Amazon Prime Video - A Sala dos Professores (Das Lehrerzimmer) (The Teachers's Lounge)

4/23/2024 01:18:00 AM |

Sempre que converso com amigos professores falo o quão malucos eles são, pois a maioria dos pais transfere responsabilidades deles para o professor, fora que qualquer coisa que façam fora das normas possíveis e imaginárias acabam sofrendo sanções, e na maioria das vezes mesmo estando certos de algo, irão contra ele se o aluno ou o pai falar que ele está errado, ou seja, tem de ser muito doido para suportar toda a pressão e não surtar a médio-longo prazo. Dito isso, se você for professor, minha recomendação é não ver o incrível longa alemão que concorreu ao Oscar 2024, "A Sala dos Professores", que entrou essa semana para locação na Amazon Prime Video (e logo mais deve estar livre para todos), pois a trama vai lhe entregar muitos gatilhos ao invés de algo que seja proveitoso como filme, já do contrário é mais do que recomendado, principalmente se você for pai de alguma criança, para ver que não é na escola que seu filho vai aprender algumas lições importantes sobre a vida, pois lá o professor está para dar conhecimento técnico que ele usará na vida, e não lições de vida que deve aprender em casa. Desabafado a minha opinião sobre as crianças e pais do mundo atual, diria que o longa é intenso demais, mostrando o famoso fator vítima sendo cancelada ao invés de ajudada, mas com duas brilhantes atuações dentro de um roteiro denso e forte, que acabam fazendo um filme que facilmente seria bem simples, virar algo gigantesco, tenso e marcante de se ver, ou seja, mostrou impacto visual em cenas densas, fortes e que facilmente poderá ser usado até mais do que apenas uma sessão de cinema, mas uma grande discussão sobre os rumos da escola moderna para pais e professores.

No filme, vemos que Carla Nowak é uma professora de matemática e recém-chegada à escola em que trabalha atualmente. Assim que ela chega ao local, percebe que há alguns roubos acontecendo lá. Agora, ela poderia aceitar essa situação, mas é exatamente isso que ela não quer fazer. Ela começa a investigar por conta própria e se depara com a falta de compreensão, principalmente entre seus colegas, pais e alunos. Além disso, a principal suspeita é a mãe de seu aluno Oskar.

Diria que o diretor e roteirista Ilker Çatak foi tão preciso com a dinâmica da situação que praticamente podemos falar que ele já vivenciou toda a história em algum momento de sua vida, pois ele consegue retratar a personalidade da professora mudando todos os seus trejeitos e nuances, vemos ela desde inicialmente apaixonada por sua turma até ficar desesperada e angustiada em nível máximo, do tipo que ela fez algo que todo mundo desejava fazer que era pegar o ladrão através de uma filmagem, mas tudo depois se verte contra ela de uma forma única e direta que ela parece ser a grande vilã do filme, ou seja, o diretor brincou com tantas facetas durante o seu longa que seu filme de 98 minutos parece ao mesmo tempo parecer dias vendo tudo acontecer, como também voa como se nem conseguíssemos acompanhar, e o melhor, queremos acompanhar para ver aonde tudo vai dar, pois seu principal aluno, o nerd nota 10 muda seu jeito com ela de tal forma a incomodar ao invés de ajudar. Ou seja, o trabalho do diretor foi muito além do que ele certamente desejava ver na tela, e com a ajuda dos dois protagonistas conseguiu sair de um plano de filme escolar comum para um drama de primeira linha indicado aos prêmios em quase todos os festivais que passou, como obra perfeita.

E já que comecei a falar das atuações, Leonie Benesch fez de sua Carla Nowak um retrato claro de como qualquer pessoa idônea iria agir frente a tudo o que rola em seu serviço, conseguindo trabalhar trejeitos fortes com uma expressividade tão leve bem colocada, que não vai ter uma pessoa que não entre na mesma sintonia que ela, encontrando nuances, desenvolvendo cada situação, e claro ficando com raiva dela defendendo o aluno, ou seja, a atriz foi perfeita do começo ao fim. Outro que foi perfeito foi o jovem Leonard Stettnisch com seu Oskar, de tal forma que o jovem conseguiu entregar tanta personalidade para um aluno comum, inteligente e bem colocado em sala de aula, mas que vai mudando tanto as nuances faciais, os gestos e desenvolturas conforme vê que não vai sair ileso, e claro defendendo também sua mãe, que tudo chega a explodir em seus atos, e o final então, perfeito, ou seja, tem futuro como ator, já que essa foi sua estreia nas telonas. Ainda tivemos outros bons personagens e interações com os protagonistas, alguns mais revoltantes que outros, mas claro que o destaque mesmo ficou para Eva Löbau como a mãe do garoto e secretária da escola, com uma personalidade explosiva e bem marcante em seus atos.

Visualmente a trama se passa inteiramente dentro da escola, seja na sala de aula dos jovens da sétima série aonde vemos todas as interações da professora com seus alunos, na sala dos professores aonde a bomba explode realmente com a filmagem, na sala da direção e em alguns momentos na quadra durante a aula de educação física, tudo bem representativo para as devidas associações, e mostrando que a equipe de arte não economizou em cada detalhe que pudesse tirar o foco dali, então cada elemento está sutilmente bem colocado na tela, e funciona.

Enfim, é daqueles dramas misturados com suspense que conseguem prender a atenção completa do espectador, aonde mesmo que você não seja um aficionado por filmes do estilo acabará assistindo do começo ao fim e querendo ver mais, sendo intenso e bem trabalhado, e claro valendo a recomendação. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.

PS: Só não dei a nota máxima para o filme por querer um final mais desenvolvido, tipo um fechamento realmente do caso, mas ainda assim gostei bastante da forma finalizada, então daria um 9,5 fácil.


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Guadalupe, Mãe da Humanidade (Guadalupe: Madre de la Humanidad) (Guadalupe: Mother of Humanity)

4/22/2024 01:04:00 AM |

Acho que já posso até falar longas religiosos como sendo uma classificação de filmes, pois ultimamente tem lançado tantas obras desse estilo (felizmente, tendo claro público para conferir e dar bilheteria) que os subgêneros drama, documentário, ação têm sido apenas conexões e formas de desenvolvimento para as tramas, e isso é bacana de ver, pois há muito tempo lembro de ter falado na faculdade sobre estilos que eram pouco aproveitados para gerar bilheteria, e um que citamos foi o religioso, afinal mundo afora a maioria das pessoas possuem fés variadas, e claro religiões variadas, então primeiro a comunidade evangélica estourou suas obras, depois vieram os espíritas e agora os longas cristãos estão em alta, chegando no país através da Kolbe Arte que tem feito um belo trabalho de divulgação e conseguindo boas produções na telona. E o lançamento de maio, mês das mães não poderia ser diferente, já que chegam com "Guadalupe, Mãe da Humanidade", um documentário simples, porém bonito de se ver, mostrando a fé de vários devotos que tiveram seus pedidos realizados pela santa ao redor do mundo, algumas festividades na basílica e também uma dramatização cenográfica de como teria sido a aparição dela para um indígena mexicano que acabou tendo sua imagem impregnada em sua tilda. Ou seja, uma obra completa do estilo, que vai agradar quem tem fé na santa e também religiosos do país para ver uma trama de seu gosto pessoal.

A sinopse nos conta que nunca nenhuma mãe se mostrou tão terna e tão poderosa ao mesmo tempo como aquela que apareceu há 500 anos ao índio Juan Diego. Hoje, mais do que nunca, Nossa Senhora de Guadalupe mostra a sua ternura e o seu poder em tantos lugares do mundo. Por que e como aconteceu o aparentemente impossível? Que mistérios guarda a Tilma? Serão verdadeiras tantas histórias de milagres? Este filme leva-nos às aparições como se estivéssemos lá. Testemunhos impactantes e inéditos fazem dele um canto luminoso e ágil, que busca a verdade e descobre o amor irresistível daquela que é a Mãe de Deus e da Humanidade, derretendo corações em lágrimas e transformando o mundo a partir de dentro.

Diria que o diretor e roteirista Andrés Garrigó foi bem preciso na pesquisa para conseguir bons depoimentos, boas exemplificações dos períodos festivos na cidade e no mundo todo aonde a santa tem devotos, e até uma encenação bonita e bem trabalhada da aparição, de tal forma que ele fez o famoso elo completo de uma trama do estilo, e principalmente na montagem para que o filme não ficasse cansativo. Claro que é uma obra feita para um público bem específico, e não será com ela que alguém irá virar devoto da santa, mas é bem representada na tela e tem um bom envolvimento durante toda a exibição, o que certamente irá fazer com que muitos se emocionem e se conectem com toda a entrega, e assim é que deve ser algo do estilo.

Enfim, não tenho muito do que falar em documentários, afinal os depoimentos falam pelo filme bem mais do que a minha pessoa, e posso dizer que conseguiram ser comoventes, bem trabalhados e com emoções bem mostradas, aonde o contexto inteiro traz bem as curas e reações dos entrevistados, e a parte cenográfica ficou simples, porém bem feita de se ver, de forma que talvez se tivessem focado um pouco mais nessa amplitude histórica da catequização dos indígenas mexicanos, talvez o filme ficasse mais amplo, mas aí sairia do eixo religioso. Então recomendo o longa para todos os cristãos devotos da santa conferirem as pré-estreias já a partir do dia 29/04, e a estreia a partir do dia 02/05 em todos os cinemas do país, e eu fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da Kolbe Arte que enviou a cabine de imprensa, volto amanhã com mais dicas de filmes, então abraços e até breve.


