citar de fazer um fake-documentário para retratar possessões demoníacas, e com isso gastar quase nada de orçamento, pois pode abusar de sujeiras e câmeras simples, e ganhar por enquanto 52 vezes seu orçamento, claro pelo boca-a-boca comum nesses estilos de filmes, e na sua abertura nos EUA despontou blockbusters tais como Sherlock Holmes e Missão Impossível.

O filme nos mostra a história de uma mulher que foi convencida de que a mãe matou três pessoas após enlouquecer. Quando descobre que os assassinatos eram parte de um ritual exorcista, ela parte com uma equipe para filmar um documentário.

O mais interessante do filme, além de sua premissa é a forma que o diretor soube usar para prender a atenção do público, pois diferentemente de seus semelhantes do gênero que sempre fazem o público rir nas tensões e ficarem fazendo piadinhas, nesse filme a platéia que estava em alto coro, ficou muda até a última cena no qual se ouviu um sonoro AH! E com isso talvez, porque não, amarrar uma continuação ou apenas deixar um ótimo fechamento para o longa sem precisar deixar explicações explícitas, apenas exigindo que o espectador tenha prestado atenção aos textos ditos no início da projeção e na cena em que Isabella assiste uma aula do curso de exorcismo.

Falando em Isabella, a brasileira radicada nos EUA desde a infância, Fernanda Andrade mostra que tem uma boa percepção para as câmeras em seu primeiro longa, ao se mostrar sempre com uma boa interpretação, claro que por ser um formato documental a câmera ajuda não sendo extremamente necessário altas facetas, mas com o sucesso do filme nos EUA deve arrancar logo mais vários papéis por lá.  Simon Quarterman, que também é um desconhecido nas telas dos cinemas também agrada como um padre exorcista. Todos enfim agradam e vai ficar até chato e repetitivo falar de cada um, pois como é um filme de baixo orçamento é tradicional todos serem desconhecidos das telas.

Falar de fotografia e arte em filmes desse gênero é algo complexo, pois como já é de praxe usam imagens de "câmeras de segurança", , lugares destruídos e bagunçados. E avaliando dessa forma, o longa cumpre o que promete e embora seja bem econômico tem até uma cenografia interessante. A única coisa que ainda não estou convencido é o aparato técnico usado e explicado para se utilizar em exorcismos, misturar a medicina no meio foram um pouquinho longe demais pro meu gosto, tudo está bem explicado no longa nesse quesito, mas achei forçar a barra um pouco demais.

Sem trilhas, o longa se mantém apenas na tensão do silêncio e nos ruídos e gritos que nos pegam de surpresa, alguns apenas pois o filme não fica preso nisso diferentemente dos seus similares. Com isso a trama fica bem envolvente e não se perde em coisas que pudessem tirar a atenção do espectador.

Enfim, é um filme bem bacana, que alguns irão ficar bravos com o fechamento escolhido pelo diretor William Brent Bell, mas na minha opinião gostei bastante da forma escolhida. Muitos vão preferir ver ele em casa, ao sair nas locadoras, mas vejam sim, pois é bem legal e comparado com as mini-produções orçamentárias é algo que souberam aproveitar bem sem ser necessário ficar no mesmo ambiente o filme inteiro. Fico por aqui hoje, mas amanhã tem mais. Abraços.


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