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Plano 75 (Plan 75)

4/21/2024 07:45:00 PM |

É interessante como o Japão consegue fazer tramas envolvendo a morte com uma leveza tão marcante que nem precisam forçar para o lado emocional e/ou trazer dramas direcionados para que o público se revolte com algo mostrado, e isso ocorre tanto em longas tradicionais como também em animações, o que mostra que gostam do tema e sabem fazer bem a entrega dele na tela. Dito isso, o longa "Plano 75", que disputou uma vaga ao Oscar de 2023 pelo Japão, e chega no próximo dia 25/04 aos cinemas nacionais, entrega algo meio futurista (ou não) de uma empresa que conta com o apoio do governo e paga um certo valor para erradicar o etarismo no país, aonde as pessoas com mais de 75 anos recebem esse valor para se preparem para se desligar quando sentirem vontade. Ou seja, é daqueles filmes com um bom envolvimento, aonde vamos conhecer alguns velhinhos que estão interessados em entrar para o programa, veremos alguns jovens que trabalham ofertando o plano seja em escritórios ou nas ruas indo nos lugares que os mais idosos frequentam, e também nos colocam a história de uma jovem filipina que vai para o Japão trabalhar com idosos, mas ao ver que não consegue ganhar dinheiro suficiente com isso acaba entrando também para o programa separando objetos deixados pelos velhinhos para poder pagar a cirurgia de sua filha. Diria que o longa poderia ter apertado um pouco mais a emoção do público com todas as histórias, mas que funciona bem na tela, e assim faz valer a conferida nas telas do cinema.

A sinopse nos conta que em um Japão distópico, o programa governamental Plano 75 incentiva os idosos a serem voluntariamente sacrificados como solução para lidar com o envelhecimento da sociedade. Neste contexto, uma senhora idosa cujos meios de sobrevivência estão desaparecendo, um vendedor do Plano 75 pragmático e uma jovem trabalhadora filipina precisam enfrentar escolhas entre a vida e a morte.

O longa nasceu como um curta-metragem que fez parte de uma coletânea de curtas que imaginam o Japão daqui há 10 anos, mas como viram algo com um potencial bem grande de ser desenvolvido, a diretora e roteirista Chie Hayakawa acabou sendo convidada para transformar seu curta em seu primeiro longa metragem, e mostrou aptidão para a coisa, pois o filme é redondinho, com histórias bem trabalhadas e conectadas, que se desenvolvem sozinhas mas se cruzam em determinado momento, que traz de um modo simples até que uma ideia não tão ruim, afinal muitos idosos que as famílias já não cuidam, que vivem sozinhos e sem trabalho que já perderam o gosto pela vida vão poder morrer tranquilamente, e ainda poder dar uma última curtida com 100mil ienes (aproximadamente 3300 reais) ou se preferir fazer um enterro mais elaborado. Ou seja, com uma ideia de morte consciente a trama traz um vértice polêmico, mas que acabou sendo dirigido com astúcia e envolvimento aonde vemos as histórias se desenrolarem bem, e passando a mensagem para a tela, que claro poderia ter um pouco mais de emoção na síntese, mas que de uma forma simples para um primeiro trabalho em longas acabou sendo efetivo.

Quanto das atuações, diria que Chieko Baishô teve muita segurança na personalidade de sua Michi, transparecendo que desejava ainda trabalhar muito, e claro morar em algum lugar que não fosse ser demolido, sendo fiel às amigas, e tendo um bom carisma para conquistar até a atendente do plano funerário, conseguindo transparecer emoções e envolvendo bem na medida certa. Hayato Isomura trouxe para seu Hiromu algo muito comum de vermos acontecer em pessoas que vendem coisas não muito boas para as pessoas, que se dão ao máximo para bater metas, mas quando se veem frente a frente com algum parente tentam salvar a pessoa daquilo, e o jovem trabalhou trejeitos bem marcantes que funcionaram na tela. E ainda tivemos Stefanie Ariane bem colocada com sua Maria, procurando muitos empregos para conseguir pagar a cirurgia da filha, mas que quando se vê separando coisas que vão para o lixo dos mortos se depara com a consciência do que fazer com aquilo, trabalhando também olhares e sensações para seus atos. Quanto aos demais, a maioria deu conexões para os protagonistas e se envolveram pouco na tela, valendo mesmo o destaque para Taka Takao como o tio de Hiromu e Yumi Kawai que fez a atendente de telefone que cuidava de Michi e acabou saindo para um dia feliz com a senhorinha.

Visualmente a trama trabalhou alguns ambientes de um certo modo meio que mórbido, não tendo grandes desenvolturas, mostrando o pequeno apartamento da senhorinha, o seu serviço em um hotel, uma casa de karaokê, a empresa do plano com vários atendentes bem no estilo de um banco, um culto religioso, um estilo de hospital aonde usando um tipo de gás as pessoas se vão, uma sala de separação de pertences e um bom pôr do sol, mas sem grandes floreios, o que mostra um orçamento enxuto, mas bem utilizado na tela.

Enfim, é um longa simples, porém bem feito, que tem uma proposta até que ousada de algo que possivelmente aconteça daqui alguns anos, mas que talvez se a diretora colocasse um pouco mais de sentimento emocional na tela, o resultado acabaria tomando algum rumo mais forte, mas como disse é algo que funciona, e assim acaba valendo a recomendação de conferida nos cinemas à partir do dia 25/04. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, agradecendo claro o pessoal da SATO Company pela cabine de imprensa, e volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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Netflix - Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes (Rebel Moon - Part Two: The Scargiver)

4/21/2024 02:44:00 AM |

Desde que foi lançado no final do ano passado "Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo" na Netflix, eu já tinha dito que seria o "Star Wars" da Netflix com uma tonelada e meia de filmes, alguns com continuações desnecessárias, outros bem imponentes trabalhando temas modernos encapsulados dentro de ideias fictícias, e isso não é algo ruim, só é algo que muitos não gostam de ficar esperando continuações. Ou seja, é daqueles longas que entregam drama, ação, aventura e tudo misturado, que acabam empolgando pela entrega completa, mas que ainda teremos muita coisa para rolar e fechar o ciclo, sendo claro que "Rebel Moon - Parte 3: A Marcadora de Cicatrizes" trabalha bem mais o estilo do diretor, com cenas de lutas em câmera lenta, ainda mais explosões de coisas para todos os lados, e personagens que acabamos criando vínculos que funcionariam sozinhos, mas que em grupo acabam sendo mais legais. Sendo assim, o que posso dizer é que assim como seu antecessor é um tremendo filmão, e que juntando as duas partes temos uma primeira etapa vencida, agora é ver como ele desenvolverá as outras 4 ou 6 produções que pretende seguir em cima da franquia, mas ao menos não me decepcionei com o que vi hoje.

A trama é uma ficção científica épica que se inicia em uma colônia pacífica situada nos confins do universo. Porém, quando o tirano Regente Balisarius passa a ser uma ameaça, a jovem Kora, ao lado dos guerreiros sobreviventes, se dispõe a sacrificar o que for preciso para se defender. Com o Reino comprometido em aniquilar os rebeldes a qualquer custo, laços são formados, heróis emergem e lendas nascem. Às vésperas da batalha, cada um deles precisa encarar as verdades sobre o próprio passado e os motivos que os levaram a lutar. Apesar de pessoas bem diferentes entre si, todos os soldados possuem algo em comum: o desejo de vingança.

Diria que não sou um fã completo da filmografia de Zack Snyder, mas sei reconhecer que dentre os malucos que gostam de fazer épicos de ação, ele sabe o que faz, pois não entrega algo com poucos recursos de forma alguma, tendo tudo em suas mãos para que uma produção simples fique gigantesca, com efeitos para todos os lados, muitas explosões, e personagens que vão impor na tela suas histórias, e aqui é justamente isso o que acaba acontecendo um pouco em excesso, já que ele quis trabalhar as histórias de todos os seis guerreiros que sobreviveram ao primeiro filme, e com isso ele acabou gastando muito tempo de tela para algo que o público nem queria tanto ver, de tal forma que poderia ou ter reduzido o filme ou colocado mais cenas das lutas finais, que aí sim você irá ficar empolgado, pois é uma guerra de primeiríssima linha, no melhor estilo que ele sabe fazer, enchendo os olhos com imagens em câmeras lentas e muita disposição de todos os personagens, sejam eles principais ou meros figurantes cênicos. Ou seja, ele sabe assinar seu nome em suas produções, e quem for conferir esperando qualquer outra coisa irá se decepcionar, mas ainda acredito que dava para juntar os dois filmes e fazer algo de uns 180 minutos bem colocados ao invés de 255 como acabou ficando.

Quanto das atuações, continuo achando que a personalidade de Kora combinou bem com Sofia Boutella, porém aqui a trama focou bem mais nos demais do que nela, deixando a protagonista meio que apenas se preparando para o destaque nos atos finais, o que acaba sendo algo meio sem muita coerência, mas quando botou pra jogo não decepcionou e acabou fazendo tudo o que precisava com muita imposição. Então quem acabou tendo um protagonismo maior aqui, foi Djimon Hounson com seu Titus, praticamente preparando toda a batalha, criando os atos e desenvolvimentos da vila, e até conseguindo ter atos com uma boa dose de emoção, o que acabou chamando ainda mais o foco para si. Ed Skrein continuou fazendo seus trejeitos malucos para com seu Noble, e sendo imponente em todos os atos que aparece, marcando bem o território como um bom vilão deve ser. Ainda tivemos alguns atos emocionais bem colocados em Michiel Huisman com seu Gunnar apaixonado e Bae Doona ainda mais entregue com sua Nemesis, porém novamente deixaram Anthony Hopkins bem em segundo plano com seu Jimmy, o que é uma pena, pois o personagem tem tudo para ser muito mais do que apenas um narrador, então veremos o que vai rolar mais para frente.

Se no primeiro filme a equipe de arte gastou muito com algo quase como um "road-movie" interplanetário, com vários tipos de cultivos, culturas e tudo mais, aqui o foco ficou mesmo só na vila, mostrando algumas comemorações, muito da colheita dos grãos, e claro algumas boas batalhas em chão com grandes tanques de tiros, muitos soldados, e toda uma preparação de guerra imponente e marcante, e além disso tivemos alguns atos no encouraçado gigantesco, aonde vimos um pouco mais de seu funcionamento e algumas boas lutas dentro de seus corredores, mostrando que a equipe de arte computacional mandou muito bem em tudo, afinal é fácil saber que pouquíssima coisa foi criada nos ambientes entregues.

Enfim, não é a obra mais perfeita do diretor que já vi, e como falei no começo dava para cortar alguns atos de ambas as partes para que o filme ficasse mais conciso e direto e/ou trabalhar mais outras situações e personagens, mas como o próprio diretor falou que ainda fará muito nesse universo cinematográfico, então veremos o que virá nos próximos capítulos, mas uma coisa já sabemos, como toda produção grandiosa, irá demorar para aparecer. E é isso pessoal, fica aqui minha recomendação para quem gosta de uma boa ação de aventura épica, mas que não ligue para exageros cênicos, e eu fico por aqui hoje, voltando amanhã com mais boas dicas, então abraços e até lá.


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Clube Zero (Club Zero)

4/20/2024 06:20:00 PM |

Costumo dizer que nada que é o extremo de algo é bom, e confesso que vendo o longa "Clube Zero", que traz a proposta de uma professora de nutrição que induz seus alunos à comerem menos ou nada de forma consciente, acabou me dando mais fome do que raiva da professora, de tal forma que o estilo do longa é funcional de ver na tela, mas os argumentos da professora não me parecem algo tão convincente para os jovens alunos, sendo um grupo influenciável e bobo demais de cair em uma ideia assim e mudar completamente sua vida. Ou seja, a trama tem uma pegada, mas não passa uma verdade na crença de alguém que se convenceria facilmente pela proposta passada, sendo artificial as entregas cênicas de cada um. Claro ao final do filme nos é mostrado que nenhum ator ficou como no final do longa, e no começo também é dado o aviso de que a trama poderia trazer alguns gatilhos para quem assistisse, mas não consegui ver algo que criasse gatilhos, pois ficou uma trama que parece não ser fácil de penetrar na ideia do público, e isso é algo que pesa muito na tela.

A sinopse nos conta que Miss Novak é uma professora que consegue um emprego em uma escola de elite e forma um forte vínculo com os alunos. Ela introduz uma aula de nutrição baseada num conceito inovador. Esta mudança conduz a uma revolução nos hábitos alimentares da escola. Mas, com o passar do tempo, a influência que Miss Novak exerce sobre certos alunos eventualmente toma um rumo perigoso.

Diria que a roteirista e diretora Jessica Hausner trouxe para sua obra uma pegada intimista demais, pois o convencimento de uma dieta é algo que determinadas seitas e grupos até entram em transe para aceitar e acreditar que aquilo é bom para a pessoa, mas o convencer visualmente o público que não está na mesma onda é algo um pouco mais complexo, pois ficamos meio que inertes à entrega dos personagens, e quando vemos não conseguimos conectar todas as reações, sendo algo que a todo momento você se pergunta como todos os alunos acabaram crendo tanto na ideia da dieta, como um grupo tão pequeno acabou sendo influenciado tão facilmente, e até como os pais ali permitiram isso tudo acontecendo. Ou seja, ficam mais dúvidas do que atos críveis para que a trama funcionasse, e assim sendo não atinge como deveria funcionar, ficando abstrato demais até mesmo para uma ficção.

Quanto das atuações, Mia Wasikowska tem muita personalidade e sabemos disso pelos muitos filmes que já fez e não pelo que entregou aqui, pois sua Miss Novak é meio que sem sal nem açúcar, não trabalha tanto os olhares, mas sempre bem centrada até consegue passar uma pessoa de algum tipo de seita que quer penetrar sua intenção em mais pessoas, mas a todo momento fica aérea demais, e isso acabou não dando as nuances que sua personagem deveria ter. Quanto dos alunos, o foco maior ficou em cima de Luke Barker como o dançarino Fred, que acaba tendo uma conexão até que maior pela professora, e Florence Baker com sua Ragna que já praticava a bulimia para suas competições de trampolim, porém ambos entregaram jovens apáticos demais para nos convencer na tela, e isso acaba pesando bastante para o resultado do filme, e por outro lado tivemos o jovem Samuel D Anderson com seu Ben que comia aos montes e acaba convencido mais pelos amigos do que pela professora em si, e ficou meio que estranho de não ir muito além disso. Quanto aos pais e outros professores, diria que todos não se entregaram muito dentro da trama, tendo apenas o destaque para Amanda Lawrence como a mãe de Ben que por gostar de cozinhar para o filho acaba ficando inicialmente deprimida pôr o garoto não estar mais comendo o que faz.

Visualmente tivemos uma escola para alunos extremamente ricos, e talvez nesse contexto a ideia encaixou um pouco melhor, já que muitos não tem grandes influências parentais e acabam se convencendo de qualquer coisa para chamar atenção, tendo toda a ideia dos uniformes verdes, para um mundo verde melhor para todos, comidas de ricos com pequenas doses, e salas quase que de reuniões ao invés de aula mesmo, sendo tudo levemente artificial na ideia que a equipe de arte quis mostrar.

Enfim, é um filme que alguns vão entrar melhor no clima, mas que mostra que toda seita é perigosa, e algumas dietas também, então não devemos acreditar muito em alguns milagres e nutricionistas malucos, para ter uma vida melhor, e como aparece durante os créditos, se conhecer alguém com problemas alimentares é melhor indicar um médico para ajudar a pessoa. Como filme então diria que recomendo ele com mais ressalvas do que com alegrias, mas não chega a ser algo ruim para não recomendar, então fica a dica para a estreia dele na próxima quinta dia 25/04, e eu fico por aqui agradecendo o pessoal da Pandora Filmes pela cabine de imprensa, então abraços e até logo mais.


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Abigail

4/20/2024 02:50:00 AM |

Costumo dizer que o terror é um dos gêneros que mais permitem coisas estranhas, pois o diretor pode fazer cenas nojentas sem que os fãs reclamem, pode colocar personagens bobos e sem noção alguma, podem inventar coisas irreais, e tudo mais que acaba funcionando para quem gosta de ver muito sangue e tensão na telona. Dito isso, fazia tempo que não via um longa sem saber absolutamente nada dele, pois hoje com as redes sociais é difícil não pipocar algum spoiler cênico, e até mesmo os trailers acabam entregando muita coisa antecipada de uma trama, e milagrosamente fui conferir "Abigail" sem nem ter visto o pôster, apenas com os horários do longa nas mãos, e a fácil expectativa de ser melhor do que a bomba que havia assistido na sessão anterior, e agora vendo o trailer praticamente já é entregue tudo logo de cara, então vou tentar não dar spoilers, mas quem apertar o play logo abaixo já vai saber todo o rumo que as coisas pegam, sendo um exemplar mais simples de "O Homem Nas Trevas", pensando no estilo de bandidos se fod****, mas com um ser um pouquinho mais imponente e bizarro por trás da matança.

A sinopse nos conta que um peculiar grupo de criminosos aceita mais um típico trabalho. Dessa vez, a proposta é sequestrar uma bailarina de doze anos, que também é filha de um dos mais poderosos homens do submundo. Enquanto o contratante do grupo pede um resgate de 50 milhões de dólares para o pai da garota, o grupo só precisa observar a criança por uma noite em uma mansão isolada. No entanto, quando os raptores começam a desaparecer, um por um, logo descobrem da pior forma que estão trancados dentro de casa com uma garotinha nada normal.

O mais bacana é que a dupla de diretores já vem entrosada de um bom tempo com tramas de terror com algumas sacadas cômicas, e dessa forma puderam se esbaldar ao máximo em um longa que de cara já tem uma pegada mais trash, ou seja, Matt Bettinelli-Olpin e Tuler Gillett se jogaram nos litros e litros de sangue cenográfico e brincaram com as possibilidades do ambiente, com as personalidades dos criminosos e até mesmo na bailarina que adora dançar e brincar, de tal forma que o filme flui rápido, diverte e mostra situações bem dinâmicas e intensas que por vezes até dá alguns sustos, mas de modo geral você acaba mais rindo de alguns atos bizarros do que ficando com algum medo, e olha que o bichão é bem feio. Ou seja, passa longe de ser um trabalho que os diretores acabarão ficando famosos por ter feito ele, mas que contando com uma boa entrega cênica e tudo se passando só em uma locação bem recheada de ambientes, o resultado acaba surpreendendo.

Quanto das atuações, diria que a jovem Alisha Weir entregou tudo e mais um pouco para sua Abigail, e mesmo usando próteses faciais para os momentos mais tensos, conseguiu entregar trejeitos marcantes e chamativos, fazendo tudo com muito estilo e desenvoltura, dançando graciosamente e principalmente se divertindo em cena, ou seja, fez o pacote completo de uma vilã jovial e bem encaixada. Melissa Barrera também trabalhou sua Joey com uma presença bem intensa, sabendo ser explosiva sem sair do eixo, e criando possibilidades expressivas mesmo nas cenas mais bizarras possíveis, o que acabou sendo a mais centrada e também intensa entre os protagonistas. Dan Stevens fez de seu Frank, um personagem estiloso no começo, não se jogando muito para o que a trama previa, mas depois que começa a surtar se joga e acaba trabalhando bem solto para que seu personagem fosse importante dentro da trama. Ainda tivemos bons atos com Kevin Durand entregando um Peter como um brutamontes bobão, mas bem colocado, Giancarlo Esposito em algumas cenas simples, mas bem marcantes com seu Lambert, Angus Cloud entregando em seu último trabalho antes de morrer um Dean que parecia estar sob efeito de drogas, mas que tem alguns atos bem marcados, William Catlett até entregou com personalidade seu Rickles, mas não foi muito além, sendo então que quem se entregou realmente entre os secundários foi Kathryn Newton com sua Sammy sendo simples, mas imponente nos atos que acaba transformada e antes transtornada.

Visualmente a trama tem uma pegada bem clássica de filmes do estilo, numa mansão cheia de elementos de várias épocas antigas, rebuscada de um visual até que meio gótico, bem puxado para tons escuros de preto e marrom, contando com biblioteca, uma piscina bem nojenta, um hall aonde passam a maior parte jogando sinuca e bebendo, além claro de fugas pelos corredores e paredes, além de um quarto, um palco simples, porém bem montado, e claro toda a cena de sequestro inicial cheia de tecnologias e intensidades do estilo, mostrando que a equipe de arte se preparou bem para dois estilos de filmes e não desapontou. Fora a quantidade de sangue cenográfico que gastaram para as explosões, tendo pedaço voando até na câmera, ou seja, mandaram bem demais no estilo trash!

Enfim, é um filme que até comete algumas falhas, não é nada que você saia da sessão achando ter visto o melhor longa do gênero, mas que não desaponta dentro do estilo terror cômico, aonde você vai rir de algumas situações, se assustar com algumas aparições repentinas, e sair contente ao menos com o resultado, sendo simples, porém bem efetivo dentro da proposta que desejavam entregar, então acaba valendo a recomendação para quem curte o gênero. E é isso pessoal, consegui fazer o texto sem dar spoilers, mas quem quiser dar o play no trailer por sua conta e risco de estragar a surpresa da trama, fica a dica, do contrário vá conferir sem saber muito da trama, que acaba ficando ainda mais legal o resultado. Eu fico por aqui hoje, mas esse final de semana ainda tenho muitos longas para conferir, então abraços e até logo mais.


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Vidente Por Acidente

4/19/2024 09:09:00 PM |

Se tem algo que me irrita até mais do que filme novelesco é comédia que não me faça rir, pois você fica esperando algo ser engraçado, algo ter alguma sacada, e não acontece. Claro que a ideia de uma comédia mais madura sobre vocações e reais interesses é algo que precisaria se pensar mais, porém "Vidente Por Acidente" tenta ser maduro demais e abusa de elementos que não se impõem e/ou funcionam na tela, resultando em um filme que você fica pensando se você assistiria em um dia normal na sua vida, e a resposta é bem fácil: "Não!", mas como o vidente adivinharia se encostasse em mim, minha vocação é ser crítico, então com isso, cá estou escrevendo após ver algo que não tenho como recomendar de forma alguma.

A sinopse nos conta que aos 40 anos, o arquiteto Ulisses (Otaviano Costa) – descrente de sua carreira e inseguro de seus talentos – visita uma “coach vocacional” que promete encontrar a verdadeira vocação das pessoas. Depois de tomar um chá suspeito oferecido pela “profissional” em seu ritual maluco, Ulisses apaga e tem os seus pertences roubados. Porém, nem tudo é tragédia: misteriosamente, ele sai de lá com um poder estranho: Descobrir, com apenas um toque, a verdadeira vocação das pessoas. Será que Ulisses encontrou seu verdadeiro talento ou este novo dom só vai trazer ainda mais confusão para sua vida?

Confesso que estou realmente muito triste em saber que o diretor do longa é Rodrigo Van Der Put, pois depois de ter entregue algumas semanas atrás um longa sensacional chamado "Dois é Demais em Orlando", e agora mostrou algo tão simples, tão sem vida, que até pode mostrar conflitos vocacionais, mas acredito que ele precisa voltar para a comédia escrachada do Poeta dos Fundos ou algo família leve como fez no seu último filme, pois a comédia reflexiva é algo que só os franceses fazem bem, e ainda assim são pouquíssimas que acertam, então nem vou me alongar muito no texto, pois não vale a quantidade de palavras para algo do estilo.

Quanto das atuações, particularmente gosto do estilão de Otaviano Costa, e aqui seu Ulisses até tem alguns trejeitos bem encaixados, porém quando realmente a trama acontece com ele perdendo os poderes e buscando uma solução, que é quando o filme realmente iria fluir e ficar engraçado, a trama já acaba, enquanto o começo alongado acaba não indo além e nem sendo bom de ver, o que não mostra o potencial de atuação dele. Outra que já elogiei muito semana passada, aqui foi tão coadjuvante que dá para contar as palavras de Evelyn Castro, que até tenta ser engraçada como a esposa do protagonista, mas não vai além. Quem fez atos bem engraçados ao menos foi Macla Tenório com sua Patrícia, a assistente do vidente e arquiteto, entregando atos bem conflitivos, mas que ao menos divertem na tela e Victor Lamoglia até tenta fazer graça, mas não consegue. Ainda tivemos outras atuações/participações, mas sem grandes anseios cênicos com Jamilly Mariano como a filha do protagonista, Totia Meirelles como a mãe, Katiuscia Canoro como a coach picareta e ladrão, e Nany People como uma apresentadora de programa, mas Serjão Loroza como Deus de barba rosa foi apelação demais para qualquer loucura que quisessem fazer.

Visualmente a trama também é simples, mostrando claro que o vidente realmente é um bom arquiteto, criando seu espaço de trabalho com um bom requinte, vemos uma apartamento modelo que vemos tradicionalmente em muitas obras com plantas ruins que se melhoradas ficariam incríveis, e a casa requintada da família, mas nada de muito grandioso ou chamativo para mostrar serviço pela equipe de arte.

Enfim, pela primeira vez fiquei feliz em ver a sessão de um longa nacional vazia, pois é algo que não dá para recomendar para ninguém, e como costumo falar de muitos filmes que com poucos ajustes ficariam bem melhores, aqui eu diria que precisaria ser reescrito inteiro o roteiro para algo ficar bem trabalhado e convincente dentro da ideia toda, ou seja, tem muitos outros bons longas para ver no cinema, então é só escolher melhor. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas vou ver outro longa hoje, e espero que salve minha noite, então abraços e até logo mais.


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Guerra Civil em Imax (Civil War)

4/19/2024 12:52:00 AM |

Sempre que vejo nos jornais os correspondentes de guerra falando sobre a situação, fazendo fotos, correndo atrás de soldados dando tiros para todos os, fico pensando como alguém tão maluco consegue estar ali, sendo frio o suficiente para ver uma pessoa atirando na outra, correndo o risco de tomar uma bala na cabeça, fora os traumas de ficar ouvindo baterias de metralhadoras, explosões e tudo mais, porém é o serviço do cidadão, e na maioria das vezes, muitos desses fotógrafos e/ou jornalistas estão a espera do melhor "tiro" com sua câmera e/ou microfone para vender muitas vezes, ganhar prêmios e claro ficar renomado mundo afora, mas convenhamos que é uma loucura de nível maior. Agora junte essa insanidade de conseguir um "tiro" no meio de um mundo caótico como estamos vivendo, aonde já beiramos facilmente conflitos civis em nosso país e outros que já estão até bem mais próximos disso, e você ser um grupo de jornalistas disposto a entrevistar ou tirar a última foto de um governante próximo a ser deposto pelos demais de seu próprio país? Se você conseguiu, ou não, imaginar essa situação, a dica é ir conferir o longa "Guerra Civil" nos cinemas, preferencialmente em uma das salas gigantes da cidade, pois o filme tem uma ambientação sonora que irá colocar você como o quinto membro da equipe, e a sanidade dos personagens poderá ser sentida do seu lado. Claro que não é um filme de uma história real, porém o diretor/roteirista conseguiu captar através de sua pesquisa com muitos jornalistas de guerras a ideia conflituosa que é viver ao lado do perigo, e junto disso mostrar coisas que já até ouvimos muito, como por exemplo "Que tipo de americano você é?" sendo perguntado por outro tecnicamente morador do seu próprio país. Ou seja, é um filme fortíssimo que não é perfeito, mas que entrega tanta precisão na tela que muitos irão se chocar e envolver em um nível bem alto.

Ambientado em um futuro não tão distante, quando uma guerra civil se instaura nos Estados Unidos, vemos uma equipe pioneira de jornalistas de guerra, onde estão Lee e seu colega de trabalho Joel, viajando pelo país para registrar a dimensão e a situação de um cenário violento que tomou as ruas em uma rápida escalada, envolvendo toda a nação. No entanto, o trabalho de registro se transforma em uma guerra de sobrevivência quando eles também se tornam o alvo.

Costumo dizer que o diretor e roteirista Alex Garland (“Ex-Machina”, “Aniquilação”, “Men – Faces do Medo”) é daqueles malucos que fazem ficções com segundas, terceiras e quartas intenções, que conseguem olhar para algo que possivelmente vai acontecer futuramente, mas que gostam de fantasiar o realismo para que ele fique vendável como uma ficção deve ser, afinal de boas histórias reais já temos documentários, biografias e tudo mais, então quando se vai embarcar em algo que não aconteceu, a pegada tem de ser tão bem colocada que não se falseie tanto para ficar fora da casinha, mas que também surpreenda com algo que pareça tão realista ao ponto de imaginarmos isso acontecendo realmente. Ou seja, ele pegou todo esse mundo conflitivo que temos de pessoas polarizadas, com brigas políticas e muito mais, aonde vemos separatistas, pessoas malucas e claro pessoas que acham que nada está acontecendo, botou num vértice maior, e contou a história pelo olhar dos jornalistas, que caíram tão bem dentro de tudo, tendo desde frieza até surtos com as coisas que ocorrem, que não poderia ter uma homenagem mais positiva do que essa pelo diretor para esses doidos que tão vendo o cara tomando tiro e está ali atrás para pegar o melhor ângulo do conflito.

Quanto das atuações, Kirsten Dunst costuma entregar em seus filmes alguns personagens bem fora do comum, e por vezes não consegue fazer com que os espectadores se conectem a ela, porém sua Lee é a famosa jornalista que vemos fotos e reportagens tão perfeitas, com cliques únicos que facilmente poderíamos enumerar vários conhecidos no mundo atual, mas a frieza envolvida em trejeitos fortes e diretos que conseguiu colocar para a personagem foram algo que não tem como não se conectar, trazendo ela para o nosso lado e sentindo cada expressão sua na tela, ou seja, perfeita. Nosso querido brasileiro Wagner Moura entregou para seu Joel uma personalidade leve, descontraída, porém bem precisa de estilo, aonde vemos ele tão perfeito em cena que não temos como não falar que é uma pessoa do meio jornalístico ali, que sabe aonde quer chegar (no caso a entrevista com o presidente), e que tendo muita parceria com os demais consegue segurar a trama para si, fora alguns atos que foram bem difíceis de fazer como já disse em algumas entrevistas. Outra que deu tudo de si e caiu como uma luva na personagem foi Cailee Spaeny com sua Jessie, inicialmente meio que perdida com o que desejava fazer, mas nos atos finais da trama se jogou por completo e surpreendeu ao se encontrar perfeitamente, chamando a atenção e comovendo na medida certa. Ainda tivemos Stephen McKinley Henderson fazendo alguns atos bem chamativos com seu Sammy bem encaixado nos atos da trama, mas sem dúvida quem entrega uma das cenas mais tensas da trama foi Jesse Plemons como um miliciano que fez metade do elenco se borrar de medo em todas as entrevistas dadas pelos protagonistas.

Visualmente já falei que vale demais conferir nas maiores telas que sua cidade tiver, pois a trama foi filmada em Imax, então a perspectiva de imersão mesmo sem ser um longa 3D é gigantesca, colocando você bem no meio da guerra, vemos muitos soldados, tanques, carros, aviões, helicópteros, cidades devastadas, tiros de todos os calibres e estilos, muita destruição, corpos espalhados pelo chão, pendurados como prêmios, em valas aos montes, e até cidades no meio do caminho parecendo que nem estão sabendo da gigantesca guerra pelo país, isso claro num road-movie num carro de imprensa tradicional, com os protagonistas munidos de câmeras imponentes e acampando no carro, em acampamentos e tudo mais. Ou seja, um trabalho gigantesco da equipe de arte, que conseguiu recriar algo que não gostaria de ver realmente acontecendo de forma alguma.

Enfim, é um tremendo filmaço, que na tela ficou incrível de ver, sendo daquelas obras que mesmo não sendo perfeitas, pois dava para ser ainda mais pesado, e mesmo vendo tudo acontecendo, faltou emocionar o público também, e não apenas os personagens, porém ficará na nossa memória e certamente quando tiver um tempo será bacana revisitar, claro que apenas num filme, afinal jamais gostaria de ver algo desse estilo de perto. E detalhe, veja nos cinemas, pois é o estilo de filme que em sua casa provavelmente você irá pausar em alguns momentos e perderá a essência pesada da trama, além claro de toda a explosão técnica perfeita de ficar no meio da guerra com o som explosivo das salas, então fica a dica para todos. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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Zona de Exclusão (Green Border)

4/17/2024 01:24:00 AM |

Costumo dizer que de tanto ver filmes sobre o Holocausto e a Segunda Guerra Mundial, praticamente já acostumei em ver as fugas de pessoas de seus países e todo o sofrimento que é quando não se tem para onde ir, precisando de ajudas e sofrendo com algumas da muitas imposições que alguns países fazem para com os refugiados, e posso dizer que é muito triste ver isso acontecendo novamente desde 2014 com a grande crise dos refugiados em alguns países africanos e do Oriente Médio, e agora novamente nos últimos anos com a Ucrânia, de tal forma que ver alguns documentários já é forte por trabalhar de uma forma real, mas e com uma ficção bem realista trabalhada para colocar um algo a mais na tela? Se você quer a resposta para essa pergunta, mais do que recomendo o longa "Zona de Exclusão", que entra em cartaz na próxima quinta 18/04 nos cinemas do país, e já adianto que é um filme forte, duro e bem triste, pois na realidade sabemos que isso vem ocorrendo já faz tempo, e ninguém nunca pensa no ser humano que está ali desesperado para sobreviver e salvar sua família, mas sim em várias outras coisas e o peso acaba sendo bem diferente quando você consegue se imaginar ali. Ou seja, é um filme bem pesquisado, aonde a diretora foi para o meio dos ativistas pesquisar realmente tudo para escrever seu longa, e o resultado impacta, não sendo algo fácil de digerir, mas que funciona demais na tela.

A sinopse nos conta que depois de se mudar para Podlasie, na Polônia, a psicóloga Julia se torna testemunha involuntária e participante de acontecimentos dramáticos na fronteira com Belarus. Consciente dos riscos e das consequências jurídicas, ela se junta a um grupo de ativistas que ajudam refugiados acampados nas florestas. Ao mesmo tempo, uma família síria que foge da guerra civil e o seu professor afegão, sem saberem que são instrumentos de uma fraude política, tentam chegar às fronteiras da União Europeia. Na Polônia, o destino irá uni-los a Julia e ao jovem guarda de fronteira Jan.

Diria que o trabalho da diretora e roteirista Agnieszka Holland foi mais uma primorosa pesquisa de guerras para composição de suas ideias, pois já fez filmes sobre todo tipo de ditaduras, de guerras, de refugiados e aqui ela quis ir por um lado mais tenso em cima da situação humanitária, conseguindo mostrar tanto um viés de quem está trabalhando, quanto de quem se vê no meio do conflito, e também do lado dos que estão tentando ajudar e dos que querem ajudar, ou seja, abriu uma gama até que grande na sua apresentação inicial capitular, até que chega na figura final de Julia, que aí sim a história se desenvolve um pouco mais. Ou seja, facilmente eu criticaria sua escolha de dividir o filme em capítulos, mas dentro da ideia da narrativa, isso acabou funcionando para não precisar fazer apresentações soltas, e que também o público captasse a ideia melhor, ou seja, foi um grande acerto. Claro que o filme vai ser indigesto para muitas pessoas, pois é triste ver toda a situação, mas algo que infelizmente me incomodou foi fazer o longa em preto e branco, pois colorido a trama teria muito mais impacto visual, e o resultado iria para outros rumos, mas não chega a ser ruim, apenas não teve muita funcionalidade a escolha.

Sobre as atuações, diria que todos fizeram atos bem expressivos, cada um de uma maneira para que fossem extremamente convincentes em seus atos, de modo do lado da família todos entregaram momentos fortes, conseguiram chamar atenção para seus momentos conectados, de tal forma que vou dar o destaque para Dalia Naous com sua Amina, mais pela força nos trejeitos de uma mãe ao ver que seu filho sumiu no meio do caos, e isso só piora depois, com sua finalização sendo bem impactante nos seus trejeitos. Ainda dentro do primeiro grupo, é Behi Djanati Atai entregou bem sua generosa Leila como uma senhora imponente que vê uma oportunidade e segue nela, mas que tem tantos percalços em seu caminho que precisou se expressar bastante na tela. Do lado dos guardas, Tomasz Wlosok foi bem preciso com seu Jan, estando com o conflito aonde tem seu trabalho explosivo, mas também vivendo com sua mulher grávida acaba tendo um pouco de humanidade em alguns atos, sendo bem forte algumas de suas cenas. Do lado dos ativistas, o destaque é Monika Frajczyk com sua Marta, agindo com rapidez, e sabendo transpassar as emoções com dinâmicas bem encaixadas e chamativas, até ir além em alguns momentos bem marcantes. E claro para não me alongar muito ainda tivemos a psicóloga Julia vivida por Maja Ostaszewska que mudou toda sua vida para virar ativista e ajudar os demais, tendo atos marcantes e cheios de expressividade. Fora ainda muitos outros bons atos, mais soltos e criativos, valendo um leve destaque para a interação da família com os jovens no penúltimo ato, gerando até uma conexão jovial bem bonita na tela.

Visualmente o longa entrega a maioria dos atos no meio da floresta entre a Polônia e Belarus, mostrando o jogo de empurra-empurra entre as polícias dos dois países com os refugiados sem ter para aonde ir, tentando asilo, mas sofrendo o descaso, apanhando, gastando dinheiro para não conseguir nada, vemos as mobilizações dos ativistas para tentar ajudar eles nesse meio, vemos a casa isolada de Julia que acaba virando uma base dos ativistas, e claro alguns atos em hospitais e delegacias, tudo bem representado para vermos todas as nuances e elementos na tela, mas que poderia ser ainda mais impactante colorido, pois embora quisessem dar o lance da falta de vida que acontece no meio da floresta, o resultado com sangue e todas as cores impactariam muito mais na tela.

Enfim, é um filme que beirou a perfeição, que vai impactar muitos e outros nem conseguirão ver tudo, mas que vale demais assistir, refletir e pensar em tudo o que anda ocorrendo no mundo, pois já foram os países do Oriente Médio, agora está sendo com a Ucrânia, e sabe-se lá aonde irá ocorrer muitos outros conflitos com suas zonas de exclusões mundo afora, então fica a dica para conferir na próxima quinta, e eu fico por aqui hoje agradecendo demais o pessoal da A2 Filmes por enviar a cabine de imprensa para que eu conferisse. Então abraços e até amanhã com mais dicas meus amigos!


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Netflix - Pica-Pau: As Férias no Acampamento (Woody Woodpecker: Goes to Camp)

4/16/2024 12:39:00 AM |

Ainda estou pensando quem em sã consciência acha que filmes de acampamento infantil bobinhos com provas e sabotagens ainda funciona na tela, de tal forma que não bastasse isso ainda colocassem rixas familiares tão ingênuas que você fica olhando e pensando em qual classificação etária pensaram quando estavam escrevendo, mas aí você pensa: "Vamos colocar o Pica-Pau, um pássaro atrapalhado que todo mundo gosta de ver, vai funcionar!". E a resposta que dou é que raspou a trave de dormir na metade do longa, pois não engrena. Claro que "Pica-Pau: As Férias no Acampamento" estreou em primeiro lugar na Netflix e deve se manter por lá até na próxima sexta que chega um blockbuster na plataforma, afinal a maioria já viu os desenhos na infância e sabem que mesmo sendo toscos acabam divertindo, mas aqui o resultado conseguiu ficar pior que o longa de 2017, e olha que lá eles se esforçaram para errar ao máximo. Um dos pontos positivos ao menos foi o de colocar mais personagens animados e conhecidos na produção (Leôncio e Zeca Urubu), mas ainda assim a trama é exageradamente boba pelos personagens humanos, e isso acaba sendo irritante de ver na tela.

A sinopse nos conta que Pica-Pau foi expulso da floresta em que morava e agora precisa achar um novo lar. Na sua busca, ele encontra um acampamento Woo Hoo, que é perfeito para fazer sua nova morada, mas há um inspetor à solta querendo fechá-lo. Pica-Pau agora terá de enfrentar esse inspetor para salvar seu novo lar, e lugar de diversão para várias crianças e jovens, com ajuda de amigos.

Nem precisava pesquisar muito para ver que o diretor Jonathan A. Rosenbaum fez muito mais séries do que filmes em sua carreira, e principalmente séries infantis e juvenis, ou seja, tem em sua proposta sempre encaixar suas tramas nesse nicho, porém a Netflix acreditou demais na trama e deu para ele algo até com uma ambição maior que o filme de 2017, só que acabou não acontecendo, pois ele entregou um longa simples demais, com uma ideia batida que já não agrada mais ninguém, e com uma pegada que acaba não convencendo na totalidade. Claro que alguns vão se divertir por gostar do personagem e de longas que são mais simples em si, porém dava para ter ido mais além, pois conseguiram fazer o principal, que era dos personagens digitais terem textura e formatos convincentes para a proposta e que soassem engraçados como nos desenhos, e digo até mais, se o filme focassem mais neles, do que na criançada, e nem colocassem os adultos em cena, o resultado seria muito melhor, pois todos fizeram caras e bocas tão bobas para seus personagens que chega a dar pena dos atores, sendo algo bem do estilo: "o que estamos fazendo por um cachê!".

E já que comecei a falar das atuações, iniciei o filme vendo dublado para ver se eram as mesmas vozes antigas, mas como não estava algo tão tradicional depois mudei, e claro que vi que o dublador original no país do personagem, Luís Manuel, já morreu tem dois anos, mas Claudio Galvan não fez feio, e entregou um Pica-Pau bem colocado e sacado, sendo atentado, maluco, mas cheio de ideias e loucuras que acaba sendo divertido de ver na tela. Outro personagem que acabou caindo muito bem na tela foi o Zeca Urubu, que realmente parecia quase uma pessoa em cena mesmo, tendo formas interessantes, e loucuras com boas cenas e uma voz bem marcante de Reginaldo Primo. E ainda tivemos alguns atos mais espaçados do gigante Leôncio, claro bem dublado por Guilherme Briggs, sendo mais um juiz dos jogos, fazendo atos atrapalhados e caindo bem nos momentos de suas cenas. Quanto aos personagens humanos vou me abster de ficar falando muito, pois já falei que foram cenas bem tristes de ver os pobres fazendo, porém a garotinha Chloe de los Santos ao menos entregou uma boa liderança para o grupo.

Visualmente diria que o acampamento foi bem trabalhado, tendo poucos ambientes usados com mais afinco, aonde visitamos com mais frequência a cozinha do outro grupo, uma sala de recreação, um quarto coletivo, e as demais cenas todas feitas na floresta e no campo, tendo claro as provas tradicionais de acampamentos, e claro todos os equipamentos que o vilão acaba recebendo sempre novas armas e traquitanas para tentar sabotar os protagonistas, ou seja, nada muito demais, mas que encaixados com os personagens digitais acabaram funcionando bem na perspectiva, e até tendo alguns atos que talvez funcionaria bem em 3D, mas não temos como saber, já que foi direto para a plataforma de streaming.

Enfim, é um filme que dei play esperando algo a mais, afinal como já disse sempre gostei do personagem na infância, mas já é o segundo filme mal feito do personagem e infelizmente esse conseguiu ser ainda pior que o primeiro no sentido da história, pois como disse nesse ao menos tivemos mais personagens digitais do desenho para tentar salvar o filme. Ou seja, não tenho como recomendar, e confesso que me desapontou demais, então fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.

PS: Acho que fui bonzinho demais com minha nota, pois dava para descer ainda mais, mas como gostei dos personagens digitais vou manter assim pelo menos.


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Star+ - Grandes Hits (The Greatest Hits)

4/14/2024 10:49:00 PM |

Chega a ser engraçado na mesma semana que temos um longa estreando nos cinemas sobre viagem temporal com uma canção icônica, no Star+ é lançado também algo quase que na mesma temática, porém com várias canções diferentes do romance de um casal, ou seja, as ideias foram permeadas quase que na mesma época na mente dos roteiristas ou sabe-se lá o que pode ter acontecido nesse mundão cheio de coincidências. Mas sem dizer qual dos dois leva a melhor, diria que a sacada temporal é algo que particularmente gosto bastante, e assistiria tranquilamente uma tonelada de filmes do estilo sem reclamar, e se no longa nacional tivemos algo mais para tentar entender o que a pessoa fez de errado, sem alterar o espaço-tempo, a brincadeira no longa "Grandes Hits" já é algo mais próprio da mudança de uma tragédia, e claro tentar manter o amor vivo, ou conseguir ao menos sair do looping de ficar sempre tendo que andar de fone de ouvido para não escutar mais nenhuma outra canção que lhe fizesse voltar no passado. Diria que a ideia é bem boa, porém fica bem claro aonde vamos chegar lá pro meio do longa, afinal usam do clichê clássico do estilo, e só isso que acaba sendo penalizável na trama, mas do restante acaba sendo um romancinho gostoso de curtir e entrar no clima.

O longa nos conta que uma jovem faz uma descoberta incrível e misteriosa: algumas músicas têm o poder de levá-la de volta ao tempo, literalmente, proporcionando viagens de décadas. Entre essas viagens no tempo, algumas trazem à Harriet momentos com seu ex-namorado, Max o qual ela ainda nutre bons sentimentos. Contudo, Harriet está em um envolvimento amoroso no presente e agora se vê dividida entre um mesmo sentimento, mas por pessoas diferentes em tempo distintos.

Diria que o estilo de direção e roteiro de Ned Benson é meio que fácil de entender, pois ele coloca sua base em algo tradicional de filmes de viagem temporal, mas aqui brincando com as canções que a protagonista ouviu pela primeira vez em algum momento com o namorado acabam lhe levando para aquele determinado momento, e isso é gostoso de ver e ouvir, pois como bem sabemos casais acabam fazendo histórias com determinadas músicas e reviver os momentos é algo que nossa mente sempre permeia quando escutamos algo, então ele acabou brincando com essa ideia, e claro com o mote temporal de que se mudar algo ali, tudo pode soar diferente dali pra frente, ou seja, quem pegar a ideia de que a protagonista não consegue quebrar a batida irá facilmente descobrir o desfecho do longa, pois já vimos muitas outras obras do estilo, e o diretor embora brinque bem com as situações não demonstrou querer ser muito inovador. E a pergunta que fica é: Isso é ruim? Não, pois esse estilo já é bem batido, então apenas nos divertimos com boas canções, e claro com a torcida pela personagem principal.

E falando das atuações, a protagonista Lucy Boynton até entregou alguns bons trejeitos para as cenas de sua Harriet, fazendo bem todo o ar de luto, mesmo com vários anos do acontecido, trabalhou bem seu desespero ao escutar músicas em ambientes não preparados e até deu algumas nuances romantizadas de forma bem encaixada, mas não pareceu se entregar o tanto que precisava para dar carisma nem química com os dois rapazes, parecendo um pouco artificial demais, mas nada que atrapalhasse no conceito completo da trama. Justin H. Min entregou um apaixonado David que transparece a cada cena sua, que por mais enlutado que esteja pelos pais, ao ficar do lado da protagonista nem consegue se contem em sorrisos, e isso é legal de ver, mas dava para trabalhar de ambas as formas nos diferentes ambientes. Quanto aos demais, Austin Crute entregou um amigo da protagonista bem colocado, mas sem grandes chamarizes, David Corenswet teve várias cenas com seu Max sendo um belo par romântico do passado, mas sem ter mais do que duas frases por cena, e Retta entregou uma boa conselheira de luto nas reuniões, mas sem fluir também muito no drama da protagonista.

Visualmente temos a casa da protagonista recheada de discos, anotações por todos os cantos com o que acontece com cada música, para onde lhe leva, e seu fone companheiro do dia a dia para tampar qualquer chance de ouvir canções fora de seu ambiente seguro, tivemos a loja de antiguidades do protagonista bem recheada de detalhes, mas que acabou sendo usada apenas pra duas cenas importantes, e muitas cenas num grupo de apoio ao luto, além de alguns passeios em cafeterias, discotecas, boates e dentro de um carrão conversível, e claro o grande protagonista a vitrola tocando diversos discos possíveis com seus giros, carinhas e tudo mais.

Como a base do filme é feita em cima das canções, é claro que a trilha sonora é incrível, cheia de grandes canções escolhidas a dedo para os diversos momentos da trama, com uma entrega bem marcante junto de grandes cantores, valendo ouvir tanto no filme quanto fora da sessão, e felizmente temos o link para compartilhar com todos.

Enfim, está longe de ser um filme perfeito do estilo, principalmente por logo de cara sabermos o rumo que a trama vai tomar para ter um fechamento no estilo tradicional do gênero, mas que ao menos fecha bonitinho e acaba sendo gostoso de ver, fora as ótimas canções escolhidas que deram um tom bem mais interessante para a proposta, então acaba valendo a conferida como um bom passatempo. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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Névoa Prateada (Silver Haze)

4/14/2024 02:13:00 AM |

Quando vejo um filme aonde o personagem principal possui algum tipo de trauma, seja por acidente, por algum conflito familiar, ou até mesmo pela própria vida, já fico preparado para altos momentos de introspecção aonde você nem fica esperando a pessoa se soltar, pois o ator/atriz já vai preparado para ser fechado ao máximo e deixar que a história ande sem precisar dele, então é de praxe não termos filmes que você acabe se surpreendendo com algo ou se impactando com o resultado, e isso não é ruim, pois é do próprio filme, e funciona. E confesso que quando recebi a cabine de "Névoa Prateada" fiquei pensando aonde a trama poderia chegar, pois nos é contado que a jovem é obcecada por vingança pelo que aconteceu com ela, e depois vai viver com uma paciente que tentou se matar, e você pensa, isso pode dar certo? E a resposta está aonde muitos não olham quando veem um problemão, não no viver com alguém problemático, mas sim no mudar de ares, pois as vezes você polui o seu próprio ambiente com tanto rancor que acaba preso ali, e muitas vezes isso acaba ocorrendo com alguns filmes introspectivos, do diretor prender tanto o protagonista ali fechado, sofrendo e tudo mais, e o filme fica denso e cansativo ao máximo sem conseguir se soltar. E aqui foi justamente essa mudança de ares, que vemos a protagonista ir mudando um pouco seu jeito e uma das últimas cenas na praia diz tudo, sem quase não ter diálogos, e o resultado ali, abre para o lado mais bonito e certeiro do fechamento da trama.

O longa nos conta que Franky é uma enfermeira de 23 anos que vive com a família em um bairro no leste de Londres. Obcecada por vingança e com a necessidade de encontrar culpados por um acidente traumático ocorrido há 15 anos, ela é incapaz de se envolver em um relacionamento com alguma profundidade, até que se apaixona por Florence, uma de suas pacientes. As duas fogem para o litoral onde Florence mora com a família. Lá, Franky encontrará o refúgio emocional para lidar com as questões do passado.

Costumo dizer que curto conhecer alguns diretores que nunca vi nada, e depois ver nas filmografias deles que fizeram alguns longas interessantes que saio caçando para dar play neles, e a diretora Sacha Polak ficou bem conhecida pela série que entregou na Prime Video que inclusive é com a atriz desse longa aqui, e o que achei mais bacana na forma de direção dela é o que já disse no começo, dela de não botar seu protagonista ainda mais para baixo quando já se possui um vértice introspectivo, afinal curtir uma depressão é algo que ninguém gosta realmente (tem uns malucos, mas a maioria não curte), e aqui ela usou bem a densidade dramática de uma tragédia para tentar dar vida para uma garota que vive em um ambiente aonde todos estão tóxicos pela tragédia ocorrida, e se não saísse dali o caos iria continuar reinando, e do outro lado vemos uma família que também está com uma tragédia iminente, aonde uma garota tentou se matar, um jovem aparenta ter problemas neurológicos e a mãe está com um câncer, aonde mais um problemático poderia ruir, mas não a vida passa a ser feliz, dar risadas, marcar encontros, e o desenvolvimento acaba ficando até bonito de ver. Ou seja, a diretora mostrou pulso e soube agradar nas nuances, mesmo tendo vários atos de gatilhos possíveis, mas que não se explodem.

Quanto das atuações, Vicky Knight entregou para sua Franky uma personalidade bem densa, mas aberta a novas experiências, de tal forma que não a vemos tanto em seu trabalho como enfermeira, nem tanto em sua explosão cênica de vida, mas sim seus momentos de raiva, sua obsessão em culpar alguém pelo acidente, mas também vemos ela disposta a ir além, o que num primeiro momento também parece ser a vontade de sua parceira cênica, mas como a personagem carrega algo tóxico, acabou permeando um pouco para a outra, que se viu obrigada a sair dali, ou seja, a atriz conseguiu brincar com facetas práticas e se entregou por completo, conseguindo ir bastante além na tela, e detalhe seu corpo é realmente queimado por um acidente que ocorreu quando tinha 8 anos por um incendiário que matou dois de seus primos, enquanto ela ficou com queimaduras graves. Esmee Creed-Miles fez de sua Florence uma personagem ao mesmo tempo solta, mas que vai mudando muito com o relacionamento, de tal forma que não a vemos tão pronta para tudo, e isso a jovem conseguiu passar bem com os olhares e desenvolturas, sendo íntegra de estilo e bem madura com as nuances propostas. Ainda tivemos atos bem marcados com Angela Bruce com sua Alice densa, porém alegre e bem pronta para o que o filme precisava dela, Charlote Knight fazendo uma Leah múltipla de ideais bem diferente de tudo, e até mesmo o jovem Archie Brigden mais retraído com seu Jack conseguiu se entregar nos seus atos.

Visualmente diria que a equipe de arte foi bem sagaz em mostrar duas Londres que não vemos tanto nos filmes, não focando em lugares tradicionais, nem em ambientes próprios para turistas e/ou mais usados para filmagens, vemos bairros periféricos mais simples, e também o litoral do país menos chamativo, aonde vemos nuances que nem são tão chamativas, e nem temos tantos objetos cênicos bem encaixados, sendo apenas marcante mesmo o ato da tentativa de incêndio vingativo, que ali foi algo tenso e forte de acontecer.

Enfim, é um filme que muitos não vão se conectar com a ideia toda, mas que quem se abrir para tudo o que o longa passa conseguirá enxergar algo bem belo na mudança de personalidade da protagonista, e até mesmo refletir sobre o mudar de ambiente para conseguir se mudar interiormente, e nesse sentido diria que o longa foi genial. Sendo assim, recomendo para todos que gostem do estilo conferirem ele nos cinemas à partir do dia 18/04, e fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da Bitelli Films pela cabine de imprensa, então abraços e até logo mais.


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Um Gato de Sorte (10 Lives)

4/13/2024 07:53:00 PM |

Costumo dizer que hoje tem animações para todo tipo de público, e a grande sacada é sempre o diretor saber exatamente o público-alvo que deseja atingir, afinal diferente de uma trama aonde todos vão assistir, na maioria das vezes as animações recaem bem mais para as crianças, então a ideia é tentar não cair tanto para o lado mais infantil e bobinho senão corre o risco de somente os menorzinhos demais curtirem e os pais que forem levar e os um pouco mais velhos desistirem e começarem a atacar os celulares antes do final. E diria que souberam trabalhar bem a animação "Um Gato de Sorte" para cativar os pequenos com as bobeiras do gatinho protagonista, emocionar os mais velhos com toda a síntese de reencarnações em diferentes tipos de animais, e ainda conscientizar todos sobre a preservação das abelhas, os perigos das máquinas sem controle no futuro e até dar uma pegada em sabotadores de ideias, que aqui caíram mais para o lado bobo do que como algo que poderia machucar a idealização toda da trama. Ou seja, é um resultado simples, porém que atinge bastante a todos que forem conferir, e felizmente a sala estava com um bom número de crianças e pais que aparentaram curtir ficando em suas poltronas sem luzes acendendo para atrapalhar a sessão, e assim mesmo sem tantas sacadas que fizessem rir, o resultado acaba sendo divertido de ver.

No longa conhecemos Beckett, um gato mimado que não reconhece a sorte que ao ser resgatado e acolhido por Rose, uma estudante apaixonada e de bom coração. Contra sua vontade, ele vê sua rotina sofrer mudanças quando cai por acidente em um bueiro e perde sua nona vida, fazendo com que o destino entre em cena para colocá-lo em uma jornada transformadora.

É engraçado que já conhecia Christopher Jenkins pelos roteiros de animações bem malucas, mas aqui ao assumir também a direção, acabou mostrando que tem pegada, que sabe aonde quer chegar com seus personagens, e mais do que isso, conseguiu brincar com um tema que não é tão simples e que facilmente valeria explorar mais, que é o desaparecimento das abelhas, e foi direto mostrar para a criançada que o ferrão mata a abelha quando fica preso, mostrou que a polinização é importante, e claro mostrou tecnologias malucas que com certeza algum chinês já deve estar desenvolvendo para substituir as abelhas reais. Mas claro que não ficou preso nisso, mostrando bem o gato divertido, que inicialmente pega um certo ranço do namorado da protagonista, e acaba gastando suas vidas para tentar sabotar ele, vemos cenas bem divertidas, e alguns elos bem encaixados dando o sentido para os dois lados, ou seja, o diretor soube brincar bastante na tela, agradando uma gama grande de público-alvo e assim agradando com o resultado sem precisar forçar tanto a barra.

Quanto dos personagens, diria que o gato Beckett teve muita personalidade, as vozes não ficaram forçadas, e claro teve atos bem sagazes durante suas várias vidas, não ficando nem tão fofinho, nem um gato do mal, sendo agradável e divertido. A cientista Rose é também bem graciosa, atrapalhada e tem seu certo carisma em suas cenas, além de entregar algo bem bacana nos atos finais. O namorado Larry é completamente maluco e entrega atos bem divertidos junto do gato. O professor Craven inicialmente não parecia uma má pessoa, mas depois vai ficando bem intenso e usando os seus capangas atrapalhados até dá uma boa nuance de vilania. Mas sem dúvida quem tem um gracejo bem colocado, e atos emocionais é a dona do centro de animais na Terra, que também é dona do ambiente no céu aonde os gatos vão, de tal forma que sua Grace é bem sacada, divertida e agrada bastante com as conversas com o protagonista.

Visualmente a trama não é daquelas cheias de texturas, usando o básico da computação para que os personagens tivessem uma boa dinâmica, sendo os humanos magrelos demais, mas com uma pegada simples e divertida, enquanto o gatinho é bem rechonchudo em todas as suas versões de animais, conseguindo chamar muita atenção e desenvolvido com uma pegada rápida, colorida, meio que campal já que nem quase temos atos em cidades, e que funciona dentro da proposta.

Um detalhe interessante é que o filme conta com uma trilha sonora totalmente original desenvolvida por Zayn Malik que também dubla os dois capangas na versão original, mas no dublado aqui ficou bacana de ouvir as canções bem colocadas traçando os desafios de vida da garota e do gatinho.

Enfim, é a famosa animação leve e gostosinha que funciona na tela, que diverte desde os menorzinhos até os mais velhos, e que não abusa em nenhum ato para algo mais reflexivo ou pesado, sendo interessante de ver e recomendar. E é isso pessoal, fico por aqui agora, mas devo ver mais algo hoje, então abraços e até logo mais.


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Ghostbusters: Apocalipse de Gelo em Imax (Ghostbusters: Frozen Empire)

4/13/2024 02:55:00 AM |

Um dos grandes problemas atuais da maioria dos filmes têm sido em relação aos efeitos computacionais serem tão jogados que parecem terem sido feitos há mil anos quando nem tínhamos computadores decentes para ver um video, porém esse definitivamente não é o problema de "Ghostbusters: Apocalipse de Gelo", muito pelo contrário, tendo alguns elementos gráficos até bem bonitos de ver, principalmente nos atos de congelamento da cidade, lembrando até um pouco "O Dia Depois de Amanhã", então qual o motivo das críticas estarem sendo tão ruins? A resposta é bem fácil, o roteiro é fraquíssimo, com uma história que não convence, e o embate final é digno de perder até para o último filme do "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", ou seja, um vilão imponentíssimo que é derrotado numa facilidade impressionante. Ou seja, é um filme passatempo que talvez até crie uma certa nostalgia por ter  os personagens antigos na telona, dá para curtir os efeitos na tela, mas vocês não vão acreditar, fui começar a escrever e já tinha até esquecido o que tinha na cena do meio dos créditos, ou seja, o longa é totalmente esquecível, sendo daqueles que infelizmente não impactam com nada dentro da história.

No longa vemos que a família Spengler retorna para onde tudo começou: a famosa estação de bombeiros em Nova York. Eles pretendem se unir com os caça-fantasmas originais que desenvolveram um laboratório ultra secreto de pesquisa para levar a caça aos fantasmas a outro nível, mas quando a descoberta de um artefato antigo libera uma grande força do mal, os Ghostbusters das duas gerações precisam juntar as forças para proteger suas casas e salvar o mundo de uma segunda Era do Gelo.

Quem me acompanha sabe uma das minhas frases que mais digo, que é em time que ganhou o campeonato não se mudam as peças, e se o roteiro do primeiro filme dessa nova fase funcionou não foi tanto pelo trabalho de Gil Kenan, mas sim de Jason Reitman em usar as boas coisas que vivenciou com seu pai quando era mais jovem, então substituir a direção foi algo que infelizmente não funcionou, e Kenan acabou querendo colocar coisas demais em um único filme fazendo com que a trama fosse um amontoado de coisas esquecíveis como um todo, o que é uma pena, afinal a nostalgia de ver grandes nomes do passado na telona, ver um efeito de gelo tão bem trabalhado (embora desde o primeiro trailer eu tenha achado ridículo uma só estaca de gelo não acertar alguém no meio fazendo voar sangue pela tela), que no final nem vemos o grande Deus do frio conseguir ir muito além. Ou seja, pareceu que ele precisava entregar algo, o prazo estava acabando e saiu tacando tudo o que imaginava querer ver, e no final nem ele soube o que fez na tela.

Quanto das atuações, elogiei muito o trabalho dos jovens no filme de 2021, porém aqui eles ficaram meio que subjetivos demais, de tal forma que Finn Wolfhard não conseguiu chamar uma cena para seu Trevor que fosse marcante, e a pequenina Mckenna Grace ficou o tempo quase que inteiro por vezes de castigo, por vezes fazendo coisas erradas, e em outros apaixonada por uma fantasma, ao ponto de fazer mais coisas erradas com sua Phoebe, ou seja, a astúcia que tiveram lá aqui foi quase nem aproveitada. E se fiz no começo uma comparação usando o longa do Homem-Formiga, aqui Paul Rudd fez um papel meio que de padrasto deslocado com seu Gary, mas ao menos não precisou ficar forçando trejeitos bobos, já Carrie Coon fez a mãezona, mas também ficando meio que perdida em cena. Ainda tivemos Kumail Nanjiani tentando ser engraçado com seu Nadeem, o pobre Logan Kim esquecido com seu Podcast tão sagaz do primeiro filme, e James Acaster tentando ser inteligente com seu Lars, mas foi um nome antigo que ao menos segurou o carisma do filme, com Dan Aykroyd bem encaixado com seu Ray, mas nada que fosse muito além.

Como já falei os efeitos ficaram bem interessantes na tela, e usaram bem uma ideia de um estudo maior dos fantasmas ao invés de apenas serem colocados em um lugar fechado, o que acaba sendo algo bem colocado na trama, porém não utilizaram tanto quanto poderiam o ambiente ali, fora a quantidade gigantesca de falhas no roteiro que acabaram acontecendo com as ideias, e vou citar só uma para não encher de spoilers o texto, na cena em que resolvem cortar o elemento de latão do ambiente, serram e tudo mais, mas na cena seguinte está inteirinho pronto para que outro personagem desça por ele, fora muitos outros absurdos, e isso eu chamo de falta de pagamento para um bom continuísta, pois é o mínimo que alguém deveria parar para pensar, mas vai ter quem não se incomode com isso, então ao menos visualmente a trama se faz valer.

Enfim, é daqueles filmes que tinham tudo nas mãos para fazer o público se envolver e curtir, voltando com algo que deu tão certo no passado, mas se perderam por completo entregando algo que até vale como um passatempo, mas que amanhã já nem lembraremos direito de muita coisa que aconteceu, aliás o longa tem uma ceninha no meio dos créditos bacana para algo a se desenvolver futuramente, mas quase que eu já tinha até esquecido dela, então quem for conferir espere uns minutinhos. E é isso pessoal, não posso falar que recomendo ele, então apenas não o atiro como uma bomba imensa, sendo um traque que não fez barulho suficiente para chamar atenção, então fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.

PS: Estou sendo bem bonzinho com a nota, por a produção como um todo tendo bons efeitos e cenas interessantes ter me agradado, mas dava para diminuir bem a nota.


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